6) E quando o contrato termina?

Algumas orientações são buscadas para a realização de uma tarefa como uma tese ou monografia. Outras são apenas parte dos trabalhos em um laboratório, um teste. Principalmente o início da graduação é um período de descoberta, você passa por alguns laboratórios até se encontrar em algum deles e fincar raízes. O orientador não deveria ficar chateado se você desistir de trabalhar com ele, sabemos que não é nada pessoal. Basta que você seja transparente e jogue limpo com o orientador. Só é proibido abandonar o barco no meio da viagem. Se você recebeu uma bolsa de estudos deve concluir aquilo para que está sendo pago, obviamente. Mesmo que não haja uma bolsa, chega um momento de decidir. Quando o prazo para a realização da iniciação científica, por exemplo, chega, é necessário parar de experimentar e se decidir, mesmo que depois, na pós, mude-se de área. Já no decorrer de um projeto de Mestrado ou Doutorado a troca de orientador é mais traumática e fere egos. Há que se lembrar da teoria da banca futura, você nunca sabe quando um ex-orientador magoado será seu referee, avaliador de bolsa ou banca. E, acredite, a comunidade científica brasileira estas horas é miudíssima.
* Só para fechar a série, gosto das dicas de três fontes. Uma que uso há muito tempo é um pdf do Prof. Tim Clutton-Brock, a sumidade em comportamento de cuidado parental em Cambridge chamada “Survival strategies for Scientists”. A outra é o livro do Prof. Gilson Volpato, “Ciência, da filosofia à publicação” cuja última edição saiu em 2007 pela Editora Best Writing. Por fim, descobri escrevendo esta série um especial do Universia sobre o trabalho de conclusão de curso. Não concordo com algumas coisas que lá estão, mas vale uma visita.

Discussão - 1 comentário

  1. Roberto disse:

    Caro Eduardo,
    Inseri um link às tuas postagens sobre a relação orientando-orientador no meu blog "química de produtos naturais". Veja só:
    http://quiprona.wordpress.com/2009/06/17/relacao-aluno-orientador/
    Recebi UM MONTE de visitas, as quais, espero, tenham vindo para cá. Aparentemente, é um assunto que interessa muita gente.
    abraços,
    Roberto.

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