A Mente Brilhante de John Nash
A esquizofrenia é o transtorno que mais me interessa, principalmente pela sua complexidade. Na história deste transtorno, um dos casos mais marcantes é o do matemático John Nash que, com esse diagnóstico, além de apresentar comportamentos estranhos e delirantes, ganhou o prêmio Nobel de economia em 1994. A história dele pode ser vista no filme “Uma Mente Brilhante“, e uma análise comportamental do filme neste artigo.
Acabei de descobrir no Mindhacks que a PBS fez um documentário sobre a vida dele, incluindo entrevistas com pessoas próximas e até com o próprio Nash. Este documentário pode ser assistido aqui ou baixado por torrent.
Infelizmente o documentário está sem legendas, mas a transcrição pode ser lida aqui para quem quiser acompanhar, ou quem sabe legendá-lo para nós?!
A máquina da felicidade da Coca-Cola
Emparelhar estímulos agradáveis a outros é sempre bom. Lembrei daqueles caras que fizeram a escada-piano e o lixo sem fundo. É legal porque estes estímulos ajudam as pessoas a fazerem uma tarefa mais difícil (ou desagradável).
A Coca-Cola, que não é besta, aproveitou o conceito e o aplicou à propaganda, para trazer mais felicidade associada à sua marca, olha só que idéia genial:
Vou Chamar a Polícia – Irvin Yalom
Irvin David Yalom é um psicoterapeuta existencial e professor de psiquiatria na Stanford University que ficou famoso pelas suas contribuições à terapia de grupo e também por alguns livros de ficção publicados como “Quando Nietzche Chorou” e “A Cura de Schopenhauer”. Confesso que nunca tinha lido nenhum livro do autor até receber da Agência Frog sua última publicação “Vou Chamar a Polícia“, que, como primeira leitura do autor, não foi uma experiência muito boa para mim.
O primeiro capítulo é um conto maravilhoso que dá nome ao livro, muito interessante e bem escrito, fiquei encantado! Outro capítulo que me chamou muito a atenção foi “A Viagem da Psicoterapia à Ficção” em que ele fala muito de psicoterapia e casos de pacientes individuais e de sessões em grupo – eu como psicólogo achei interessantíssimo.
No entanto, os outros são discursos do autor sobre o que o inspirou a escrever seus outros livros e as relações entre suas histórias e eventos que ocorrem na terapia (além de trechos destes outros livros). O resultado: fiquei boiando por não conhecer estas outras histórias, mas pelo menos este livro me deixou curioso.
Enfim, pra quem conhece o autor e suas obras, este livro pode ser bastante interessante, mas para outros, como eu, que apesar de gostarem do tema psicoterapia mas ainda não conhecem as obras do autor, é melhor ler os outros livros primeiro e deixar este para depois!
Link: Vou Chamar a Polícia
Moldando personalidades em “O Jogo do Exterminador”
Acabei de ler um clássico da ficção científica que acho que pode ser muito interessante para vários psicólogos, em especial analistas do comportamento.
O livro é de 1985 e se chama “O Jogo do Exterminador” (Ender’s Game) e tem um roteiro bem batido: a espécie humana está prestes a ser atacada por uma raça alienígena e novos soldados precisam ser treinados para defender a Terra. Só que para isso, crianças superdotadas são recrutadas em seus 5 ou 6 anos e levados à uma escola de batalha onde são treinadas em táticas e estratégias militares, e o livro segue a história de Andrew “Ender” Wiggin.
O que me fez querer postar sobre o livro aqui é como é feito o treinamento destes novos soldados, especialmente o de Ender. Mais do que apenas oferecer aulas, treinamentos e simulações, os superiores da Escola de Batalha arranjam situações que irão moldar a personalidade da criança a seu próprio gosto.
Para isso usam estratégias como mostrar favoritismo a um aluno de modo a causar inveja nos outros (e isolamento do “favorito”), fingir não saber de brigas que acontecem entre alunos, resultando em ferimentos gravíssimos (mas crianças mais agressivas), mudar rapidamente o aluno de batalhões para que não crie laços fortes ou até trapacear nos treinos e simulações para que o aluno também desenvolva respostas rápidas e inusitadas. Nos últimos capítulos do livro, Ender já não sabe mais quais comportamentos de seus superiores são autênticos e quais são planejadas.
Planejar contingências ambientais para modificação do comportamento de pessoas não é nada estranho. A diferença do Analista de Comportamento é que ele faz isso com todo um planejamento anterior. Os superiores da Escola de Batalha de Ender parecem frios e cruéis em algumas decisões, o contrário de um psicólogo de verdade, mas ainda assim a leitura é bastante divertida.
Pesquisando sobre o livro descobri que a Marvel Comics está lançando nos EUA a história em gibi e existem também planos para um jogo de videogame! Genial! Vou concluir o post com uma parte de um diálogo entre dois superiores de Ender:
– Com Ender, precisamos atingir um delicado equilíbrio. Isolá-lo o suficiente para que ele continue criativo, senão vai integrar-se ao sistema daquiu e nós o teremos perdido. Ao mesmo tempo, precisamos certificar-nos de que ele vai conservar sua forte capacidade de liderança.
(…)
– Muito bem. Ele precisará ser um gênio, e simpático, também.
– Não simpático. Se ele for bonzinho, os insecta vão acabar conosco.
– Então você vai isolá-lo.
– Vou mantê-lo completamente a parte do resto dos meninos, quando chegarmos à Escola.
(…)
– Não é um menino bonzinho o que você está levando.
– É onde você se engana. Ele é até mais bondoso. Mas não se preocupe. Vai deixar isso de lado logo, logo.
Como fazer suas resoluções de ano novo darem certo
2010 tá aí e quase todo mundo começa o ano novo com novos planos e resoluções. Mas quantos de nós realmente alcança essas metas? Encontrei aqui algumas dicas de como conseguir cumpri-las e resolvi sintetiza-las aqui no blog.
Seja objetivo em seus planos.
As intenções podem ser boas, mas planos vagos tem mais chance de falhar. Procure planejar bem e pensar bastante nestes planos. Ao invés de dizer “vou gastar menos dinheiro este ano” é mais recomendado, por exemplo, dizer “não vou gastar mais de R$20 por semana nos almoços” ou “em janeiro revisarei meus gastos mensais para ver o que posso reduzir”.
Entre em ação
Muitas resoluções envolvem deixar de fazer alguma coisa, como comer, beber, fumar, comprar ou gastar. No entanto, ao deixar de fazer algum hábito é muito comum você ficar pensando obsessivamente no que deixou de fazer – o oposto do que você quer que aconteça. Ao invés de procurar evitar ações, tente criar novos hábitos e atividades para substituir as que você quer que diminua, assim você mantém sua mente ocupada em outras coisas, como caminhar ao invés de fumar ou jogar boliche ao invés de ficar na internet.
Tome providências
Lembre-se que seus hábitos são influenciados por estímulos ambientas. Ou seja, se você quer parar de fumar, evite frequentar aquele bar que você sabe que irá te dar vontade, da mesma maneira que se você não resiste à uma liquidação deve evitar frequentes visitas ao shopping. Isso é mais do que lutar contra a tentação: é reformular os circuitos neuronais.
Use estímulos tangíveis
Use estímulos para manter você na meta, como pregar o saldo do cartão na carteira ou pendurar aquela roupa favorita (mas pequena demais) em sua cozinha. Lembranças tangíveis de sucesso também são motivadoras, como gráficos de progresso, recompensas, ou até mesmos fichas como “estrelas” podem melhorar sua confiança e desempenho.
Controle seus pensamentos
Evite perfeccionismo: metas foras de alcance terão muito mais chances de falharem. Esteja também preparado para pequenos erros, ninguém é perfeito e você não precisa desistir da meta por causa de um escorregão. E, por fim, você pode culpar várias pessoas e situações mas o sucesso depende muito mais de sua própria responsabilidade!
Depois disso tudo, o que eu tenho a dizer é feliz 2010 aos leitores aqui do blog e boa sorte com suas resoluções de ano novo! 🙂