Habilidades Sociais: Dicas de conversação

20090624_conversacao.jpgÉ comum vermos diferentes animais engajarem em vários comportamentos controlados por comida, sexo, ou outros reforçadores relacionados à sobrevivência. Curiosamente, no homem, a atenção social é outro reforçador extremamente forte! É incrível o quanto ela pode modelar nosso repertório comportamental. Eu já dei um exemplo drástico disso aqui no blog no tópico “lidando com crianças birrentas“.
Iniciar e manter uma conversação são duas classes de comportamentos extremamente importantes para qualquer pessoa, mas não é comum refletirmos sobre como o fazemos e como podemos melhorar. Saber alguns “truques” é essencial ao terapeuta, que pode treinar estas habilidades sociais com seus clientes mais fechados, principalmente aqueles muito ansiosos ou com dificuldades em situações sociais.
O blog AtitudedeHomem.com me chamou muito a atenção por ser recheado de dicas para melhorar suas relações sociais. Embora o site seja mais focado à rapazes que buscam conhecer e conquistar mulheres (interessante, não?), recentemente o autor postou dois tópicos com o título “Dicas de Conversação” que são aplicáveis a qualquer contexto social, e não só na paquera. Vale muito a pena ler!
Dicas de conversação: Parte 1 e Parte 2

Autismo e agressividade: existe relação?

Recebi alguns comentários interessantes após postar o último vídeo sobre autismo: me perguntaram se aquele garoto era realmente autista pois ele parecia calmo demais. Também me enviaram (na verdade minha irmã me enviou) este depoimento incrível de uma mãe cujo filho autista, mesmo após receber tratamentos na infância, foi se tornando cada vez mais agressivo. Decidi então discutir estes assuntos neste post, junto com a segunda parte dos vídeos do Princeton Institute.
Estes vídeos, infelizmente, não mostram como os garotos estavam antes da intervenção – o que é uma pena – mas pelo menos mostram alguns procedimentos da Análise Aplicada do Comportamento e sua enorme eficácia. Quando olhamos os resultados até parece que o procedimento é simples, mas o trabalho é muito difícil, assim como comentaram no outro post!
Uma destas dificuldades está em identificar o que está interferindo e mantendo os comportamentos do autista, pois o diagnóstico sozinho não explica quais variáveis controlam os comportamentos-problema e portanto não possibilita um tratamento eficaz.
O problema é que quando falamos em comportamentos, não estamos acostumados a investigar as variáveis que os rodeiam (como em que momento ele ocorre, com que pessoa, em qual situação, etc). No texto citado, ela fala muito em ataques de raiva e agressividade que ocorrem “do nada”, sem explicar a situação em que ocorreram. Oras, nenhum comportamento vem do nada! Curiosamente, em alguns momentos o texto nos dá pistas do que realmente ocorre com o garoto: em um momento é dito que ele roubava coisas e trocava por favores sexuais, em outro ele dá em cima de uma garota e após ser repreendido, a ataca – estes exemplos já sugerem uma falta de habilidades sociais. Foi também dito que ele teve acompanhamento quando criança, mas e quando adulto? O único citado foi um que ensinava jovens adultos inteligentes (como ele) a fazer calculos de primário – uma vergonha. Em um outro momento ele ainda diz “eu odeio ficar enjaulado”, mas por desinformação acabou enjaulado não só fisicamente atrás das grades mas também mentalmente: dopado por diversos medicamentos.
Enfim, o autismo não causa agressividade. Qualquer pessoa pode se tornar agressiva, seja ela autista ou não. Deve-se investigar em cada caso o que estaria mantendo a agressividade, pois, mais uma vez, nenhum comportamento vem do nada!
Agora uma história feliz! Notem como a orientadora ressalta a importância do profissional ir até o ambiente da criança para identificar os comportamentos a serem ensinados, ou seja, identificar os comportamentos, suas variáveis de controle, e possíveis intervenções.

Suas escolhas fazem você

A claro diz: “Você faz suas escolhas. E suas escolhas fazem você.”

E Skinner disse: “Os homens agem sobre o mundo, modificam-no e, por sua vez, são modificados pelas conseqüências de sua ação.”
Tudo a ver, não?!

Mental – Psicopatologia na televisão

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A série Mental acabou de estrear no canal Fox e tem tudo que eu, como psicólogo, gosto: pessoas com transtornos mentais (começando com a esquizofrenia!), crítica ao uso e abuso de medicamentos, aos seus efeitos colaterais, ao método de tratamento tradicional da psiquiatria e pelo visto ainda virão críticas à indústria farmacêutica.
Também percebi uma grande consideração ao lado humano dos pacientes, o que é genial! Não é raro ver em instituições os pacientes trancados ou abandonados de um lado e os profissionais em seus “cantinhos especiais”, como se os pacientes tivessem alguma doença contagiosa. No seriado o personagem principal, Dr. Jack Gallagher, é claramente contra essa divisão.
Enfim, temos mais uma série disponível na televisão para os profissionais da saúde mental e, claro, os curiosos. Só espero que ela mantenha a qualidade do primeiro episódio! O horário é às quartas, 10 da noite – mais informações aqui.

Depoimentos em vídeo sobre o autismo

Em quase todos os transtornos mentais inúmeras pesquisas procuram uma causa genética ou alteração química responsável no cérebro. E assim como em quase todos os transtornos mentais, ninguém ainda achou essas causas, nem no autismo.
Enquanto isso, na Análise do Comportamento, alguns cientistas observam e descrevem princípios de aprendizagem em laboratórios, e outros aplicam estes princípios em outros contextos, como com crianças autistas.
Alguns resultados podem ser vistos em uma série de vídeos que estarei publicando nos próximos dias – são vídeos de divulgação do Princeton Child Development Institute , um instituto que utiliza a Análise Aplicada do Comportamento com crianças, jovens e adultos autistas.

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