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O último post do ano não poderia ser diferente. É chato, é sinônimo de preguiça de quem faz, mas… todo mundo gosta de uma retrospectiva.
Antes, porém, uma dose de entusiasmo, por favor. Neste ano esse blog deslanchou, explodiu, inflacionou! Foram 278 postagens (um crescimento ultra-chinês: 237,93%), numa base quase diária. Mais ou menos como fizemos em nosso retrospecto do ano passado, aí vai um texto-resumo dos capítulos anteriores:
Começamos o ano olhando para frente e encontramos carretas transparentes, macacos regicidas, publicidade soviética e até mesmo um pálido ponto cego.
Depois, fomos enganados por perfis fakes e nos perdemos nos piores trevos do mundo usando estranhas unidades de medida.
O Chile deu mais um passo sobre o Pacífico, mas apesar dos dez dias que abalaram o mundo, nós não nos abalamos diante de nobres canhões nem com verdades inconsistentes.
E logo após o português voador passar quase morrendo, fomos momentaneamente tomados pela cegueira lúcida de Saramago. Criticamos o expurgo à moda lulista, mas não pudemos dizer o nome daquela peça, “a escocesa”…
Para ajudar a salvar o mundo, tivemos todos que prender a respiração. Tivemos saudosas memórias do videocassete e perguntamos se você conhece este homem?
Do século passado, vieram previsões sobre os músicos do futuro e o teatro do futuro. Darwin ficou apaixonado, Thomas Edison falou sobre o futuro do cinema, Charles Dickens foi assaltado e Mark Twain nos mandou suas sempre úteis regras de etiqueta para incêndios.
Ninguém deu ouvidos ao Bismarck, mas todo mundo mandou o Galvão calar a boca. Depois nos arrependemos, afinal toda censura é burra.
Usamos nossas cartas na manga para comprar os selos mais loucos do mundo, mas acabamos sendo mandados de volta para o passado.
Descobrimos como dar pausa no Atari, como funciona o diferencial, que um único navio pode fazer um bloqueio naval e que plantas podem parecer geniais.
Também lembramos de verdadeiros puxa-sacos, de gente que literalmente perdeu a vida mas não perdeu a piada, da tia das Cataratas do Niágara ou do bixo mais folgado da História. Houve quem pedisse um aniversário de presente (ou, nas entrelinhas, procurasse um companheiro).
Ficamos presos em um xilindró numérico, mas para sair foi dois palitos. Participamos de uma festinha intertemporal, com Mary Big Shoe, dois cavalos e um cão. Na ressaca, passamos manteiga no câncer e comemos os biscoitos de Douglas Adams.
Feita para evitar a fadiga, uma multifuncional para a cozinha facilitou imensamente a nossa vida, assim como as cartas de recomendação de Benjamin Franklin, o carro-mala, a azaração bíblica e até mesmo um hino nacional multiuso.
A Declaração de Indepe
ndência falhou (por que não passou por uma revisão pelos pares), o Fermat deixou um segredo, mas não poderíamos ter tido um sorriso mais radiante (ou radioativo).
ndência falhou (por que não passou por uma revisão pelos pares), o Fermat deixou um segredo, mas não poderíamos ter tido um sorriso mais radiante (ou radioativo).
Perto do menor parque do mundo, uma mulher gritou “Nem morta!”, com resultados desastrosos como camelos no velho oeste e um monte de nomes impróprios.
No fim do ano, tivemos que correr mais rápido que a luz para fazer correções e trabalhos, mas isso pode deixar um autor irado. Ouvimos, enfim, a voz de Shakespeare (ou quase), mas não nos esquecemos da diferença fundamental entre nerds e geeks.
Feliz 11111011011!
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E este foi o último texto desta encarnação do hypercubic. Na segunda, dia 03, estréia a versão 3,14 (pi, para os íntimos), algo completamente diferente (e, espero, com menos vírgulas a cada frase).