No início dos anos 80, meu pai, um economista por formação, se viu desempregado e ousou seguir um caminho que muitos brasileiros sonham em trilhar: o de empreender um negócio próprio. Numa época em que os computadores domésticos eram uma raridade, artigo de luxo incompreensível para a maioria dos seres humanos, meu pai, um profissional que nunca tinha tido nenhuma experiência nessa área, resolveu arriscar e apostar suas fichas na área de computação, um assunto totalmente fora de sua zona de conforto, mas que parecia promissor… Foi assim que aquela máquina barulhenta, com uma tela cheia de caracteres verdes entrou em casa. Se eu fechar os olhos, ainda posso sentir o cheiro dela (cheiro de plástico novo).