Pavlov no escritório

Ivan Pavlov foi um fisiologista que descobriu que apresentando várias vezes alimento a um cão junto a um som, com o tempo, o som sozinho produziria a salivação, resposta que antes era automática somente ao alimento. Este processo de aprendizagem se chama condicionamento respondente, ou pavloviano. Já postei um vídeo sobre isso no Youtube.
Em um episódio do seriado The Office, o personagem Jim usa esta técnica com seu colega Dwight:

Mas legal mesmo é este vídeo que encontrei no Youtube, ótimo para mostrar em sala de aula:

Apresentação sobre Esquizofrenia na PUC-GO e SBP

Está rolando a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Brasil e como parte dela estarei apresentando um trabalho sobre esquizofrenia na IV Mostra de Produção Científica dos cursos de pós-graduação lato-sensu da PUC-GO.
Eu e algumas colegas iremos falar um pouco sobre a história do conceito de esquizofrenia, algumas pesquisas clássicas da análise do comportamento na área, os avanços recentes e também apresentaremos cenas de filmes e documentários fazendo análises das mesmas. Bem bacana!
A apresentação será hoje, 23 de outubro, às 19:00 na sala 301A, na área IV. Está feito o convite!
Quem perder pode conferir a apresentação na semana que vem na XXXIX Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia, que acontecerá aqui em Goiânia.
E só para deixar a coisa toda um pouco mais divertida, vou abrir a apresentação com o vídeo do “King Size do Rio de Janeiro”, a mais nova celebridade da internet:

“Já para o seu quarto” – Castigo funciona?

Bem engraçada essa tirinha que encontrei no Capinaremos:
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O time out (deixar a criança sozinha em algum lugar até que se acalme) é comumente utilizado pelos pais em crianças mal comportadas, e isso não é errado. Mas existem algumas dicas que melhoram sua eficácia como:

  • ao invés de mandar pro quarto, colocar a criança em um ponto específico, como uma cadeira, sobre um tapete, ou em uma poltrona – assim você nao corre o risco de estar a reforçando (como na charge).
  • deixar a criança pelo tempo necessário até que ela se acalme, geralmente essa quantidade, em minutos, é igual à idade da criança (por ex.: 4 anos = 4 minutos, etc).
  • após ela se acalmar, explicar com voz calma e na altura da criança a razão dela ter ficado de castigo e o que ela poderia ter feito que seria mais correto.

Não é mais fácil do que mandar o garoto pro quarto, mas é muito mais eficaz!
Este procedimento é usado para momentos em que as crianças apresentam um comportamento inadequado, mas vale lembrar que nada é mais eficaz do que o uso de reforçadores, como por exemplo: “muito bem, você fez todas suas tarefas hoje e agora pode ir pro quarto brincar com seu videogame!“. Ensinando o correto, você diminui (e às vezes previne) o incorreto.

Reforçando pessoas: atenção para uns, cerveja para outros.

Falei semana passada sobre o que é estímulo reforçador e como a atenção é um poderoso exemplo nos seres humanos.
Mas existem outros estímulos que também servem de exemplo, como mostra esse comercial da Heineken:

O que é reforçador pra um pode não ser para outro. Deve-se analisar para quem ele está sendo aplicado, qual sua história filogenética (doces costumam ser reforçadores graças ao nosso biológico), sua história pessoal (cebola e brócolis nem tanto, depende do que a pessoa aprendeu a comer) e de variáveis da situação (a pessoa está com fome? sente falta de um armário grande?).
Moral da história: estímulo reforçador não é sinônimo de agrado e nem de elogio. É aquilo que apresentado após um comportamento aumenta sua frequência!
* Agradeço ao Prof. Flávio Borges pelo ótimo vídeo!

Crianças só querem atenção (e adultos também)

Um estímulo reforçador é todo aquele que, apresentado após um comportamento, faz com que ele aumente de frequência. No caso dos humanos, a atenção social é um reforçador extremamente poderoso.
Devemos sempre atentar aos momentos em que a criança apresenta um bom comportamento, como comer toda a comida do prato, tirar boas notas, ou ajudar os pais em alguma tarefa – é preferível dar atenção a uma criança nesses momentos, pois reforçá-la em momentos inadequados pode ter resultados desastrosos.
E quando a criança já apresenta inúmeros comportamentos inadequados? Outras estratégias estão disponíveis como a extinção do comportamento inadequado. Na extinção, todos reforçadores são retirados e um resultado comum é uma variação no comportamento:

A dificuldade em se usar a extinção é com ela é também comum haver frustração e um pequeno aumento do comportamento indesejado antes que ele realmente comece a baixar de frequência – o que faz dele um processo muito cansativo. No vídeo, a pobre Lois deu atenção ao filho logo nesse aumento, reforçando o comportamento indesejado dele ficar a chamando ininterruptamente.
O mais interessante é ensinar novos comportamentos adequados, e isso também pode ser feito através do reforço (que ao invés de frustração, traz satisfação). É por isso que a Supernanny sempre pede para os pais parabenizar os seus filhos pela realização de tarefas, as vezes usando elogios, fichas ou até prêmios!
Ah, e isso não é válido só com crianças, é também com os irmãos, os amigos, o namorado(a), o chefe, e todo mundo que você conhece…

George, o gato hipnoterapeuta

20091014_george.jpgSe você não está satisfeito com seu terapeuta, que tal esta alternativa: fazer hipnose com um gato?
Usando um certificado falso, Chris Jackson, apresentador do programa Inside Out, conseguiu registrar seu gato George em três organizações profissinais de hipnoterapia na Inglaterra: na Diretoria Britânica de Programação em Neuro-Linguística (BBNLP), na Associação Unida de Hipnoterapeutas (UFH) e na Associação de Clínicos Profissionais de Hipnoterapia (PHPA).
Olha, eu nunca fui muito fã de hipnose e nem gosto de ficar criticando tipos de terapia que não tenho muito conhecimento, mas essa palhaçada eu tive que postar aqui!
Fonte: BBC Brasil

9 dicas para se tornar mais atraente

20091013_attractive.jpgPoucas pessoas se consideram satisfeitas com sua aparênca, mas não é só a beleza que define uma pessoa – seus comportamentos também exercem essa função, podendo deixar você mais (ou menos) atraente. Aqui vai uma lista que adaptei do blog Dumb Little Man com dicas de como se tornar mais atraente, que não envolvem ter a roupa mais descolada, o corpo mais malhado ou a carteira mais cheia de dinheiro:
1. Seja verdadeiro.
Muitos tentam passar uma identidade falsa, mas nem sempre elas tem sucesso. Não existe razão em querer esconder suas falhas, já que ninguém é perfeito – melhor do que tentar escondê-las é exaltar suas qualidades. Aceite e goste de quem você é.
2. Fale com objetivo.
Procure conversar sobre assuntos interessantes ao invés de apenas “preencher o tempo”. Abraham Lincoln disse uma vez: “é melhor ficar calado e deixar que pensem que você é um idiota do que abrir a boca e acabar com a dúvida”.
3. Escute.
Poucas pessoas sabem realmente fazer isso. Tente ouvir as pessoas ao invés de julgá-las enquanto espera sua vez de falar. Falar com uma parede nunca é legal.
4. Ria.
Embora seja possível exagerar nas risadas, rir é quase sempre visto com bons olhares. Bom senso de humor é uma das qualidades preferidas nas pessoas, ninguém gosta de gente mal humorada.
5. Sorria.
Combinado com risadas, esta é uma das melhores maneiras de se passar uma boa imagem. Sorrindo você se mostra mais aberto para as pessoas ao seu redor.
6. Pare de reclamar.
Pode até ser que grande parte dos seus pensamentos envolvam reclamar. Mas ouvir alguém reclamando o tempo todo nunca é legal, sempre há bons momentos ou tópicos mais interessantes para se conversar.
7. Sinta-se atraente.
Você não vai parecer uma pessoa atraente se você não se sentir dessa maneira. Tente ficar satisfeito com quem você é e procure fazer coisas que o satisfaça – você se sentirá bem e consequentemente irá conseguir passar esta imagem para os outros.
8. Seja aberto.
Ninguém gosta de alguém fechado e inacessível. Esteja disposto a criar relacionamentos autênticos com as pessoas que o cercam e veja os benefícios que irão surgir. Todos tem algo de bom para compartilhar.
9. Ande com a cabeça erguida.
Você anda olhando para baixo? Uma pequena mudança em sua postura ao andar mudará muito a maneira como as pessoas o percebem (e até você mesmo).

Postura corporal afeta a auto-confiança

Alguns pesquisadores descobriram que pessoas sentadas com o corpo ereto estavam mais propensas a acreditar em si mesmas do que as outras sentadas com as costas curvadas. Na pesquisa realizada, os participantes se auto-avaliavam em uma folha, escrevendo sobre o quanto elas se achavam qualificadas para um trabalho.
O interessante deste resultado é que mostra que a sua postura não só influencia o que os outros podem pensar de você, mas também os seus próprios pensamentos. Mais detalhes sobre os experimentos podem ser lidos aqui.
Eu gostei também de um comentário feito por um dos pesquisadores: “Sentar corretamente é algo que você pode se treinar para fazer, e tem benefícios psicológicos – contanto que você geralmente tenha também pensamentos positivos“.
Na clínica (e no dia a dia) é comum vermos os mais tímidos falarem baixo, evitarem contato olho a olho e não quererem se expor muito. Ou um deprimido manter uma postura cabisbaixa, reclamando da vida. Estes tipos de comportamentos sem dúvida influenciam o que o outro vai pensar dele, e não traz consequências positivas, o que pode deixar a pessoa ainda mais incomodada (e mais cabisbaixa, percebeu o ciclo se formando?).
Não é o tipo de coisa que costumamos prestar atenção em nós mesmos, mas que mesmo assim tem seu impacto! E você, já parou pra pensar em como costuma interagir com as pessoas?
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Briñol, P.; Petty, R. E. & Wagner, B. (2009). Body posture on self-evaluation: A self-validation approach. European Journal of Social Psychology. 39(6), 1053-1069.

Carl Sagan e sua viagem pelo Cosmos

Este vídeo ja foi citado no Scienceblogs pelo Brudna e pelo Renan, mas eu gostei tanto dele que resolvi legendá-lo, e citá-lo mais uma vez.

Carl Sagan não era psicólogo, mas seus livros sobre ciência sempre foram grandes fontes de inspiração para mim. Um dos meus favoritos, “O mundo assombrado por demônios“, tem um capítulo dedicado à psicanálise e outros às alucinações. Até consegui a façanha de citá-lo em um artigo que estou escrevendo sobre esquizofrenia.
Mas eu conheci este cientista não pelos livros, mas pela televisão: o seu seriado de 13 capítulos chamado Cosmos é uma incrível fonte de informação e eu recomendo para todos que ainda não o tenham visto – psicólogos ou não.
Este vídeo que legendei é um tributo musical feito com cenas do seriado, além de cenas de um documentário de outro grande cientista, Stephen Hawking. Divertidíssimo.
Alguns episódios:
Cosmos Ep.1 Legendado: As Margens do Oceano Cósmico
Cosmos Ep.2 Legendado: Uma Voz na Sinfonia Cósmica
Cosmos Ep.3 Legendado: A Harmonia dos Mundos
Cosmos Ep.4 Legendado: Inferno e Céu

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