>Ascensão e Queda de Baldonia

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Em 1948, durante uma pescaria com seus amigos no sul da Nova Scotia, Canadá, o empresário americano Russell Arundel teve uma ideia ambiciosa: declarar a independência da pequena ilha conhecida como Outer Bald Tusket. Junto com os seus amigos, Arundel redigiu a Declaração de Independência do Principado de Outer Baldonia:
Os Pescadores são uma raça solitária. Pescadores são dotados dos seguintes direitos inalienáveis: O direito de mentir e ser acreditado. O direito de ser livre de questionamentos, perturbação, barbear-se, interrupção, mulheres, impostos, política, guerra, monólogos, tédio e inibição. O direito ao aplauso, à vanglória, ao elogio insincero, ao louvor e à auto-inflação. O direito de praguejar, mentir, beber, jogar e ficar em silêncio. O direito a ser barulhento, intempestivo, quieto, pensativo, expansivo e hilário. O direito de escolher companhia e de ficar só. O direito de dormir o dia inteiro e passar a noite em claro.
A moeda de Baldonia seria o tunar (trocadilho entre tuna, atum e dollar). Quem pescasse um atum de mais de 150 quilos seria declarado príncipe. A economia seria baseada não na pesca — o esporte nacional — mas na exportação de garrafas vazias de rum e cerveja. A entrada de mulheres em Baldonia foi proibida — exceto por uma visita da ex-secretária de Arundel, Florence McGinnis, declarada princesa.
A independência de Baldonia foi um sucesso imediato, sendo reconhecida por Washington — ou melhor, por uma lista telefônica de Washington. Mas parece que Arundel não tinha o mesmo senso de humor quando estava sóbrio: ele se cansou rapidamente da piada e vendeu a ilha à Nova Scotia Bird Society. Antes disso, porém, ele passou uma noite no “palácio real” e considerou o lugar como algo “ventoso, frio e miserável.” Deve ter sido a ressaca.
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