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Pesquisadores da Califórnia desenvolveram um novo material capaz de absorver gás carbônico do ar. Eles usaram como base o polímero polieilenamina (PEI), porém com um belo pulo do gato. Este polímero é um bom absorvente de CO2, entretanto somente na sua superfície. Na media que a camada superficial se satura, ele para sua ação.

Não é bem esse tipo que estou falando

Nesse contexto, os pesquisadores conseguiram dissolver o polímero em metanol e, em seguida, banharam sílica pirogênica (capaz de produzir materiais porosos). Ao secar, a solução de polímero adere na superfície desse material poroso e, assim, superfície de contato (diminui a razão superfície/volume) com o ar. Deste modo, a eficiência de absorção é aumentada drasticamente.

Comparado com o material que maior poder de absorção antes do seu desenvolvimento, a esponja dos californianos consegue absorver 1,72 nanomols de CO2 por grama de material frente os 1,44 nanomols do material antigo. Outra grande vantagem é que sua regeneração ocorre ao aquecer o material a 85 oC, bem abaixo dos 800 oC do anterior.

Além de poder ser usado em árvores artificiais, imitando o comportamento das suas correspondentes naturais, e, principalmente, como um “tampão” CO2 em baterias super eficientes que armazenam energia de fontes alternativas. Estes baterias utilizam o oxigênio do ar em suas reações químicas, porém qualquer pequena contaminação com CO2 pode danificá-las, sendo assim, esse novo material protegeria da influência de CO2.

Esse é o tipo de pesquisa que acredito ser o futuro na ciência de mudanças climáticas. Não acredito que que consigamos diminuir nossas emissões de gases estufa a ponto de naturalmente revertermos um possível cenário aumento de 2 oC (limite estimado para não enfrentarmos grandes calamidades climáticas globais).

Fonte: ScienceNOW