Viva o cerrado!

A um colega e cupim do Cerrado, Diogo Costa

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Sou um calango do cerrado. Nasci em Brasília, dei meus primeiros passos no estudo da vida no cerrado, acampava, fazia excursões de bicicleta e alimentava o proto-biólogo que já havia em mim no cerrado. Não sou um grande entendido na savana brasileira, mas o adimiro muito e me sinto em casa nele. Hoje, vivendo na interface entre cerrado e amazônia, amanheço dando bom dia (ok, às vezes o sono me deixa mal-humorado o suficiente para não dar bom dia) a um casal de araras que mora aqui perto de mim, estaciono na universidade à sombra de uma paineira e me alongo após a corrida na forquilha de um ipê.

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Foi instituído que hoje, dia 11 de setembro, comemora-se o dia do cerrado. É uma data propícia já que tende a ser mais ou menos quando as chuvas recomeçam e o cinza das cascas de árvore, do capim seco e das folhas ansiosas retomam seu florescimento. O objetivo da data é remeter à preservação deste que é o segundo maior bioma do Brasil e ainda se espalha por alguns dos países vizinhos. Agricultura extensiva, pecuária e queimadas são algumas das maiores ameaças ao cerrado.

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O bioma cerrado é constituído por um grupo de fisionomias diferentes como os campos sujos e limpos, o cerradão e as veredas, mas todos são caracterizados por vegetação não muito alta, bastante fechada, de raízes profundas e resistentes à alta incidência solar e a uma longa estação seca. Não é exatamente o tipo de ambiente que mais enche os olhos do cidadão comum, mas um naturalista mais atencioso irá claramente notar a riqueza do cerrado.

Discussão - 1 comentário

  1. Clarissa disse:

    Ah!
    Nasci na Mata Atlântica e me apaixonei pelo Cerrado. Não troco essas paisagens por bromélia ou orquídea nenhuma. (risos)
    Passando por locais em São Paulo ou em estradas consigo reconhecer qualquer pedaço de cerrado alterado, as árvores 'tortinhas' são únicas.

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