PressPac Semanal da American Chemical Society (10/9/08)

Uma nova droga em potencial contra o vício e a “overdose” de cocaína

Os químicos relatam o desenvolvimento do que chamam da substância mais poderosa jamais descoberta para eliminar a cocaína do corpo, um avanço que pode levar ao primeiro medicamento no mundo realmente eficaz no tratamento de vício e “overdose” dessa droga proibida. Suas descobertas serão publicadas na edição de 24 de setembro do semanário Journal of the American Chemical Society.
No novo estudo, Chang-Guo Zhan e seus colegas observam que ainda não existe qualquer medicamento eficaz anti-cocaína. Uma das abordagens mais promissoras é a que se focaliza em substâncias que imitam a butirilcolinosterase (BChE), uma proteína natural do sangue que ajuda a dissolver e tornar a droga inativa, dizem os pesquisadores. Entretanto, a BChE natural é muito fraca e ineficaz para uso médico, observam os pesquisadores.
Os pesquisadores descrevem o projeto e a produção da mais potente e estável estrutura do tipo BChE jamais produzida. Nos estudos em laboratório, essa forma de BChE dissolveu, ou metabolizou, cocaína 2.000 vezes mais rápido do que a versão natural corpórea de BChE, afirmam os cientistas que também observam que a redução das taxas da droga no sangue é uma peça chave no combate à “overdose” em pessoas. A substância também foi capaz de impedir convulsões e morte, quando injetada em ratos que tinham recebido “overdoses” de cocaína, notam eles.

Chá de camomila pode auxiliar a combater as complicações da diabete

Beber diariamente chá de camomila durante as refeições pode auxiliar a prevenir as complicações da diabete, que incluem a perda da visão, danos neurológicos e aos rins — é o que relatam pesquisadores do Japão e da Grã-Bretanha. As descobertas podem levar ao desenvolvimento de uma nova droga, com base em camomila, para diabete tipo-2, que se encontra em níveis epidêmicos nos EUA e se espalhando pelo mundo inteiro, observam eles. Seu estudo foi publicado na edição de 10 de setembro da publicação bimensal da ACS Journal of Agricultural and Food Chemistry.
No novo estudo, Atsushi Kato e seus colegas observam que a camomila, também conhecida como manzanilla, tem sido usada há anos como uma espécie de panacéia para diversos problemas de ordem  médica, inclusive estresse, resfriados e cólicas menstruais. Os cientistas propuseram recentemente que o chá herbal pode, também, ser benéfico no tratamento da diabete, mas a teoria não havia sido cientificamente testada até agora.
Para verificar, os pesquisadores alimentaram com extrato de camomila um grupo de ratos diabéticos por 21 dias e compararam os resultados com um grupo de controle de animais em uma dieta normal. Os animais que receberam o suplemento de camomila mostraram uma diminuição significativa nos níveis de glicose no sangue, em comparação ao grupo de controle, relatam eles. O extrato também se mostrou um poderoso inibidor de enzimas ALR2  e de sorbitol, cujas taxas elevadas são associadas com o aumento das complicações da diabete, afirmam os cientistas.

Motor de alta performance e baixa emissão de poluentes para futuros sistemas híbridos

Antecipando a introdução de um curioso novo tipo de motor de combustão interna, pesquisadores da China relatam o desenvolvimento e uso de um novo e mais preciso modelo computadorizado para avaliar o desempenho do, assim chamado, alternador linear de pistão livre (“free-piston linear alternator” = FPLA). Seu studo sobre o FPLA, que pode fornecer um motor de baixo nível de emissão de poluentes e baixo consumo de combustível para futuros veículos híbridos elétricos, será publicado na edição de 17de setembro da publicação bimensal da ACS Energy & Fuels.
Qingfeng Li e seus colegas observam que o FPLA só tem uma peça móvel e é um motor projetado para gerar eletricidade. No dispositivo, um pistão, dentro de um cilindro, se alterna entre duas câmaras de combustão. Magnetos permanentes no pistão geram uma corrente elétrica passando através das bobinas de um alternador centralizado no cilindro. O motor pode ser acionado por vários tipos de combustível, inclusive gás natural e hidrogênio, e parece ser ideal para emprego em um mundo futuro com mudanças climáticas e escassez de combustíveis fósseis, sugerem os autores.
Seu relatório descreve o desenvolvimento de um modelo computadorizado melhorado para avaliar o desempenho do FPLA e guiar os engenheiros na construção do motor. Os resultados de suas simulações iniciais mostrou que o FPLA poderia acelerar três vezes mais rápido do que outros motores de combustão interna e queimar o combustível de maneira a minimizar a poluição atmosférica.  “É uma fonte de energia não agressiva ao meio ambiente para o futuro”, conclui o relatório.

Nano partículas em forma de flor podem levar a melhores baterias para aparelhos eletrônicos portáteis

Quer mais potência e maior duração da bateria para aquele telefone celular, laptop, ou MP-4? “Flower power” pode ser a solução. Químicos relatam o desenvolvimento de nano-partículas em formato de flores com um desempenho eletrônico superior ao dos materiais convencionais para baterias. Essas “nanoflores” podem alimentar dispositivos eletrônicos da próxima geração, dizem os cientistas na edição programada para 8 de outubro da publicação mensal da ACS Nano Letters.
Gaoping Cao e seus colegas apontam o fato de que as nanoflores não são novidade. Pesquisadores desenvolveram vários tipos de nano-partículas em formato de flores, usando diferentes materiais, inclusive óxido de manganês, o componente metálico chave nas baterias convencionais. Porém essas nanoflores das gerações mais velhas não eram adequadas para os produtos eletrônicos do futuro, que precisarão de mais potência e maior durabilidade das baterias, dizem os pesquisadores
No novo estudo, os cientistas criaram, em primeiro lugar, aglomerados de nano-tubos de carbono, filamentos de carbono puro, 50.000 vezes mais finos do que um cabelo humano, conhecidos por sua superior condutividade elétrica. Então, os cientistas depositaram óxido de manganês sobre os nano-tubos usando uma técnica simples e barata de revestimento, chamada “eletrodeposição”, obtendo aglomerados nanométricos parecidos com pequenos dentes-de-leão quando vistos em um microscópio eletrônico. O resultado final foi um sistema para baterias com uma maior capacidade de armazenagem de energia, maior vida útil e maior eficiência do que os materiais convencionais para baterias, é o que afirmam os pesquisadores.

Novos medicamentos para a esquizofrenia

Novas abordagens científicas acerca da esquizofrenia apontam para novas drogas que oferecem esperanças para milhões de pessoas que sofrem da doença — a mais séria forma de doenç mental, de acordo com um artigo previsto para a edição de 15 de setembro do semanário Chemical & Engineering News, da ACS. A esquizofrenia afeta cerca de 25 milhões de pessoas, ou cerca de 1% das pessoas adultas no mundo.
No artigo, a Editora Assistente do C&EN, Carmen Drahl, observa que os medicamentos existentes ara a esquizofrenia, os assim chamados antipsicóticos, ajudam a melhorar alguns sintomas, tais como alucinações e fala sem nexo. No entanto, eles não lidam com todos os sintomas da doença, tais como a falta de motivação e dificuldades na tomada de decisões.
Os pesquisadores, agora, estão indo além das drogas tradicionais que, geralmente, têm como alvo a neurotransmissão de dopamina, e se focalizando em novos alvos que podem atacar um espectro mais amplo de sintomas. O artigo descreve testes em animais e pessoas de várias drogas potenciais novas que têm como alvo novos focos da doença, tais como o sistema neurotransmissor de glutamato, um receptor de acetilcolina nicotínico e um canal de transmissão de sinais mediado por nucleotídeos cíclico. Essas novas substâncias parecem auxiliar a aliviar uma maior gama de sintomas, enquanto causa menos efeitos colaterais, observam os pesquisadores. “Ainda estamos tentando compreender os mecanismos básicos da esquizofrenia, o que, esperamos, pode levar a tratamentos mais eficazes que tenham como alvo características cruciais da doença”, observa um expert independente.
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O PressPac da American Chemical Society é traduzido com expressa permissão da Sociedade Americana de Química e, em alguns casos, fornece o link para os originais em inglês.
Como eu digo nas traduções do Physics News Update, correções são bem vindas.
Nota do tradutor: a versão online só foi publicada hoje!… Vamos ver quanto tempo demora para aparecer a edição prevista para amanhã (17 de setembro)



Celulares em sala de aula…

University of Nottingham

Telefones celulares ajudam os alunos

Pergunte a um professor qual é invenção mais irritante dos últimos anos e eles, freqüentemente, vão dizer: o telefone celular.

Exasperados pelas distrações e os problemas que eles criam, muitos diretores determinaram que os alunos devem mantê-los desligados dentro da escola. Outros dizem para deixá-los em casa. [N.T: no Brasil, em diversas cidades, como o Rio de Janeiro, o uso deles em sala de aula é proibido por Lei]

Entretanto, pesquisadores de educação da Universidade de Nottingham acreditam que já é tempo de reavaliar o banimento dos celulares — porque, dizem eles, os celularer  podem se transformar em um poderoso meio auxiliar para o aprendizado.

A Dra. Elizabeth Hartnell-Young e seus colegas chegaram a esta conclusão depois de estudar as conseqüências de permitir aos alunos de cinco escolas secundárias a usarem seus próprios celulares ou a nova geração dos ‘smartphones’ durante as aulas.

Durante a experiência de nove meses, alunos com idades de 14 a 16 anos usaram seus telefones para uma vasta gama de atividades educacionais, inclusive a criação de vídeos curtos, lembretes de trabalhos para casa, gravar um professor lendo um poema e cronometrando experiências com os cronômetros dos celulares. Os “smartphones”, que podem se conectar à Internet, também permitiram aos alunos acessar websites de revisão, logar no sistema de email da escola, ou transferir arquivos digitais entre suas casas e a escola.

A pesquisa envolveu 331 alunos de escolas em Cambridgeshire, West Berkshire e Nottingham.

“No começo do estudo, até os alunos freqüentemente se surpreendiam com a idéia de que celulares poderiam ser usados para aprender”. é que disse a  Dra Hartnell-Young na conferência anual da Associação Britânica de Pesquisa Educacional, em Edinburgo, no dia 11 passado. “Depois da experiência de mãos-à-obra, quase todos os alunos disseram ter gotado do projeto e se sentiram mais motivados”.

Alguns professores também tiveram que reavaliar seus pontos de vista, muito embora o pessoal que tomou parte no estudo já fosse defensor de novas tecnologias em seus colégios. “Os estudantes gostam de celulares e sabem como usá-los”, disse um deles. “Usar esta tecnologia deu a eles maior liberdade de se expressar, sem necessidade de constante supervisão”.

Outros professores descobriram que alunos a quem faltava autoconfiança foram os que mais ganhaream com o projeto. Mesmo assim, eles reconheceram que um maior uso de telefones celulares nas escolas pode se provar problemático.

O aumento na tentação de furtar telefones foi uma das preocupações. “Eu pensei: bem… quatro desses “smartphones” vão acabar no eBAY amanhã”, disse um dos professores.

O temor acabou por se mostrar infundado, mas alguns professores continuaram preocupados com o fato de que os telefones podem ser uma fonte de distração para alguns alunos. E permitir o acesso dos alunos ao sistema de emails da escola via celulares também apresenta problemas com a segurança dos dados, se houver vazamento das senhas, lembraram eles.

Os sindicatos dos professores tem receios similares e apoiou o banimento dos celulares nas escolar. “Os alunos, nos dias de hoje, vêm para escola com celulares, MP3 players e jogos portáteis, enquanto que os professores preferiam que eles trouessem uma caneta, apenas”, disse no mês passado Chris Keates, secretário geral do sindicato NASUWT.

A Dra Hartnell-Young diz que as preocupações dos professores são compreensíveis. “Embora o objetivo eventual seja levantar o banimento total dos celulares, não recomendamos uma mudança imediata e em todas as escolas”, disse elea.

“Ao contrário, nós acreditamos que os professores, alunos e toda a comunidade devem trabalhar em conjunto para o estabelecimento de políticas que venham a permitir o uso dessa poderosa ferramenta nova para o aprendizado, de maneira segura. Esperamos que, no futuro, o uso dos telefones celulares seja tão natural como o uso de qualquer outra tecnologia na escola”.

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Observação do tradutor: é!… e o inferno pode congelar e o Capeta morrer de pneumonia….

Nano cargueiros

University of California – San Diego

Pesquisadores desenvolvem “nano navios cargueiros”para atingir e destruir tumores



O estudante de pós-graduação da UCSD, Ji-Ho Park, segura um frasco que contém os navios cargueiros nanométricos, compostos de uma nano-partícula magnética, um ponto quântico fluorescente e uma molécula de droga anti-câncer que serão “desembarcados” no local do tumor.Foto de Luo Gu, UCSD.


Cientistas desenvolveram “navios cargueiros” nanométricos que podem navegar pelo corpo através da corrente sanguínea sem atrair a detecção imediata dos “radares imunológicos” do corpo e transportar sua carga de drogas anti-câncer e sinalizadores até tumores que poderiam, de outra forma, continuar sem tratamento ou mesmo passarem despercebidos.

Em um artigo a ser publicado no periódico alemão de química Angewandte Chemie, cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego, Universidade da Califórnia em Santa Barbara e do Massachusetts Institute of Technology relatam que seu sistema de nano-navios-cargueiros integram as funções terapêutica e diagnóstica em um único dispositivo que evita uma rápida neutralização pelo sistema imunológico natural do corpo. O artigo está acessível em uma versão antecipada online em: http://www3.interscience.wiley.com/journal/121376053/abstract?CRETRY=1&SRETRY=0

“A idéia é encapsular agentes de imageamento e drogas em uma “nave mãe” protetora que consiga se evadir dos processos que, normalmente, eliminariam suas “cargas” se estas estivessem desprotegidas”, diz Michael Sailor, professor de química e bioquímica na UCSD que capitaneou a equipe de químicos, biólogos e engenheiros que transformaram o poético conceito em realidade. “Estas naves mães têm somente 50 nanômetros de diâmetro, ou seja: 1.000 vezes menores do que o diâmetro de um fio de cabelo humano, e são equipadas com um dispositivo de moléculas em suas superfícies que as torna capazes de encontrar e penetrar em células cancerosas no corpo”.



Um frasco com nano navios de drogas anti-câncer brilha em vermelho sob uma luz negra. As partículas brilham em vermelho porque contém nanopartículas fluorescentes tipo “ponto quântico”.
Foto de Luo Gu, UCSD

Esses navios cargueiros microscópicos podem, um dia, fornecerem os meios para enviar com maior eficiência drogas tóxicas para tumores em altas concentrações, sem causar impactos negativos em outras partes do corpo.

“Muitas drogas parecem promissoras no laboratório, porém falham quando usadas em pessoas porque não alcançam o tecido doente a tempo ou em concentrações suficientemente altas para serem eficazes”, diz Sangeeta Bhatia, um médico, bioengenheiro e professor de Ciência e Tecnologia de Saúde no MIT que desempenhou um papel chave no desenvolvimento. “Essas drogas não têm a capacidade de evitar as defesas naturais do corpo ou de distinguir entre seus alvos e os tecidos sadios. Além disso, nós não dispomos de ferramentas para detectar doenças como o câncer nos estágios mais iniciais de seu desenvolvimento, que é quando as terapias podem ser mais eficazes”.

Os pesquisadores projetaram o casco dos navios para despistarem o sistema imunológico, construindo-os com lipídios especialmente modificados — um componente primário da superfície das células naturais. Os lipídios foram modificados de maneira tal que lhes permita circular pela corrente sanguínea por muitas horas, antes de serem eliminados. Isto foi demonstrado pelos pesquisadores em uma série de experiências com ratos.



Os navios de carga nanométricos se parecem com um coração de noz com cobertura de chocolate, no qual um lipídio biocompatível faz as vezes da cobertura de chocolate e as nano-partículas magnéticas e a droga doxorubicina são o coração da noz.
Foto: Ji-Ho Park, UCSD


Os pesquisadores também projetaram o material do casco para ser suficientemente forte para impedir a liberação acidental de sua carga durante a circulação na corrente sanguínea. Presa à superfície do casco, fica uma proteína chamada F3, uma molécula que gruda em células cancerosas. Preparada no laboratório de Erkki Ruoslahti, um biólogo celular e professor do Burnham Institute for Medical Research na UC Santa Barbara, a F3 foi projetada para especificamente mirar na superfície de células cancerosas e, daí, se transportar para dentro de seus núcleos.

“Agora estamos construindo a próxima geração de nano-dispositivos de busca ativa de tumores”, disse Ruoslahti. “Esperamos que esses dispositivos melhorem o imageamento diagnóstico do câncer e permita estabelecer com precisão os alvos dos tratamentos nos tumores cancerosos”.

Os pesquisadores carregaram seus navios com três cargas, antes de injetá-los em ratos. Dois tipos de nano-partículas: óxido de ferro superparamagnético e pontos quânticos fluorescentes, forma colocados no porão de carga do navio, juntamente com a droga anti-câncer doxorubicina. As nano-partículas de óxido do ferro permitem que o navio apareça em um imageamento por Ressonância Magnética (MRI), enquanto os pontos quânticos podem ser vistos com outra ferramenta de imageamento, um escâner de fluorescência.

“O imageamento por fluorescência dá uma resolução de imagem maior do que a MRI,” diz Sailor. “Se pode imaginar um cirurgião identificando a localização específica de um tumor no corpo, antes da cirurgia, com uma MRI e, então, usando um imageamento por fluorescência para achar e remover todas as partes do tumor durante a operação”.

A equipe, com surpresa, descobriu em suas experiências que uma mesma nave mãe pode transportar várias nano-partículas de óxido de ferro, o que aumenta seu brilho durante um MRI.

“A capacidade dessas nano-estruturas em carregar mais de uma nano-partícula de material superparamagnético as torna mais fáceis de ver com MRI, o que se pode traduzir em uma detecção mais precoce de tumores menores”. diz Sailor. “O fato de que as naves podem carregar cargas altamente diferentes — uma nano-partícula magnética, um ponto quântico fluorescente e uma pequena molécula de droga — foi uma surpresa real”.

Os pesquisadores observaram que a construção desses assim chamados “nano-sistemas híbridos” que contém vários tipos diferentes de nano-partículas, está sendo explorado por diversos outros grupos de pesquisa. Embora esses híbridos tenham sido empregados em várias aplicações em laboratório fora de sistemas vivos, disse Sailor, eles são limitados as estudos in vivo, ou dentro de organismos vivos, particularmente para imageamento e terapia de câncer.

“Isto se deve à pequena estabilidade e dos curtos tempos de circulação dentro do sangue, normalmente observados para essas nano-estruturas mais complexas”, acrescenta ele. Por isso, este último estudo é original de uma forma importante.

“O presente estudo é o primeiro exemplo de um único nano-material sendo usado simultaneamente para transporte de drogas e imageamento multimodal de tecidos doentes em um animal vivo”, dise Ji-Ho Park, um estudante de pós-graduação do laboratório de Sailor que fez parte da equipe. Geoffrey von Maltzahn, um estudante de pós-graduação que trabalhou no laboratório de Bhatia, tabé esteve envolvido no projeto que foi financiado pelo National Cancer Institute do National Institutes of Health.

As nano naves mães se parecem com um coração de noz coberto com uma camada de chocolate, no qual um lipídio biocompatível forma a camada de chocolate e as nano-partículas magnéticas, os pontos quânticos e as moléculas da droga doxorubicina são o coração da noz. Elas navegam através da corrente sanguínea em grupos que, vistos com um microscópio eletrônico, se parecem com cordões de pérolas rompidos.

Os pesquisadores estão agora trabalhando no desenvolvimento de maneiras para dar um tratamento no casco exterior das nano naves com “CEPs” específicos, que lhes permita chegarem a tumores, órgãos e outros “endereços” específicos no corpo.

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Filme disponível em: http://luminance.ucsd.edu/video/nanoships.mov

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Eu me pergunto o quanto dessa alegoria com “navios cargueiros” não vem do nome do pesquisador-chefe… Se ele se chamasse “Pilot”, certamente estaríamos falando em “aviões de bombardeio”…

Existe um “limite superior” para Buracos Negros?

Pescado no EurekAlert:
Yale University

Astrônomo de Yale descobre um limite superior de massa para Buracos Negros

Parece haver um limite superior para o quão grandes os maiores Buracos Negros do universo podem chegar a ser, de acordo com uma nova pesquisa realizada por um astrofísico da Universidade Yale.

Antigamente considerados como objetos raros e exóticos, sabe-se agora que os Buracos Negros exitem por todo o universo, sendo os maiores e com maior massa aqueles encontrados no centro das maiores galáxias. A massa desses buracos negros “ultra-massivos” já foi demonstrada ser de até um bilhão de vezes a massa de nosso Sol. Agora, Priyamvada Natarajan, um professor associado de de astronomia e física na Universidade Yale e membro do Radcliffe Institute for Advanced Study, demonstrou que mesmo o maior desses monstros gravitacionais não pode continuar crescendo para sempre. Ao contrário, eles próprios parecem limitar seu crescimento quando atingem cerca de 10 bilhões de massas solares.

Esses buracos negros ultra-massivos, encontrados nos centros de galáxias elípticas gigantes em enormes aglomerados de galáxias, são os maiores do universo conhecido. Mesmo o grande buraco negro no centro de nossa Via Láctea é milhares de vezes menos massivo do que esses behemoths. Porém esses buracos negros gigantescos, que acumulam massa sugando a matéria de gases, poeira e estrelas próximas, parecem ser incapazes de crescer além desse limite, não importa onde ou quando eles aparecem no universo. “Não acontece somente hoje”, declarou Natarajan. “Eles param de crescer em todas as épocas no universo”.

O estudo, a ser publicado no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (MNRAS), representa a primeira vez que se deduz uma massa limite para buracos negros. Natarajan usou dados ópticos e de raios-x existentes sobre esses buracos negros ultra-massivos para demonstrar que, para que essas várias observações sejam consistentes, os buracos negros devem “entrar de regime” em algum ponto de sua evolução.

Uma possível explicação oferecida por Natarajan é que os buracos negros eventualmente chegam a um ponto onde irradiam tanta energia quanto são capazes de absorver de sua circunvizinhança, e, assim, acabam interferindo com o próprio fluxo de gás que os alimenta, o que pode interromper a formação de estrelas no entorno. As novas descobertas têm implicações para o futuro estudo da formação de galáxias, uma vez que as maiores galáxias no universo parecem co-evoluir com os buracos negros em seus centros.

“Existem indícios crescentes de que os buracos negros têm um papel chave no processo de formação das galáxias”, diz Natarajan. “Porém agora parece que eles se assemelham às prima-donnas dessa ópera espacial”.

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Os autores do artigo são Priyamvada Natarajan (Yale University e Radcliffe Institute for Advanced Study) e Ezequiel Treister (European Southern Observatory, Chile e University of Hawaii).

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Comentário farsesco do tradutor:

E ainda há gente que desdenha do Intelligent Design… Não só é “intelligent” como respeita os ditames da moda… Talvez tenhamos que mudar o nome dos “buracos negros” para algo mais feminino… só que não me ocorre nenhuma coisa que não seja extremamente grosseira…

A Saúde Pública vai mal, obrigado… (e não é no Brasil!)

Enquanto que todas as atenções do mundo científico se voltam para a inauguração do LHC, outras coisas mais comezinhas passam despercebidas… Só que o caso é sério, o risco é enorme e ninguém está dando a devida atenção à coisa.

O Times de Londres publica, em sua edição on-line, a seguinte notícia: «Os “superbugs” levam os hospitais a sua última linha de defesas». (Os “superbugs” são cepas de bactérias resistentes a todos os antibióticos conhecidos — veja, por exemplo, a terceira matéria do PressPac da ACS de 3 de setembro). Algumas são velhas conhecidas, como a popular Escherichia coli, que todos nós carregamos dentro de nossos corpos. Algumas vezes, elas se misturam à corrente sanguínea e causam infecções (tais como pneumonias) extremamente graves. Pois bem: na Grã-Bretanha, os casos de E. coli resistentes a antibióticos triplicaram entre 2000 (4%) para 12% em 2006 — em números absolutos, estamos falando de 2.400 casos em um total de 20.000. Apesar do número de casos onde “superbugs” manjados, como as MRSA, os “Estafilococos Dourados”, mencionados na matéria do PressPac, ter diminuído — graças a um maior controle, onde já se usa antibióticos fortíssimos — são as pragas do dia-a-dia que preocupam, já que sua ocorrência é mais corriqueira e a detcção de uma cepa resistente é mais difícil.

E não é só isso… A gente, aqui no Brasil, está saindo no tapa com o Ædes Ægipti por causa da dengue… Nos EUA a “praga da vez” são os “bed bugs”… nossos conhecidos percevejos. A grande mídia não noticia, mas correspondentes meus nos EUA confirmam que as infestações estão cada vez mais freqüentes e as medidas de combate, cada vez mais radicais. Imagine voltar das férias e descobrir que seu apartamento está lacrado, com todos os seus pertences enfiados em sacos plásticos (do tipo de embalar lixo) e tão saturados de inseticida que você tem que mandar todas as suas roupas (sapatos, inclusive) para a lavandeira, enquanto simplesmente joga fora o sofá… Foi o que aconteceu com um deles.

É sempre bom lembrar que a Pandemia da “Gripe Espanhola” começou no quartel de Camp Funston, Missouri, onde se misturavam galinhas e porcos, com soldados que se apresentavam para o treinamento para a 1ª Guerra Mundial. Lá, o H1N1 arrumou um jeito de se transformar de uma gripe aviária para uma gripe suína, e, uma vez que o organismo dos porcos é o mais semelhante ao humano em diversas coisas, virou a Pandemia mais mortífera que o mundo conheceu. O H5N1, por enquanto, é apenas aviário… por enquanto!

Com a “qualidade” da saúde pública do tão decantado “Primeiro Mundo” sendo a porcaria que é (não só em termos de controle de vetores — na semana passada, o EurekAlert tinha quatro ou cinco artigos criticando o uso indiscriminado de Tomografias e Ressonâncias Magnéticas para a diagnose do câncer de mama, demonstrando com dados estatísticos que não só falsos diagnósticos provocam cirurgias desnecessárias, mas o hábito de pedir um “PET Scan” acaba retardando o início do tratamento de casos precocemente detectados — em suma: a tecnologia usada indiscriminadamente está mais atrapalhando do que ajudando…), eu não tenho dúvidas de que, em breve, estaremos a braços com Pandemias totalmente fora de controle.

Isso, se uma (já prevista e até usada com tema do filme “O Dia Depois de Amanhã”) inversão da Corrente do Golfo não atolar os arrogantes “primeiro-mundistas” em metros de neve e gelo… A previsão é de que a Calota do Polo Norte atinja um novo recorde negativo neste ano…

Physics News Update nº 871

POR DENTRO DA PESQUISA CIENTÍFICA ― ATUALIZAÇÃO DAS NOTÍCIAS DE FÍSICA

PHYSICS NEWS UPDATE

O Boletim de Notícias de Pesquisas do Instituto Americano de Física, n° 871 de 3 de setembro de 2008, por Philip F. Schewe, James Dawson e Jason S. Bardi

MINI BURACOS NEGROS NÃO SÃO PERIGOSOS.
O Grande Colisor de Hádrons (mais conhecido pelo seu nome em inglês,  Large Hadron Collider, ou pela sigla LHC) o maior e mais caro intrumento científico já construído em tempos de paz, começa a funcionar em 10 de Setembro, quando um feixe de prótons em alta velocidade começar a voar em torno do túnel circular (com 27 km) embaixo de Genebra, Suíça. Quando os prótons colidirem com os outros dentro da máquina, uma das coisas que os cientistas estão certos de que não vai acontecer, é a produção de buracos negros em miniatura que iriam engolir a matéria adjacente.
Um novo estudo mostra que a existência continuada de velhas estrelas no céu é um indício de que um mini buraco negro não pode engolir a Terra. Isto não é o mesmo que dizer que o novo colisor não possa, realmente, criar mini buracos negros, já que ninguém sabe ao certo o que vai emergir dos escombros das colisões no LHC. Considera-se que um buraco negro é o último estágio de compressão possível para a matéria, o que cria um efeito gravitacional tão poderoso que nenhum pedacinho de matéria, nem mesmo a luz, escaparia de ser sugado inexoravelmente para dentro, se chegar muito perto da fronteira do buraco negro.
Isso é o que se pensava acerca de buracos negros, antes que Stephen Hawking, o cientista da Universidade de Cambridge, aparecesse com a idéia de que até os buracos negros podem perder energia. A densidade da energia dentro de um buraco negro é tão enorme que parte dela pode ser convertida para a criação de novas partículas, ele disse. Se essa conversão acontecer bem na borda do buraco negro, argumentou Hawking, algumas das novas partículas podem escapar, levando consigo a energia. Dessa forma, os buracos negros podem perder energia. Eles podem “evaporar“.
Existe uma regra na física que diz que, quanto menor for o buraco negro, mais rápida será a evaporação. Para um buraco negro, “estilo LHC”, que teria um diâmetro estimado de um bilionésimo de um bilionésimo de metro (um attômetro = 10-18m) o buraco negro existiria por um pouco mais do que poucos bilionésimos de bilionésimos de bilionésimo de segundo. Não duraria o suficiente para engolir qualquer matéria próxima e não ofereceria qualquer perigo para a matéria comum.
Mas se Hawking estiver errado? O que aconteceria se alguns buracos negros não evaporassem, porém continuassem a devorar matéria? O que aconteceria se os cientistas criassem alguns pequenos e duradouros buracos negros em Genebra e eles se pusessem à solta? Essa possibilidade é abordada em um novo relatório na publicação Physical Review D.
Em seu estudo sobre a matéria, Steve Giddings da Universidade da Califórnia em Santa Barbara e Michelangelo Mangano do CERN (o laboratório a quem pertence o LHC) estudam o que poderia acontecer se existisse um tipo de buraco negro, um desses preocupantes, que pudesse não só sobreviver, como continuar a crescer até um tamanho macroscópico (digamos: do tamanho de uma bola de golfe) em um período mais curto do que um bilhão de anos. Se tal tipo de buraco negro existisse, ele cresceria até mais rápido dentro de estrelas super-comprimidas, tais como anãs brancas e estrelas de nêutrons, onde a densidade da matéria é bilhões de trilhões maior do que a densidade das rochas na Terra.
Esses objetos celestiais são criados quando uma estrela comum fica sem combustível e começa a se contrair. Não existe um LHC nessas estrelas, mas um buraco negro poderia ser criado por acaso, quando um ocasional raio cósmico, desses que vagueiam pelo universo, atingisse e se enterrasse dentro da estrela de nêutrons. Uma vez que os astrônomos observam e estudam um monte de estrelas de nêutrons muito velhas e perfeitamente saudáveis, dos tipos corretos, Giddings conclui que buracos negros de rápido crescimento, do tipo cuja voracidade engoliria tudo em seu redor, não podem existir. Um buraco negro tão perigoso não poderia existir dentro de estrelas densas e muito menos na Terra.
Michael Peskin, um físico da Universidade de Stanford que não tomou parte nesse estudo, diz que a existência continuada de estrelas superdensas age como os canários que os mineiros de carvão costumavam levar para dentro das galerias das minas: a presença de gás tóxico nocautearia o canário bem antes, o que dava aos mineiros tempo para fugir. Enquanto essas estrelas continuarem mandando sua luz, diz Peskin, a Terra não tem o que temer de buracos negros.  (Link para os comentários de Peskin, no novo website “Physics”, da APS: http://physics.aps.org/articles/v1/14 )
Se os cientistas não sabem ao certo que partículas o LHC vai produzir, por que construir uma enorme e caríssima máquina para esmagar partículas, umas contra as outras, em primeiro lugar? O esmagamento é necessário para explorar o interior dos átomos e porque a potência das colisões das partículas é diretamente relacionada com quão fundo dentro do átomo os pesquisadores podem observar. Aumentar a potência dos feixes de prótons usados nas colisões necessita do aumento do tamanho do colisor.
Por que os feixes têm que ser tão potentes? A resposta é relacionada com a idéia de que energia pode ser convertida de uma forma para outra. Os prótons no LHC zunem ao longo de suas trajetórias a uma velocidade de 99,999999 % da velocidade da luz. Na verdade, dois feixes circulam pelo mesmo túnel subterrâneo em direções opostas e, quando dois prótons baterem de frente, uma grande parte de sua energia de movimento pode, no momento da colisão, ser transformada em novas partículas que não existiam um instante antes.
Quando dois automóveis batem de frente, os resultados são sempre ruins. Mas, no mundo da física de altas energias, instigar uma violenta colisão, com um monte de escombros se espalhando em volta, é exatamente o que os pesquisadores querem. Entre esses escombros podem estar partículas que podem ter existido há bilhões de anos, mas que, por causa de sua própria instabilidade, há muito tempo decaíram e desapareceram.  Criar essas partículas raras de novo em uma moderna experiência é precisamente o plano no LHC. A idéia é que essas espécies de matéria, ora extintas, possam nos contar coisas sobre as forças da natureza.
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PHYSICS NEWS UPDATE é um resumo de notícias sobre física que aparecem em convenções de física, publicações de física e outras fontes de notícias. É fornecida de graça, como um meio de disseminar informações acerca da física e dos físicos. Por isso, sinta-se à vontade para publicá-la, se quiser, onde outros possam ler, desde que conceda o crédito ao AIP (American Institute of Physics = Instituto Americano de Física). O boletim Physics News Update é publicado, mais ou menos, uma vez por semana.

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Como divulgado no numero anterior, este boletim é traduzido por um curioso, com um domínio apenas razoável de inglês e menos ainda de física. Correções são bem-vindas.

(Mexendo em casa de marimbondos…) Mulheres x Ciências Exatas

Essa veio via EurekAlert…
University of Wisconsin – Milwaukee

Levantando as razões pelas quais muitas meninas evitam ciências e matemática

O trabalho da pesquisadora da UWM é dirigido a acabar com o êxodo das mulheres nas carreiras “STEM” (Science, Technology,  Engineering, and Mathematics)


Nadya Fouad, psicóloga vocacional e Distinguished Professor na UWM, é uma das autoras de um novo estudo sobre o que leva as meninas a se afastarem das ciências e da matemática, durante seus estudos.(Foto de Alan Magayne-Roshak, UWM)


A maior parte dos pais e vários professores acreditam que, se meninas no primeiro e segundo graus escolares não demonstram interesse algum em ciências ou matemática, pouco se pode fazer acerca disto.
Uma nova pesquisa feita por uma equipe que inclui psicólogos vocacionais na Universidade de Winsconsin-Milwaukee (UWM) indica que a auto confiança instilada pelos pais e professores é mais importante para que as meninas aprendam ciências e matemática do que seu interesse inicial.
Muito embora o interesse seja, certamente, um fator que motiva as meninas mais velhas a estudar e obter uma graduação nessas disciplinas, se deveria dar mais atenção a dar confiança em suas habilidades, durante os primeiros estágios de seus estudos, diz a Distinguished Professor Nadya Fouad. Ela é uma dos autores de uma pesquisa de três anos direcionada a identificar os apoios e as barreiras que conduzem as meninas a se interessarem ou não por ciência e matemática durante seus estudos.
“O relacionamento entre autoconfiança e interesse é estreito”, diz Fouad. “Se elas sentem que podem fazê-lo, isso alimenta seu interesse”.
Esta é uma questão de alta prioridade para membros de organizações tais como a National Science Foundation (NSF) — Fundação Nacional de Ciências — e o National Research Council — Conselho Nacional de Pesquisas — que estão preocupados com o número rapidamente declinante de mulheres nas, assim chamadas, carreiras “STEM”  (science, technology, engineering and math) —(ciências, tecnologia, engenharia e matemática).
Muitos jovens estudantes, particularmente meninas, vêem matemática e ciências como “difíceis” e não freqüentam uma aula a mais do que o estritamente necessário, sem perceber que estão se afastando de boas oportunidades nos cursos superiores e carreiras.
A pesquisa patrocinada pela NSF – o mais detalhado estudo sobre este tópico – foi fundo para identificar os fatores específicos que poderiam acabar com o interesse.
“Nos últimos 20 anos, houve todo um trabalho para incentivar o interesse das meninas. Mas eu não acho que seja esse o problema”, diz Fouad, cuja pesquisa encontrou indícios de que os níveis de autoconfiança em tarefas relacionadas com matemática e ciências são menores para meninas do que para meninos.
Complexidade
O estudo rastreou meninas e meninos no ensino médio e no segundo ano de faculdade em Milwaukee e em Phoenix, com o objetivo principal de localizar quando as barreiras para as meninas aparecem e qual é sua influência. Os co-autores incluem Phil Smith, Professor Emérito de Psicologia Educacional da UWM e Gail Hackett, Vice-Reitor na Universidade de Missouri–Kansas City.
O estudo descobriu que autoconfiança não é o único fator importante para as meninas. Os resultados apontam uma questão mais complexa, diz Fouad. Para começo de conversa, não se pode msiturar matemática e ciências em um mesmo saco, ao se projetar intervenções, porque os pontos de apoio e as barreiras para cada disciplina não são os mesmos.
“Também existem diferenças em cada nível de desenvolvimento e outras diferenças entre os gêneros”, diz ela. Isso significa que as intervenções têm que ser moldadas para cada subgrupo específico.
No geral, no entanto. o apoio dos pais e suas expectativas aparecem como o mais forte ponto de apoio em ambos os assuntos e gêneros para os estudantes do ensino médio. Para as meninas, também é um estímulo poderoso professores que estimulem os alunos e as experiências positivas com estes.
O estudo confirma que os velhos estereótipos demoram a morrer. Tanto meninas como meninos percebem que os professores acham que os meninos são mais fortes em matemática e ciências. Para os meninos, isto é um estímulo, enquanto que para as meninas, isto é uma barreira.
As principais barreiras para todas as faixas etárias e disciplinas eram a ansiedade perante os exames e a dificuldade do assunto. Mas mesmo estas eram diferentes para meninos e meninas. Além disso, os gêneros formavam suas percepções subjetivas de matemática e ciências com base nas barreiras e pontos de apoio, mas freqüentemente chegavam a visões diferentes.
No fim das contas, e a percepção, mais do que a realidade, que afeta as escolhas acadêmicas e de carreira de uma pessoa, diz Fouad.
Alvo escolar
Esta é a mensagem que se tira de suas mais de duas décadas de trabalho. Ela própria na quarta geração de professoras universitárias, Fouad estuda avaliações vocacionais interculturais, desenvolvimento de carreiras de mulheres e minorias, e os fatores que levam essas pessoas a escolher certas carreiras.
Ela e Smith estavam entre as primeiras equipes de pesquisadores a apoiarem empiricamente um modelo que identificava o papel proeminente da autoconfiança e expectativa de resultados na predição dos interesses por carreiras.
O próximo passo do estudo da NSF sobre as meninas, matemática e ciências, é examinar o rlacionmento entre as barreiras e os pontos de apoio, e a partir daí, incluir as mulheres que não estão trabalhando nesses campos, a despeito de terem a formação acadêmica em matemática ou ciências. Fouad recebeu financiamentos da UWM para este projeto e acaba de receber meio milhão de dólares para se focalizar nas mulheres na engenharia.
Em âmbito nacional, 20 % dos formandos em engenharia são mulheres, diz ela, mas somente 11 % dos engenheiros são mulheres. Sua pesquisa irá explorar esta lacuna.
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Observação do tradutor: esses dados se referem às condições nos EUA e eu acredito que, no Brasil, os dados sejam ligeiramente diferentes, bem como os “pontos de apoio e barreiras” mencionados no artigo. Eu também gostaria de receber alguns comentários de nossas cientistas sobre o assunto, com suas visões pessoais.>/p>

PressPac semanal da American Chemical Society

(Com um certo atraso, mas conforme o prometido, lá vai a edição de 3 de setembro de 2008…)
Notícias desta edição
“Água Esperta” pode auxiliar a aumentar a produção de poços de petóleo em 60%
Informações da Publicação:
Periódico: Energy & Fuels
Artigo: “’Smart Water’ for Oil Recovery from Fractured Limestone: A Preliminary Study”

  • Leia aqui o texto completo original
  • Pesquisadors na Noruega relatam que a injeção de um tipo especial de água do mar, chamado de “água esperta”, em certos poços de petróleo de baixa produção pode aumentar a capacidade de extração de petóleo em até 60 %. O estudo pode contribuir para atnder as crescentes demandas por energia e dar algum alívio financeiro aos consumidores nas bombas de combustível no futuro, sugerem os cientistas. Suas descobertas devem ser divulgadas na edição do periódico bimensal da ACS Energy & Fuels.
    No novo estudo, Tor Austad e seus colegas observam que mais de 50 % das rservas de petróleo do mundo — bilhões de galões de petróleo — estão aprisionados em reservatórios compostos de caronato de cálcio, rochas que incluem o gipsita e o calcário. Os cientistas, correntemente, injetam água do mar em poços de petróleo de gipsita para aumentar a extração de petróleo, porém os pesquisadores não saiam se o proceso também funcionaria para poços em calcário, um material difícil, conhecido por sus aixas taxas de recuperação de petróleo — usualmente menos de 30 %, chgando em alguns casos a menos de 5 %.
    Para descobrir, os cientistas coletaram amostras de núcleos dos reservatórios do Oriente Médio compostos de calcário e os ensoparam em petróleo cru por várias semanas. Então, eles prepararam lotes da, assim chamada, “água esperta”, água do mar misturada com sulfatos e outras sustâncias para melhorar a capacidade da água do mar em percolar o calcário. Nos estudos em laboratório, eles demonstraram que a irrigação das amostras de calcário com a “água esperta” levava às mesmas reações químicas fundamentais que ocorrem com a gipsita. Futuras experiências vão verificar se a eficiência na recuperação de petróleo é comparável à observada na gipsita, observam os cientistas.
    Um avanço em uma nova geração de drogas para quimioterapia e antivirais
    Informações da pulicação
    Periódico: Biochemistry
    Artigo: “DNA Polymerases as Therapeutic Targets”

    Pesquisadores descrevem progressos no desenvolvimento de uma nova geração de agentes quimioterápicos que têm como alvo o bloqueio da replicação descontrolada do DNA — uma marca registrada do câncer, de infecções virais e outras doenças — mais eficazmente do que as atuais drogas, no sentido de que produzem menos efeitos colaterais. O artigo foi pulicado na edição de 27 de agosto do semanário Biochemistry da ACS.
    No artigo, Anthony J. Berdis atualiza e revê os esforços mundiais para desenvolver drogas que visem as polimerases do DNA, as enzimas responsáveis pela montagem do DNA a partir de suas partes básicas. Várias estratégias promissoras que já estão em uso, inibem a replicação descontrolada do DNA, particularmente em terapias contra o câncer, mas a mior parte produz severos efeitos colaterais e são prejudicadas pelo desenvolvimento de resistência às drogas, observa o pesquisador.
    Berdis declara que uma das estratégias mais promissoras até agora envolve o uso dos, assim chamados “análogos de nucleotídeos”, peças artificiais de DNA que inibem a replicação, entrando no lugar de um segmento natural. A maior parte dos análogos de nucleotídeos tm como alvo direto o ponto ativo da enzima polimerase, uma aordagem não-específica que pode também danificar células saudáveis que contenham a enzima. Berdis descreve uma altrnativa, na qual as drogas visem diretamente o DNA danificado, enquanto evita o DNa saudável, passando ao largo das enzimas polimerases das células normais.  O desenvolvimento, que se mostra promissor nos estudos preliminares em laboratório, poderia levar a melhores análogos de nucleotídeos commenos efeitos colaterais, afirma ele.
    Ingredientes da Maconha se mostram promissores no combate aos “superbugs”
    Informações da Publicação
    Periódico: Journal of Natural Products
    Artigo: “Antibacterial Cannabinoids from Cannabis sativa: A Structure-Activity Study”

    Substancias na maconha se mostram promissoras no combate às mortais infecções bacterianas resistentes a drogas, inclusive os assim chamados “superbugs,” sem causar o efeito de altração de comportamento associados à maconha, é o que relatam cientistas da Itália de do Reino Unido. Além de servir como drogas antiinfecciosas, as substâncias também são uma altrnativa menos prejudicial ao meio ambiente para as drogas antibacterianas sintéticas, atualmente largamente usadas nas medicações pessoais, inclusive sabões e cosméticos, dizem eles. Seu estudo será publicado na edição de 26 de setembro do periódico mensal Journal of Natural Products da ACS.
    No novo estudo, Giovanni Appendino e seus colegas ressaltam que os cientistas já sabiam, há anos, que a maconha continha substâncias antibacterianas. No entanto, poucas pesquisas foram realizadas sobre esses ingredientes, inclusive estudos sobre sua capacidade de combater infecções resistentes a antibióticos, dizem os cientistas.
    Para preencher esta lacuna, os pesquisadores testaram cinco dos principais ingredients da maconha, chamados canabinóides em diferentes cepas de methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) — estafilococos dourados resistentes a meticilina — um “superbug” crescentemente resistente a antibióticos.  Todas as cinco substâncias mostraram uma ação bactericida potente contra as cepas resistentes às drogas, assim como alguns canabinóides sintéticos, dizem eles. Os cientistas també demonstraram que essas substâncias parecem matar as bactérias por meios diferentes dos antibióticos convencionais, o que os torn menos suscetíveis ao desenvolvimento de resistências pelas bactérias, observam os cientistas. Ao menos duas das substâncias não apresentam efeitos conhecidos sobre o comportamento, o que sugere que elas podem ser produzidas a partir da maconha, sem se tornarem mais um entorpecente,
    Antibióticos melhores com o uso de proteínas de diatomáceas marinhas
    Informções da Publicação
    Periódico: Biomacromolecules
    Artigo: “Synthesis of Bioinorganic Antimicrobial Peptide Nanoparticles with Potential Therapeutic Properties”

    Pesquisadores na Flórida relatam um progresso na exploração dos enormes recursos potenciais de um novo grupo emergente de antibióticos, idênticos a certas proteínas bactericidas encontradas no sistema imunológico humano. Seu estudo, que pode auxiliar a crescente epidemia de infecções resistentes a drogas, está na edição corrente  (Agosto) do periódico mensal Biomacromolecules, da ACS.
    Em seu novo estudo, D. Matthew Eby, Glenn Johnson e Karen Farrington ressaltam que os cientistas há muito tempo olhavam para o potencial bactericida dos antimicrobial peptides (AMPs) — peptídeos antimicrobianos. Essas pequenas proteínas combatem uma larga faixa de bactérias e fungos no corpo e têm potencial para serem des3enolvidos em poderosas drogas para sobrepujar infecções que são resistentes às drogas convencionais. Poré, relatam os cientistas, é difícil produzir AMPs eficazes porque os antibióticos são frágeis e facilmente destruídos no corpo. Eles concluem que é necessária uma maneira de  torná-los mais estáveis.
    Os cientistas descobriram que algumas AMPs têm propriedades semelhantes à proteína formadora de conchas derivada de diatomáceas marinhas, algas microscópicas, e que essas propriedades protetivas podem dar conta do recado. Quando uma AMP foi combinada com certos minerais, o antibiótico desenvolvido continha uma cobertura de nanopartículas de sílica. Nos estudos em laboratório, os pesquisadores demonstraram que a cobertura protegia os antibióticos da destruição por outras substâncias químicas, enquanto permitiam a liberação de uma dose controlada de antibiótico por um extenso período de tempo. Eles dizem que essas características são peças chave para o emprego eficaz  de AMPs como antibióticos.
    Candidatos a empregos, cuidado! Está cada vez mais difícil enganar os exames preliminares sobre uso de drogas
    Informação sobre a Publicação
    Periódico: Chemical & Engineering News
    Artigo: “Catching a Cheater”
    Laboratórios que realizam a verificação para admissão de candidatos a emprgos sobre o uso de drogas estão revidando — contra centenas de produtos existentes no mercado que prometem mascarar os indícios de uso de drogas ilegais, de acordo com um artigo a ser publicado na edição semanal de 8 de setembro de  Chemical & Engineering News, da ACS.
    No artigo, a editora sênior de negócios, Melody Voith, explica que os candidatos a empregos têm agora acesso a uma pletora de produtos, cujo propósito é alterar amostras de urina para esconder indícios de maconha, cocaína e outras drogas ilegais, Alguns, supostamente, diluem os indícios de drogas ilegais a níveis não detectáveis pelos testes convencionais. Outros, usam adulterantes para desativar ou destruir os reagentes usados para identificar drogas.
    Os verificadores de drogas estão respondendo com testes mais sensíveis que podem identificar os rastros químicos de amostras de urina diluídas ou rapidamente identificar a presença de adulterantes. O artigo tmabém explica que os realiadores de testes podem receber uma boa ajuda a partir de novas normas para realização de testes de uso de drogas propostas pelo U.S. Department of Health & Human Services.  Elas permitiriam o uso de amostras de cabelos e saliva em verificação de uso de drogas para candidatos a empregos federais. Essa verificação poderia identificar drogas ilícitas mais confiavelmente do que somente amostras de urina, aponta o artigo.
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    O PressPac da American Chemical Society é traduzido com expressa permissão da Sociedade Americana de Química e, em alguns casos, fornece o link para os originais em inglês.
    Como eu digo nas traduções do Physics News Update, correções são bem vindas.

    Novo tema de discussão para o “Roda de Ciência”

    Salve, Pessoal!

    Já está no ar a nova enquete para votação do tema de discussão para setembro/outubro do Blogue Coletivo “Roda de Ciência”. Todos estão convidados. Cique aqui e vote!

    PressPac Semanal da American Chemical Society

    [Semelhante ao Physics News Update, descobri este boletim da Sociedade Americana de Química. Mais um para traduzir periodicamente…]

    American Chemical Society

    American Chemical Society’s Weekly PressPac — 27 de agosto de 2008



    Os cientistas podem melhorar o índice de sucessos na fertilização “in vitro”, usando um “laboratório em um chip ” para estudar os embriôes. A figura  acima é um embrião de rato no 5º dia de desenvolvimento.


    UM “LABORATÓRIO EM UM CHIP” PARA AUMENTAR AS OPORTUNIDADES DE SUCESSO NA FERTILIZAÇÃO “IN VITRO”
    Analytical Chemistry

    Em uma descoberta que pode aumentar grandemente o índice de sucesso na fertilização “in vitro” (FIV), pesquisardores relatam o desenvolvimento de um pequeno “laboratório em um chip” para avaliar a adequabilidade dos embriões preparados para implante.  Um relatório sobre a nova abordagem — que os pesquisadores desrevem como mais rápida, mais fácil e mais confiável do que os processos convencionais de seleção de embriões — será publicado na edição de 1 de setembro da publicação quinzenal da ACS, Analytical Chemistry.

    No novo estudo, Todd Thorsen e seus colegas observam que o corrente processo para avaliar a adequabilidade de um embrião para FIV envolve o exame por microscopia das características físicas do embrião, tais como o formato das células, que é demorado e pouco confiável. Quase 130.000 mulheres se submetem ao procedimento da FIV a cada ano, somente nos EUA, porém com um índice de sucesso de apenas 30%. Para aumentar o índice de sucesso da FIV, os médicos freqüentemente implantam mais de um embrião no útero, o que pode levar a gravidezes múltiplas e aumentar os riscos de gestação para a mãe e os filhos. É necessário um processo de seleção de embriões mais focalizado, dizem os pesquisadores.

    Os cientistas descrevem o desenvolvimento de um, assim chamdo, chip microfuídico, do tamanho de uma moeda de 25 cents (com cerca de 25 mm de diâmetro). Ele é projetado para analisar automaticamente a saúde dos embriões considerados para implante, medindo como os embriões alteram os nutrientes chave no meio de cultura de tecidos usado para alimentar os embriões. Nos estudos em laboratório, os pesquisadores coletaram os fluidos que envolviam 10 embriões de ratos e colocaram os fluidos no chip controlado por computador para análise. Eles demonstraram que o dispositivo podia medir rapida (em minutos, em lugar de horas) e precisamente o conteúdo de nutrientes das amostras de fluidos. Além de aumentar a qualidade dos embriões escolhidos para FIV, o sistema pode, também, baratear os procedimentos, dizem os cientistas.

    Artigo original: “Noninvasive Metabolic Profiling Using Microfluidics for Analysis of Single Preimplantation Embryos”

    DOWNLOAD DO TEXTO INTEGRAL DO ARTIGO: http://dx.doi.org/10.1021/ac8010473

    CONTATO:
    Todd Thorsen, Ph.D.
    Massachusetts Institute of Technology
    Cambridge, Massachusetts 02139
    Phone: 617-253-9379
    Fax: 617-258-8559
    Email: thorsen@mit.edu




    Alimentos que contém altos níveis de ácido fólico, tais como frutas e legumes, são uma importante parte de uma dieta saudável. A pesquisa relata novos detalhes entre baixos níveis de ácido fólico e câncer no cólon.


    Novos indícios relacionam o ácido fólico na dieta e o câncer no cólon
    Journal of Proteome Research

    Pesquisadores no Reino Unido e no Texas relatam uma nova e detalhada explicação da ligação existente entre a baixa ingestão de ácido fólico e um risco aumentado para câncer do cólon, a segunda principal causa de mortes por câncer nos Estados Unidos. Seu estudo que reforça a importância do ácido fólico em uma dieta saudável, será publicado na edição de agosto de Journal of Proteome Research da ACS.

    Susan Duthie e seus colegas observam que os pesquisadores já sabiam há anos que uma deficiência de ácido fólico, pertencente ao grupo das vitaminas B (também chamada de vitamina M), aumenta os riscos de doenças congênitas. Por causa disso, alguns fabricantes enriquecem alguns alimentos com ácido fólico. Os cientistas também descobriram que uma baixa ingestão de ácido fólico na dieta aumenta os riscos de desenvolver câncer de cólon em adultos. No entanto, os cientistas não têm uma explicação adequada para como a falta de ácido fólico afeta os genes, proteinas e células envolvidos no câncer.

    Nesta nova pesquisa, os cientistas cultivaram células de cólon humano em culturas pobres em ácido fólico e ricas em ácido fólico. Eles descobriram que a carência de ácido fólico causa um aumento de DNA danificado e um efeito cascata de outras mutações biológicas ligadas ao aumento dos riscos de câncer.

    Artigo original: “The Response of Human Colonocytes to Folate Deficiency in Vitro: Functional and Proteomic Analyses”

    DOWNLOAD DO TEXTO INTEGRAL DO ARTIGO: http://dx.doi.org/10.1021/pr700751y

    CONTATO:
    Susan J. Duthie, Ph.D.
    Rowett Research Institute
    Aberdeen, United Kingdom
    Phone: 44-1224-712751, ext. 2324
    Fax: 44-1224-716629
    Email: sd@rri.sari.ac.uk




    Químicos criaram um novo tipo de papel de embalagem à base de canela que pode preservar produtos assados por uns 10 dias a mais.


    Embalagens à base de Canela para prevenção de bolor em pães e outros produtos assados
    Journal of Agricultural and Food Chemistry

    Pães embolorados são um pesadelo, tanto para os consumidores, quanto para os padeiros, arruinando apetites e desperdiçando comida e dinheiro. Agora, pesquisadores na Espanha relatam o desenvolvimento de um novo tipo de papel de embalagem feito com óleo de canela que parece prolongar a vida útil dos pães e outros produtos assados em até 10 dias. A embalagem, que parece ser segura e não-agresora do meio ambiente, é descrita na edição de 13 de agosto do  Journal of Agricultural and Food Chemistry da ACS.

    Neste novo estudo, Cristina Nerín, A. Rodriguez e D. Ramón Battle ressaltam que muitos cientistas tentaram muitos enfoques diferentes no combate ao bolor nos pães, inclusive luz ultravioleta, embalagens esterilizadas e o uso de preservantes químicos. A assim chamada “embalagem ativa” que ataca o bolor nos pães com antimicrobianos, podem ser uma alternativa melhor, dizem os pesquisadores.

    Os cientistas prepararam embalagens ativas compostas de papel parafinado com diferentes concentrações de óleo essencial de canela, que tem uma alta atividade antimicrobiana. Eles, então. incoluaram uma amostra de pão branco fresco com uma espécie comum de fungo e armazenaram o pão, tanto em papel parafinado, como em papel parafinado com base de canela, por vários dias. Depois de apenas três dias, a embalagem que continha somente 6% de óleo de canela conseguiu inibir 96% do cresciemento dos fungos, enquanto que o papel parafinado não conseguiu impedir o mofo de crescer, relatam os pesquisadores.  O papel banha do em canela continuou a inibir o mofo por mais 10 dias.

    Artigo original: “New Cinnamon-Based Active Paper Packaging against Rhizopusstolonifer Food Spoilage”

    DOWNLOAD DO TEXTO INTEGRAL: http://dx.doi.org/10.1021/jf800699q

    CONTATO:
    C. Nerín, Ph.D.
    University of Zaragoza
    Zaragoza, Spain
    Phone: 34-976761873
    Fax: 34-976762388
    Email: cnerin@unizar.es


    Proteínas vaginais em prostitutas com resistência a HIV sugerem novas medidas de prevenção
    Journal of Proteome Research

    Pesquisadores do Canadá relatam a descoberta de proteínas incomuns, em um pequeno grupo de prostitutas quenianas, que parecem estar associadas com a resistência à infecção com HIV, o vírus que causa a AIDS. A descoberta pode levar à melhoria dos projetos de vacinas e medicamentos para combater o virus mortal que infecta estimados 40 milhões de pessoas em todo o mundo, dizem os cientistas em um relatório a ser publicado na edição de 3 de setembro da publicação mensal da ACS: Journal of Proteome Research.

    No novo estudo, Adam Burgener e seus colegas observam que 140 dentre mais de 2000 prostitutas, estudadas em Nairobi, Kenya, parecem imunes à infecção por HIV. Embora os indícios sugiram que certos fatores biológicos em seus fluidos vaginais podem ter um papel nessa resistência, a identidade exata dessas substâncias não estava claro.

    Os cientistas usaram um processo de análise high-tech para comparar as diferenças entre as proteínas nos fluidos vaginais nas mulheres resistentes ao HIV e o das infectadas ou suscetíveis a ele. As mulheres resistentes ao HIV tinham proteínas significativamente diferentes das outras mulheres. Os fluidos vaginais dessas mulheres resistentes ao HIV tinham maiores níveis de proteínas com ação antiviral e antiinflamatória. Essas proteinas podem ser usadas como base para novos medicamentos para prevenir infecção, sugerem os cientistas.

    Artigo original: “Identification of Differentially Expressed Proteins in the Cervical Mucosa of HIV-1-Resistant Sex Workers”

    DOWNLOAD DO TEXTO INTEGRAL: http://dx.doi.org/10.1021/pr800406r

    CONTACT:
    Adam Burgener, Ph.D.
    University of Manitoba
    Winnipeg, Manitoba
    Canada
    Phone: 204-789-5001
    Fax: 204-789-2018
    Email: burgener@cc.umanitoba.ca


    Auxiliando pacientes com fibrose cística a respirar com mais facilidade
    Chemical & Engineering News

    Pesquisadores relatam progressos no desenvolvimento de uma série de novas drogas que podem melhorar dramaticamente a saúde de pacientes com fibrose cística,  que ainda é difícil de tratar com as drogas atuais, de acordo com um artigo publicado na edição de 1 de setembro de Chemical & Engineering News, a publicação semanal da ACS.

    Na matéria de capa da C&EN‘s, a Editora Senior Lisa Jarvis explica que a fibrose cística, que afeta 30.000 americanos, é uma doença genética cujos sintomas incluem um excessivo acúmulo de muco nos pulmões. Esta condição torna a respiração difícil e presipõe os pacientes a infecções crônicas. Os tratamentos convencionais incluem versões em aerossol de antiinflamatórios e antibióticos, que são de administração demorada e têm eficácia limitada. No entanto, essas drogas são direcionadas ao tratamento dos sintomas, não da própria doença, observa o artigo.

    O artigo descreve como as companhias farmacêuticas estão, agora, desenvolvendo novas drogas que são direcionadas para a própria doença. Algumas ajudam a manter os pulmões saudáveis, mediante a restauração do gene CF defeituosos, de acordo com o artigo. E, em alguns casos, a droga pode ser administrada como uma pílula, em lugar de inalada, tornando sua administração mais fácil para os pacientes, observa o artigo.

    Artigo original: “Breathing Easier”

    Disponível a partir de 1 de setembro em http://pubs.acs.org/cen/coverstory/86/8635cover.html

    CONTATO:
    Michael Bernstein
    ACS News Service
    Phone: 202-872-6042
    Fax: 202-872-4370
    Email: m_bernstein@acs.org

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    As informações contidas no PressPac são para uso em coleta e divulgação de informações científicas. Qualquer um que utilizar informações do PressPac para fins de especulação financeira pode ser acusado de “informação privilegiada”, conforme a legislação em vigor.

    A American Chemical Society — a maior sociedade cinetífica do mundo — é uma organização sem fins lucrativos, reconhecida pelo Congresso dos EUA e uma líder global em fornecer acesso à pesquisa relacionada com química, através de suas bases de dados, publicações revistas por pares e conferências científicas. Suas sedes ficam em Washington, D.C. e Columbus, Ohio.

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