Necessidade de invovação na pesquisa brasileira em Ciência do Solo

Nessas últimas três semanas tenho feito uma grande revisão de literatura em periódicos nacionais e internacionais visando atender as exigências da minha qualificação. Nesse árduo caminho uma coisa tem chamado minha atenção. Em periódicos nacionais é recorrente a existência de trabalhos muito parecidos,  muitas vezes com apenas pequenas mudanças em uma ou outra fonte de variação do experimento. Como alguns poucos exemplos, cito o tipo de solo (diga-se de passagem muitas vezes são solos muito parecidos em que os resultados de um poderiam ser extrapolados para outro), as doses de nutrientes ou de contaminantes aplicados e o método utilizado. Os objetivos dos trabalhos por diversas vezes são os mesmos e os resultados, devido a já existente base de dados, são extremamente previsíveis. Em algumas áreas da Ciência do Solo essa situação é ainda mais crítica (não citarei a minha opinião de quais áreas são mais problemáticas por questões éticas). É nítida, muitas vezes, o desdobramento de um só experimento em diversos artigos, visando a quantidade, deixando de lado importantes informações que a análise conjunta dos dados permitiria. Em periódicos internacionais tenho percebido uma maior variação de temas estudados. Percebo nesses últimos a existência mais frequente de uma série de trabalhos que visam a aplicação de conhecimentos a anos acumulados, como por exemplo, a tentativa de modelagem do comportamento de nutrientes e contaminantes. Esses modelos, por exemplo, permitem prever o comportamento de determinados solos frente à entrada dos mesmos, reduzindo custos no meio agrícola e reduzindo os impactos ambientais da disposição de resíduos nos solos. Outras questões de aplicação prática dos conhecimentos adquiridos também existem e a realização da mesma é de suma importância para o desenvolvimento do país. Tenho sentido falta também dos estudos de contaminantes orgânicos em solos brasileiros, estudos esses citados amplamente na literatura internacional. Obviamente esses são apenas alguns poucos exemplos que mostram a necessidade de inovação de nossas pesquisas. Por fim, acredito que mão de obra qualificada existe. Talvez o que falte é um pouco mais de arrojo por parte de nossos pesquisadores e, obviamente, um pouco mais de estrutura física para que tais pesquisas inovadoras sejam realizadas.
Carlos Pacheco

Discussão - 2 comentários

  1. Gabriel Neves disse:

    uma grande bosta

  2. Gabriel Neves disse:

    Vc nao tem fundamento algum no que está dizendo e acredito que falta de ética mesmo é vc nao concluir o que fala.

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