Floresta de fósseis

Matéria publicada na Unesp Ciência de setembro de 2011.

No meio do Cerrado nordestino, restos petrificados de plantas que viveram há mais de 250 milhões de anos contam a história da região em uma época em que os continentes estavam unidos e o mar chegava até ali

Era um domingo como outro qualquer em Nova Iorque. Por volta das 10 h da manhã o sol já impunha respeito e várias famílias curtiam a praia. Crianças brincavam na areia ou na água, e adultos batiam papo e bebericavam em torno de mesas de plástico sob a sombra das árvores. Não parava de chegar gente. Trilha sonora: o típico brega nordestino.

À beira do lago da Hidrelétrica de Boa Esperança, no rio Parnaíba, esta pequena cidade do interior do Maranhão fica a mais de 500 km de distância de São Luís, na fronteira com o Piauí. É uma espécie de oásis no Cerrado, que oferece diversão e umidade aos nova-iorquenses e moradores de municípios vizinhos que passam por ali nos finais de semana.

No penúltimo domingo de julho passado, porém, estes descontraídos cidadãos interromperam por um instante o que faziam para observar a chegada de um grupo de oito forasteiros que não pareciam ter vindo para pegar praia. Não mesmo. Eles estavam atrás de fósseis. Procuravam os restos de uma floresta fossilizada.

O grupo “alienígena” era formado por cinco homens e três mulheres, todos usando chapéu, blusa de manga comprida, calça e botina. A maioria tinha pele muito clara. O mais alto carregava na mão um martelo e o mais magro, de cabelos longos e sotaque estrangeiro, andava na frente perguntando sobre um tal barqueiro, que sabia onde ficavam “as pedras que parecem madeira”.

Mas o rapaz não veio e o jeito foi esperar por uma embarcação maior, que só poderia sair à tarde. Um mau presságio rondava os pensamentos daquele que segurava o martelo. “O nível do rio está muito alto. Acho que vai estar tudo debaixo d’água”, comentou.

Enquanto esperavam, os forasteiros se aboletaram no quiosque de seu Alzair, um pescador cearense, nova-iorquense de coração e que – como se descobriria depois – gosta muito de ler. Ao saber das intenções deles, seu Alzair aproveitou para tirar uma dúvida antiga que deixou o grupo embasbacado.

Ele perguntou se os tais tocos petrificados eram de antes ou depois de o Brasil se separar da África, referindo-se ao fenômeno geológico que ocorreu cerca de 150 milhões de anos atrás e deu origem ao Oceano Atlântico. Antes, muito antes, responderam os paleontólogos.

Era o quinto dia de uma expedição que reuniu representantes da Unesp e de duas universidades federais – do Piauí (UFPI) e do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ao todo, dois professores, três pós-graduandos, uma aluna de graduação, mais a repórter e o fotógrafo de Unesp Ciência.

O saldo daquele domingo foi parecido com o dos dias anteriores, como resumiu Rodrigo Neregato, doutorando da Unesp em Rio Claro, quando já estávamos de volta ao quiosque de seu Alzair, tomando cerveja enquanto o sol caía: “Tá louco, nunca vi um (estudo de) campo tão fraco”.

De fato, a maioria dos troncos fósseis estava submersa, mas o lugar parecia promissor, a julgar pelo material achado nas bordas do lago. Roberto Iannuzzi, professor da UFRGS (o homem do martelo), não se abateu. “Temos de voltar com o nível da água mais baixo.” Para Juan Carlos Cisneros, um salvadorenho radicado em Teresina, docente da UFPI, a situação era trivial. “O paleontólogo tem de ser  muito insistente e ter um pouco de sorte.”

A vida sem flores
Há poucas florestas petrificadas no mundo. E a que existe na Bacia do Parnaíba (veja mapa na pág. 23) é uma das mais exuberantes e mais antigas do hemisfério sul. Os troncos fossilizados que este grupo de cientistas rastreia são joias que ajudam a entender uma parte ainda pouco estudada da história da vida no planeta.

Estamos falando de um tempo em que nenhuma planta era capaz de dar flor. Os únicos seres vivos que voavam eram os insetos, alguns deles gigantes. Entre os vertebrados, só havia anfíbios ou répteis. E ainda levaria muito, mas muito tempo, até nascer o primeiro dinossauro. A cabeça desses pesquisadores está na era Paleozoica, mais especificamente no período Permiano, que na régua do tempo geológico vai de 300 milhões a 250 milhões de anos atrás.

Florestas fossilizadas são raras porque, para que um vegetal se petrifique em vez de apodrecer, são necessárias condições ambientais particulares. “Os caules têm de ser impregnados por um mineral, geralmente sílica, dissolvido no meio aquático”, explica Iannuzzi. A origem da sílica costuma ser as cinzas de erupções vulcânicas.

Neste caso, o vulcão devia estar a muitos quilômetros de distância. Talvez no que hoje é a África, muito mais próxima naquela época, já que os continentes ainda não haviam se separado (veja mapa na pág 23). “Não temos evidências de atividade vulcânica na Bacia do Parnaíba, então imaginamos que as cinzas se depositaram em algum lugar e depois foram carregadas até aqui pela água”, diz o paleontólogo da UFGRS.

Impregnados pela sílica cuspida por algum vulcão paleozoico, estes tocos de madeira com peso e consistência de pedra ajudam a imaginar o que foi a vegetação daquele lugar no Permiano, muito diferente do Cerrado atual, bastante verdejante em julho, quase sempre de média estatura, com troncos ásperos e retorcidos.

Naquela era remota, as donas da paisagem eram as samambaias de grande porte, com até 15 metros de altura. Um pouco menos abundantes eram as árvores coníferas, ancestrais longínquos dos pinheiros atuais. As cavalinhas, “um tipo de bambuzinho que existe até hoje, só que gigante”, eram mais raras, descreve Neregato, que as estuda em seu doutorado.

Para cada um dos grupos anteriores também há um doutorado em andamento. As coníferas são o assunto de Francine Kurzawe, na UFRGS, que fazia parte da expedição. Já as samambaias ficam por conta de Tatiane Marinho, na Unesp em Rio Claro, que não viajou porque tinha de entregar a tese por aqueles dias.

Engana-se quem estiver imaginando a floresta fóssil como um bosque petrificado na posição vertical. O que pesquisadores encontram ao longo da viagem são tocos dispersos no solo, muitas vezes com uma das pontas ainda oculta sob a terra.

Muita coisa aconteceu depois do dia remoto em que estas plantas tombaram no chão. Em algum momento foram soterradas por sedimentos até que, muito tempo depois, a erosão as trouxe de volta à superfície. Nesse lento processo, os troncos rolaram. Hoje dificilmente são achados em “posição de vida”. Mas, como são pesados, não devem estar muito longe do local onde já fincaram raízes.

Fósseis de plantas podem não parecer um assunto tão palpitante para o leigo quanto é a fauna pré-histórica extinta. Isso de certa forma ajuda a entender por que os paleontólogos especializados em botânica – os paleobotânicos, minoria na paleontologia – raramente conseguem disfarçar uma ponta de ressentimento quando têm de explicar que não são caçadores de dinossauros, de mamutes, nem de preguiças gigantes. No entanto, dada a oportunidade de defender sua especialidade profissional, eles oferecem bons argumentos.

“As plantas refletem as condições climáticas”, afirma Iannuzzi. “Além de explicar a evolução da vida vegetal no planeta, uma das principais contribuições da paleobotânica é compreender como a paisagem e o clima mudaram ao longo do tempo. Assim conseguimos saber, por exemplo, que parte da Europa já esteve congelada, e entender por que o Saara, hoje um deserto, um dia deu lugar a uma floresta.”

Apesar de mais midiáticos, os animais vertebrados são muito mais frágeis, acrescenta o paleobotânico. Sob condições adversas, eles morrem ou migram. As plantas podem até sucumbir, mas deixam sementes capazes de passar longos períodos em estado dormente. Só uma grande catástrofe – e olhe lá – pode impedir que elas germinem um dia.

Na incursão de julho, o principal objetivo foi identificar novos sítios de ocorrência das madeiras petrificadas. O grupo começou a estudar a Bacia do Parnaíba há alguns anos, por isso os três doutorados em fase adiantada, que se basearam em material coletado no Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Estado do Tocantins (veja quadro na pág. 24). O que dá para dizer até agora é que estas plantas viveram numa grande planície por onde passava uma malha de rios estreitos e rasos, com clima quente e seco, alternado por estações úmidas, possivelmente palco de grandes enxurradas (veja infográfico na pág. 23).

Estresse ambiental
“O fato de haver uma planta dominante na paisagem – no caso, as samambaias –, por si só é indicativo de estresse ambiental”, diz Rosemarie Rohn, da Unesp em Rio Claro, por telefone. Ela é orientadora de Neregato e Tatiane, mas não pôde fazer parte da expedição. Rosemarie conta com orgulho sobre as folhas coletadas por sua aluna (um golpe de sorte, pois encontrar caules é a regra) que corrobora a ideia de um clima inóspito. “As folhas parecem uma bolsinha, a parte reprodutiva está totalmente protegida”, diz. “Isso é sinal de estresse, provavelmente de pouca água.”

Nesta planície fluvial de clima aparentemente tropical havia espaço também para pequenas praias de água salgada. Línguas de mar adentravam o continente pelo oeste, vindas do Oceano Pantalassa, que deu origem ao Pacífico – a Cordilheira dos Andes ainda não existia. Um dos pontos de parada da viagem foi uma dessas paleopraias, onde hoje fica uma pedreira da qual se extrai calcário, no município de Pastos Bons (MA).

Não há a menor chance de achar troncos petrificados na pedreira, mas para os pesquisadores é uma oportunidade de entender melhor o paleoambiente, investigando as paredes arrebentadas pela ação das britadeiras. “Está vendo isso?”, aponta Iannuzzi. “São ondinhas fossilizadas.” Mais adiante ele mostra uma greta de ressecamento (rachadura do solo) também fossilizada, aprisionada no sedimento, e compara com uma atual que se formava a poucos metros de distância. O barranco rochoso é largamente fotografado pela equipe.

Impressiona a quantidade de informações que os paleontólogos conseguem deduzir a partir da observação de barrancos, que eles chamam de afloramentos. Tanto que durante a viagem eles paravam várias vezes na estrada para analisar evidências de dunas e de outros tipos de formações geológicas. Alguns centímetros de sedimentos podem significar a passagem de milhões de anos. “As camadas de sedimento são como as páginas de um grande livro que conta a história da Terra”, compara Juan Carlos Cisneros, da UFPI.

Ainda na antiga praia que virou pedreira, enquanto a maior parte do grupo se entretinha nos barrancos, Cisneros e sua aluna de iniciação científica Domingas Maria da Conceição tomaram outro rumo. Começaram a revolver fragmentos de rocha e a martelá-los de vez em quando, em busca de fósseis de animais. “O objetivo desta viagem são as madeiras, mas já que estou aqui não posso perder a oportunidade”, justifica-se o salvadorenho, interessado em vertebrados.

A floresta petrificada é uma das pontas de um projeto maior, iniciado no fim do ano passado com financiamento do CNPq, que inclui também a procura por vertebrados do Permiano na Bacia do Parnaíba. E essa pedreira em particular tem valor histórico, além de científico. Décadas atrás, ali foram encontrados os fósseis daquele que é considerado o maior anfíbio que já existiu.

Anfíbio gigante
Nos anos 1940, o geólogo Llewellyn Ivor Price (que apesar do nome era brasileiro) foi enviado ao interior do Maranhão pelo governo federal para prospectar carvão e petróleo. O que acabou encontrando, porém, foram partes do crânio e do fêmur do anfíbio batizado com o nome de Prionosuchus plummeri. “É um parente distante dos sapos, só que mais parecido com um jacaré ou gavial. Um animal de hábitos aquáticos”, descreve Cisneros.

Considerado o pai da paleontologia de vertebrados no Brasil, Price publicou a descoberta em 1948 e só conseguiria retornar ao local mais de 30 anos depois. Foi quando encontrou outras partes de um bicho da mesma espécie. Juntando as peças, estima-se o comprimento da criatura em pelo menos 6 metros. “Mas estas estimativas são sempre imprecisas quando não se tem o esqueleto completo”, afirma o paleontólogo da UFPI, que está disposto a encontrar outras partes do anfíbio e completar o quebra-cabeça. Além de procurar indícios de vertebrados terrestres, que são seu maior interesse.

Martelando rochas na pedreira, o que Cisneros acabou encontrando foram pequenos fragmentos de peixes que um dia passaram por aquela antiga praia. Os peixes, porém, são a especialidade de Martha Richter, uma brasileira que trabalha como curadora de paleontologia de vertebrados no Museu de História Natural de Londres.

Colaboradora do projeto, ela esteve na região em fevereiro passado. “Encontramos restos de uma fauna de peixes razoavelmente diversificada, incluindo pequenos tubarões, que chegavam pelas línguas oceânicas”, conta Martha por telefone, desde Londres. Para ela, um dos aspectos mais importantes deste projeto será reunir todos os dados relativos à fauna e à flora permiana em sequência cronológica. “O grande desafio é saber o que precedeu o quê”, diz.

O Permiano durou 50 milhões de anos, o que é muito tempo até para quem está acostumado a trabalhar na escala geológica. Os pesquisadores ainda não sabem ao certo, mas supõem que a floresta fossilizada tenha estado em pé entre o início e a metade desse período (ou seja, entre 300 milhões e 275 milhões de anos atrás).

Sobre os animais, menos estudados, pouco é possível dizer. O que dá para afirmar com relativa segurança é que no decorrer desses milhões de anos o clima da Bacia do Parnaíba foi ficando cada vez mais quente e árido. E aquela planície onde antes reinaram as samambaias se transformou num enorme deserto. Prova disso são os espessos blocos de arenito no topo de morros – dunas petrificadas – que avistávamos da estrada.

Fim trágico
O fim do Permiano – há 250 milhões de anos – é marcado por uma grande tragédia: uma extinção em massa muito mais devastadora do que aquela que extinguiu os dinossauros no fim do período Cretáceo, 65 milhões de anos atrás. A extinção do Permiano foi a maior catástrofe global de todos os tempos. Varreu do mapa mais de 90% das espécies de seres vivos. Os trilobitas, por exemplo, invertebrados marinhos de corpo achatado, estão entre os que sucumbiram.

Diferentemente do cataclismo que acabou com a vida dos dinossauros, deflagrado por um asteroide que colidiu com a Terra, a grande extinção em massa do Permiano teve origem em gigantescas e prolongadas erupções vulcânicas na Sibéria – fenômeno conhecido como Armadilhas Siberianas.

A quantidade de cinza expelida na atmosfera foi tão brutal que o planeta primeiro esfriou, para depois arder em decorrência do efeito estufa. Acredita-se que a temperatura tenha se elevado em até 10 °C.

O cenário de destruição durou muito tempo, acredita-se que pelo menos 80 mil anos. Grandes desertos se espalharam pela Terra no período Triássico, que se seguiu ao Permiano. Levaria muito tempo até que a biodiversidade se recompusesse.

Segundo os pesquisadores brasileiros, a Bacia do Parnaíba parece ter começado a virar deserto bem antes disso. Provavelmente foi um fenômeno local, que talvez tenha se emendado com o processo de desertificação global. É difícil saber, mas talvez este projeto ajude a fornecer alguma pista nesse sentido.

“A Bacia do Parnaíba ainda é muito pouco explorada”, afirma Martha Richter. “É importante que comece a ser estudada sistematicamente, porque é um lugar muito interessante para entender as mudanças climáticas ao longo do Permiano, inclusive a grande extinção em massa.”

Segundo ela, para encontrar respostas definitivas para questões tão complexas para a paleontologia “é preciso coletar fósseis em várias partes do mundo e tentar correlacioná-los numa linha de tempo”. É por isso que os recentes estudos nessa região do Cerrado nordestino já atraem a atenção de paleontólogos estrangeiros dedicados à pesquisa do Permiano. O projeto brasileiro conta com colaboradores da Argentina, da África do Sul, da Alemanha e dos Estados Unidos.

Na Alemanha, pesquisadores do Museu de História Natural de Chemnitz têm interesse especial no Brasil porque a floresta fóssil daqui se parece com a que existe naquele país. Um convênio entre a Unesp e o museu alemão vem permitindo que pós-graduandos brasileiros passem um tempo lá. Tatiane Marinho, doutoranda em Rio Claro, ficou dois meses em Chemnitz  em 2008. Seu colega Rodrigo Neregato tem viagem planejada ainda para este ano.

A Bacia do Parnaíba não era muito estudada até recentemente mais por dificuldades de acesso e infraestrutura do que por desinteresse dos cientistas. “Nunca houve paleontólogos residentes na região”, justifica Cisneros, que se tornou o primeiro após ser contratado pela UFPI há cerca de um ano. “É um lugar distante dos grandes centros de pesquisa, de logística complicada para estudos de campo”, complementa. Agora, tendo o pesquisador  como base de apoio local, os projetos ganham novo ritmo.

Em duas confortáveis caminhonetes com motoristas cedidos pela UFPI, a equipe rodou quase 2 mil quilômetros ao longo de dez dias. “Essa infraestrutura facilita muito nosso trabalho”, reconhece Iannuzzi. “É o tipo de viagem que não se pode fazer num carro só, até por questões de segurança, como deu para perceber”, diz ele, referindo-se ao imprevisto ocorrido logo no primeiro dia da expedição.

Após atravessar com dificuldade um caminho de pedras graúdas e pontudas para chegar até um lugar onde havia madeiras fósseis, um dos pneus de uma caminhonete estourou assim que alcançou o asfalto. Na tentativa de trocá-lo, veio a surpresa desagradável. O macaco não aguentava o peso do veículo, acabou entortando e não prestou mais. O borracheiro mais perto ficava a uns 20 km de distância.

***

QUADRO: Contrabando levou à criação de monumento

Durante vários anos, as madeiras petrificadas da Bacia do Parnaíba foram contrabandeadas para a Europa, o Japão e os Estados Unidos. Depois de fatiadas e polidas, eram vendidas como tampos de mesa, molduras para relógios de parede, porta-copos, entre outros objetos utilitários ou ornamentais.

O material era explorado pela mineradora Pedra de Fogo, no município de Filadélfia, ao norte do Tocantins, numa área que abrange três fazendas de propriedade particular. A polícia entrou no caso em 2000. Ainda naquele ano, o governo do Estado transformou a área em Unidade de Conservação, o chamado Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Estado do Tocantins (MNAFTO).

Na Justiça, o caso envolvendo a mineradora se arrastaria ainda por vários anos. Em 2010, cerca de 90 toneladas de madeiras fossilizadas foram apreendidas no depósito da mineradora Pedra de Fogo, em Goiânia. As fotos desse lugar, com troncos gigantes, ainda estão no site da empresa, aparentemente abandonado: www.pedradefogo.com.br.

A pedido da reportagem, a expedição visitou uma das fazendas localizadas dentro do MNAFTO, onde, por determinação da Secretaria de Meio Ambiente do Tocantins, a coleta de material está proibida, inclusive para finalidades científicas. O que se vê são apenas troncos pequenos e relativamente escassos. “A área está bem degradada. O melhor já foi levado”, comenta Roberto Iannuzzi, da UFGRS.

Discussão - 2 comentários

  1. Luis Azevedo Rodrigues disse:

    Artigo muito bom.

    Parabéns!

  2. Jamie Salcedo disse:

    250 milhões anos? uau, isso é loucura. Eu também tive a sorte de verificar alguns flora antigas (para um teste de espectrofotômetro ) e eu só posso imaginar que o investigador deve ter se sentido.

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