Na Patagónia – VIII (CONCLUSÃO)
Hoje vai ser o nosso último jantar no campo. Fizemos uma refeição especial, com vinho e uma aguardente típica da região. Comemos num misto de alegria triste já que sabemos que vamos deixar o campo mas que também nos fazem falta a família e um banho decente!
O caminho foi feito de forma lenta já que os dois todo-o-terreno e o Unimog iam muito carregados com o material da escavação. Ao fim de duas horas de caminho parámos onde dois trilhos se cruzavam. A gente de Zapala tinha que se separar. Antes disso, a habitual foto de família. Foram feitas as despedidas, da maneira típica patagónica unicamente com beijos, não muito triste porque nos íamos todos reunir dentro de duas semanas em Plaza Huincul, nas Jornadas Argentinas de Paleontologia.
Ainda assim em cada escavação há sempre um desconforto na despedida que é gerado pelas muitas horas de convívio e trabalho conjuntos.
Quando entrámos novamente no asfalto, tudo me parecia novo. Olhava para as placas de trânsito como se nunca as houvesse visto. A cidade que me havia parecido tão simples e deserta transbordava de coisas novas, recentemente esquecidas. E tantas pessoas!
Só uma coisa permanecia igual…
O céu era enorme!
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