“The Tragedy of the Commons” é besteira

Surpreendente como mesmo quem considera ter uma mente cética e fazer uso desta rara mercadoria chamada pensamento crítico pode cair às vezes no conto do vigário. Haverá muitos que não têm idéia do que falo, mas o artigo “The Tragedy of the Commons“, publicado em dezembro de 1968 na Science e escrito pelo então professor da University of California, Garrett Hardin foi um aparente abridor de olhos. Resumidamente, o autor defendia que a gratuidade da maior parte dos recursos naturais levaria inevitavelmente à sua exaustão, sugerindo que a cobrança do que hoje chamaríamos de “serviços ambientais” seria a forma mais racional de se preservar tais recursos. Quantos, inclusive eu, emprestaram valor de dogma a estas palavras. Como dizem os americanos, “I should have known better”. Este texto de Ian Angus disseca e arrasa os argumentos de Hardin e lança uma sombra sobre The Tragedy. Merece ser lido e profundamente refletido

Discussão - 1 comentário

  1. Igor Santos disse:

    O problema é que é tão mais fácil acreditar passivamente que pensar ativamente.
    Ceticismo é um permanente estado de vigilância, mas às vezes precisamos dar um cochilo...

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