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Desde o início deste blog, tenho esta notícia como a que mais me espantou (no bom sentido). Ela só confirma a importância da biotecnologia. Resumindo, quando um protozoário amebóide foi posto para crescer sobre um molde em pequena escala do Japão, onde na posição de cada cidade foi colocado um floco de aveia, este criou uma rede de canais para a distribuição dos nutrientes muito parecida com a rede de ferrovias deste país.

 

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O protozoário é a bolinha amarela na primeira imagem, os flocos de aveia são os pontos menores

 

Protozoários são formados por uma única célula, porém o Physarum polycephalum consegue ser visto a olha nu. Então, ao ser exposto a várias fontes de alimento, esse ser circunda cada uma delas e cria uma rede de canais para distribuir os nutrientes pela extensão da célula toda. Claro que não é de primeira, como vemos na figura acima, primeiro o protozoário explora o ambiente e vai encontrando as fontes de alimento, além de ir criando varios canais entre elas. Com o passar do tempo, alguns dos canais são “destruídos” para otimizar esta distribuição e, depois de 26 horas do ínicio do experimento, podemos ver o resultado final muito parecido com a malha ferroviária japonesa. 

Por fim, os pesquisadores, baseados nas propriedades biológivas de formação de canais do protozoário, criaram uma descrição matemática para desenvolvimento de redes. Este modelo, assim como o ser vivo, gerencia os canais, eliminando os redundantes e aumentando o calibre dos com maior fluxo. Uma das possíveis utilidades pode ser a elucidação de dúvidas sobre o crescimento vascular que alimenta os tumores. 

 

Fonte: Wired Science