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O ambientalista James E. Lovelock, autor da hipótese religiosa pseudo-científica de Gaia e visto como uma espécie de semi-deus pelos “verdes” comentou sobre o que acha das fontes de energia consideradas “limpas”. Depois de publicar uma carta no periódico científico Nature com a ideia no mínimo questionável de construir tubulações gigantes no fundo do oceano para bombear água com nutrientes e estimular a fixação de CO2 por algas (?) para “salvar o planeta”, Lovelock concedeu uma entrevista ao jornal britânico The Guardian para refletir sobre os seus 90 anos de vida. De forma surpreendente, a entrevista me agradou. James Lovelock criticou o uso de sua teoria mais famosa por Hippies e religiosos, reforçando que ele nunca achou interessante o posicionamento destes grupos perante o seu discurso. Ainda mais interessante foi o que ele respondeu sobre a sua opinião em relação as energias consideradas “limpas”:

“Parte da mais recente histeria verde é simplesmente errada. Eu sei o que deve ser motivo de preocupação e o que não deve. Voar não é um grande problema, não quando comparado com todo o CO2 sendo liberado a todo momento por nós e por nossos animais de estimação. (…) Muita gente tem fechado suas mentes para argumentos contra parques eólicos. Mas elas são monstruosamente tolas! Uma base suporte de concreto de 500 toneladas, sendo 4 mil delas necessárias para igualar a produção de uma estação de queima de carvão – como isso está ajudando? Uma reportagem na Der Spiegel mostrava que na Alemanha, onde existem 17.500 daquelas coisas, a quantidade de CO2 que agora está sendo produzida no país é maior do que nunca. (…) Energia produzida pelo movimento das marés é uma boa ideia, sim. Mas isso levaria tempo. Nós não temos tempo. Nuclear é a resposta. Muito, muito menos perigoso do que qualquer propagandista já alegou.”

Críticas a hipótese de Gaia a parte, um posicionamento desta forma em relação as energias consideradas “limpas” vindo de um símbolo ambientalista como James Lovelock é muito bem vindo. Investimento em energia eólica e solar sem planejamento somente pela imagem e pela pressão do público verde é inconsistente. Devemos investir em pesquisa básica para diminuir o custo e o impacto deste tipo de energia. Quando o ambientalismo vira modismo

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