Feliz dia do Psicólogo!
Hoje é dia de dar parabéns a todos os profissionais da área e, claro, aos estudantes futuros psicólogos! Aqui em Itumbiara as comemorações estão a mil, com atividades o dia inteiro! Fui!
(Quem sabe quando tiver mais tempo escrevo mais por aqui)
Viajando na máquina de Ressonância Magnética
A psilocibina, descoberta nos anos 50, é uma substância química presente em certos fungos que pode provocar alterações na percepção e até alucinações. Como no caso de muitas outras drogas alucinógenas, ainda não se sabe descrever exatamente o que se passa no cérebro quando está sob efeito delas.
Quem já passou pela situação de uma tomografia ou ressonância magnética (RMf) sabe que a situação não é muito agradável: ficar 10 a 20 minutos imóvel dentro de uma máquina enorme e barulhenta. Para uma pessoa sob influência de alucinógenos então, pode ser até assustador!
Procurando evitar possíveis “bad trips” e outros efeitos colaterais de ordem psicológica, pesquisadores selecionaram nove sujeitos, aplicaram 2 miligramas de psilocibina nos mesmos e os colocaram em uma máquina de RMf. Só que uma máquina de madeira. O objetivo era verificar se eles conseguiriam fazer o exame sem grandes problemas.
Nesta pesquisa tudo correu bem, portanto aparentemente o caminho está livre para se usar uma máquina de verdade! Pode-se esperar mais notícias sobre a psilocibina no futuro!
Vi primeiro no : NeuroKüz
Carhart-Harris RL, Williams TM, Sessa B, Tyacke RJ, Rich AS, Feilding A, & Nutt DJ (2010). The administration of psilocybin to healthy, hallucinogen-experienced volunteers in a mock-functional magnetic resonance imaging environment: a preliminary investigation of tolerability. Journal of psychopharmacology (Oxford, England) PMID: 20395317
Medicando viciados em Starcraft
Dia 27 de julho de 2010 foi um dia muito importante para milhares de adolescentes e outros jogadores de jogos de computador no mundo todo: o lançamento do Starcraft 2, um dos jogos mais esperados dos últimos anos.
Juro que não estou exagerando: este jogo é a sequência do Starcraft, lançado em 1998, que é tão jogado que hoje na Coreia do Sul, por exemplo, existem dois canais de televisão dedicados a transmitir partidas do jogo. Os jogadores vivem de patrocínio que recebem para jogar como qualquer outro esporte e isso até já virou tema de reality show. Curiosamente, também na Coreia do Sul, alguns jovens estão tendo prejuízos na vida social por causa de jogos como este, fazendo surgir o termo “dependência de jogos online“.
Han et al, psiquiatras sul-coreanos, deram a 11 jovens com “dependência ao Starcraft” a droga bupropiona, um antidepressivo também usado em casos de dependência à substâncias e à nicotina. Estes garotos jogavam pelo menos 4 horas diárias, sendo que seis deles não frequentavam mais a escola por dois meses matando aula em lan houses e outros dois se divorciaram por causa do uso excessivo de internet durante a noite.
E parece que a droga funcionou: após 6 semanas de tratamento, foram observados decréscimos na vontade de jogar Starcraft (23.6%), no tempo total gasto jogando (35.4%) e nos escores de uma escala de medida da dependência à internet (15.4%). Quem sabe o Starcraft não ganha uma seção especial no DSM-V?
Ainda bem que trabalho fora de Goiânia e meu notebook não roda o Starcraft 2, pois nos finais de semana eu gasto muito mais do que 4 horas num dia com esse jogo.
Fonte: Han DH, Hwang JW, & Renshaw PF (2010). Bupropion sustained release treatment decreases craving for video games and cue-induced brain activity in patients with Internet video game addiction. Experimental and clinical psychopharmacology, 18 (4), 297-304
Vi no Neuroskeptic.