Aprendizagem antes do nascimento: uma história com pintinhos e morangos.
Para você entender esta pesquisa primeiro preciso deixar uma coisa clara: pintinhos não gostam de morango. E já nascem não gostando. Curioso, né? Sneddon & cols (1998) também acharam, e queriam descobrir se podiam fazer algo para mudar isso. Essa pesquisa eu conheci no XX Encontro da ABPMC, no mini-curso da Profª da USP Maria Helena Hunziker.
Os pesquisadores pegaram vários ovos de galinha e os dividiram em quatro grupos. Entre o 15º e o 20º dia de incumbação os pesquisadores liberavam um aroma de morango ao redor do ovo, esfregavam uma pasta de morango ao redor do ovo ou injetavam o aroma no ovo em um espaço de ar.

(imagem cedida por Tauane Gehm, mestranda em psicologia experimental na USP)
Dois dias após o nascimento dos pintinhos, era feito um teste de preferência: eles eram colocados em uma caixa com aroma de morango em um lado e não no outro. Além disso, tinham à sua disposição água com gosto de morango e água normal. Como esperado, os pintinhos sem exposição ao morango não ficavam na parte com aroma de morango nem bebiam a água com gosto.
No entanto, os pintinhos que foram expostos ao morango mostraram uma preferência (ou menos aversão) ao morango. Eles beberam mais água com sabor de morango e passaram mais tempo em uma área com aroma de morango, principalmente os que tiveram o morango aplicado à casca do ovo.
Se um pintinho pode mudar suas preferências “inatas” durante a fase embrionária, imaginem seres humanos na barriga da mãe. Sem dúvida o que ela bebe, come, cheira e sente deve influenciar seu bebê – o que me deixa ao mesmo tempo fascinado e assustado! Quando começo a pensar em gestantes que usam drogas então…
Sneddon, H., Hadden, R., & Hepper, P. (1998). Chemosensory Learning in the Chicken Embryo Physiology & Behavior, 64 (2), 133-139 DOI: 10.1016/S0031-9384(98)00037-7
Porque o Facebook vicia (parte 2)
Há um tempo atrás expliquei o sucesso do Facebook comparando a função “curtir” do site como um reforçador positivo para nossas respostas de escrever.
Alguns pesquisadores lá da Itália resolveram explicar que o Facebook é agradável mas de outra maneira: medindo as respostas fisiológicas da pessoa. Eles mediram a condutância da pele, volume de sangue do pulso, eletroencefalograma, eletromiografia, a atividade respiratória e a dilatação da pupila de 30 sujeitos saudáveis em 3 diferentes condições: relaxamento, mostrando slides do seu perfil no Facebook e uma condição de estresse.
Quando era mostrado ao sujeito o seu perfil no Facebook, a pessoa ficava emocionalmente mais agitada que nas outras condições, ou seja, ele ficava mais feliz e animado. A pesquisa conclui dizendo que sites de relacionamento social podem ter seu sucesso devido aos estados positivos que geram nos seus usuários.
Muito interessante essa pesquisa, mas agora vou analisar as duas explicações a partir de uma visão pragmatista, ou seja, de função prática:
- Sabendo que o “curtir” e as outras interações sociais são reforçadores eu posso prever que: a) se eu retirar os reforçadores, no caso se eu não tiver respostas de amigos ou ninguém “curtir” o que escrevo, esta minha resposta de escrever no site diminuirá podendo chegar à extinção; b) se eu colocar um estímulo aversivo, como uma função “não curtir”, isso pode diminuir minha frequência de escrever no site.
- Por outro lado, sabendo que o Facebook produz respostas fisiológicas de excitação eu posso prever que… as pessoas ficam felizes quando estão usando o Facebook! Grande descoberta!
Agora só falta um paper falando sobre atividade dopaminérgica no sistema límbico ao usar o Facebook… ops!
Mauri, M., Cipresso, P., Balgera, A., Villamira, M., & Riva, G. (2011). Why Is Facebook So Successful? Psychophysiological Measures Describe a Core Flow State While Using Facebook Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking DOI: 10.1089/cyber.2010.0377
Porque o Facebook vicia
Já ouvi pessoas dizerem que o Facebook precisa de um botão de “não curtir”. Até descobri recentemente esta “Campanha Não Curti” com mais de 32.000 pessoas. Uma ideia interessante mas que, se aprovada, só prejudicaria o site.
É fácil entender o porquê disso, basta lembrar de um processo básico que nossos alunos aprendem no primeiro ano de psicologia: o condicionamento operante.
Coloque um rato sedento em uma caixa fechada com uma alavanca que se pressionada libera uma gota d’água. Ensine-o a pressionar a alavanca e ele o fará muitas vezes, até saciar sua sede. Se em uma dessas ocasiões a consequência for retirada (a gota d’água) o pressionar a barra diminiuirá podendo chegar a zero. Mas se em alguns momentos ele receber água e outros não, ou seja, a consequência for intermitente, aí meu amigo, ele vai ser um rato muito insistente e pressionará muito a sua barra.
Agora imagine você escrevendo algo no Facebook, como “as fotos da festa ficaram ótimas”. 5 pessoas curtiram isso. Esse “curtir” funciona como a água: é o estímulo reforçador que manterá você escrevendo no site. Imagine que em momentos ninguém curtiu o que você posta, em outros poucas pessoas curtiram e em outros muitas pessoas curtiram. Aí você já foi “pego”, pois mesmo que ninguém tenha curtido algo que você postou, é provável que você continue postando, pois em outras ocasiões muitas pessoas curtiram.
Até agora eu não falei do “não curtir”. Para saber que consequências o “não curtir” poderia gerar em alguém é fácil: imagine o que aconteceria com o rato se, ao pressionar a barra, ele recebesse um choque. Simples assim!
(Se você gostou desse post, pode gostar também da parte 2)
Paralisia do sono e sexo com fantasmas
Já ouviu falar em “paralisia do sono”? É um fenômeno muito comum para algumas pessoas mas completamente estanho para outras. É um estado em que nosso corpo não está nem acordado e nem dormindo, e aí coisas estranhas podem acontecer.
Quando dormimos, algumas partes do nosso corpo “se desligam” para que a gente não saia andando por aí. No entanto, algumas vezes é possível a pessoa acordar mas o seu corpo não. Muitas vezes a pessoa não acordou completamente e pode ver, por exemplo, seu quarto com influência dos sonhos. É nesse estado que muita gente relata ver vultos, extraterrestres ou espíritos. Na Idade Média era muito comum pessoas relatarem que viam bruxas, espíritos e criaturas malignas. Hoje a tendência é ver extraterrestres. O Gabriel do RnaM fez um ótimo post sobre o assunto.
Curiosamente, nem todo mundo se sente mal nessa situação. Embora uns fiquem bastante ansiosos e, quem sabe por isso, vejam imagens negativas, outros ficam bem relaxados e tiram proveito da situação. Neste link (em inglês) o autor relata que com o tempo aprendeu a “flutuar” nestes momentos de quase-vigília. Algo como uma experiência de estar fora do corpo que muitos pacientes cirúrgicos relatam.
Mas nada que eu já tinha lido se compara à este vídeo (em inglês). A mulher descreve como foi seu encontro sexual com um fantasma. Mas este encontro tem todas as caracteríticas de um episódio de paralisia do sono: foi ao acordar durante a note, não conseguia se mover direito, um peso no peito e nos braços e sensações que encerraram ao acordar. Muito suspeito! Alguem tem alguma explicação melhor para isso?
Tetristerapia
A Fox News divulgou nos EUA que, segundo pesquisas, o jogo de video game “Tetris” pode diminuir flashbacks de eventos traumáticos. Os mais desavisados poderiam achar que é verdade. Como vi no blog Neurocritic (meu mais novo na lista dos favoritos), a realidade é um pouco diferente, mas nem por isso menos interessante.
No experimento realizado, 60 pessoas (sem histórico de transtornos mentais, 30 mulheres) assistiram a um clipe de 21 minutos que continha cenas fortes como acidentes de carro e avião, seguido de um intervalo de 30 minutos. Depois da pausa, eram divididos em três condições experimentais: um grupo jogava Tetris por 10 minutos, outro jogava “Pub quiz“, um jogo de perguntas e respostas estilo Show do Milhão, e o último não fazia nada (controle). Depois disso, durante uma semana, os participantes anotavam em um diário a ocorrência de lembranças intrusivas de imagens do vídeo. No final, um teste de memória voluntária foi aplicado.
Os resultados mostraram que aqueles que jogaram Tetris sofreram menos interferência de memórias “traumáticas” involuntárias do que os que não fizeram nada. E os que jogaram o “Pub quiz” sofreram mais! Provavelmente pelo Tetris envolver mais atividade visual e espacial, assim como ver o vídeo, sei lá.
Na verdade o vídeo não é exatamente traumático por, devido a necessidades éticas, haver um aviso prévio de que serão apresentadas tais imagens (o trauma na vida real ocorre de maneira imprevisível). Além disso, os flashbacks de pessoas com Transtorno do Estresse Pós-Traumático são lembranças que envolvem sensações físicas, é como estar novamente no evento, não apenas lembranças visuais como as observadas no experimento. Portanto, principalmente, nenhum médico está receitando Tetris como disse o noticiário da Fox.
Mas que o experimento é legal, é! Já tenho mais um motivo pra queimar horas do final de semana jogando Starcraft.
Emily A. Holmes, Ella L. James, Emma J. Kilford, & Catherine Deeprose (2010). Key Steps in Developing a Cognitive Vaccine against Traumatic Flashbacks: Visuospatial Tetris versus Verbal Pub Quiz PLoS ONE, 5 (11) : 10.1371
Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?
Antes de começar a falar do livro, gostaria de dizer que estou muito contente em saber que a maioria das pesquisas afirmam que este blog é o melhor blog de psicologia (pausa dramática). Mentira, não é. Nunca houve uma pesquisa dessa, mas quando eu falo assim parece verdade, né?
Bom, sobre o livro: é divertidíssimo. Peguei emprestado da minha namorada e gostei muito! Na verdade ele não é sobre sexo, é sobre as diferenças entre homens e mulheres e suas influências nos relacionamentos. O sexo é só um capítulo. Ao fazer estas explicações os autores relatam exemplos do cotidiano que certamente são familiares a muita gente! Confesso que muitas discussões ocorridas entre eu e minha namorada teriam sido evitadas se tivéssemos lido este livro antes.
No entanto, duas coisas me incomodam no livro e a primeira é o determinismo em suas explicações. É verdade que uma parte de nosso comportamento acontece devido a predisposições biológicas, mas os autores exageram demais nesse tipo de explicação. E aí falam coisas como “os homens não pedem ajuda no trânsito porque sempre foram caçadores e isso é sinal de fracasso”. Sinceramente? Acho isso absurdo. Se os homens pedissem ajuda no trânsito poderíamos simplesmente dizer que “os homens eram caçadores e precisavam da colaboração dos outros para atingir a presa”. É muito fácil inventar uma explicação quando não se tem como comprová-la.
Ainda no determinismo biológico, eles falam muito em como injeções de hormônio no feto vão determinar o que você gosta e não gosta quando cresce, portanto o quanto você é feminino ou masculino, independentemente do seu sexo. Como se as experiências da vida e os fatores culturais não importassem também. O capítulo sobre preferências sexuais é tenebroso.
A outra coisa que me incomodou no livro foi que, para dar mais credibilidade (ou não) à estas explicações, os autores falam que são oriundas de “pesquisas”, “pesquisadores” “cientistas”, entre outros, mas raramente citam de qual pesquisa ou pesquisador essa afirmação veio. Igual eu fiz ali em cima neste post. Eu entendo que o público leigo (povão) não está interessado em conferir as referências bibliográficas, mas não custa nada colocá-las ao final do livro. Pelo menos isso não me deixaria tão desconfiado.
Resumindo: o livro é muito legal, divertido e com exemplos fáceis da gente se identificar. Só aconselho que fiquem com um pé atrás (ou os dois, se possível) quanto às explicações “científicas” apresentadas.
Concluirei com algumas cenas da vida real:
Medicando viciados em Starcraft
Dia 27 de julho de 2010 foi um dia muito importante para milhares de adolescentes e outros jogadores de jogos de computador no mundo todo: o lançamento do Starcraft 2, um dos jogos mais esperados dos últimos anos.
Juro que não estou exagerando: este jogo é a sequência do Starcraft, lançado em 1998, que é tão jogado que hoje na Coreia do Sul, por exemplo, existem dois canais de televisão dedicados a transmitir partidas do jogo. Os jogadores vivem de patrocínio que recebem para jogar como qualquer outro esporte e isso até já virou tema de reality show. Curiosamente, também na Coreia do Sul, alguns jovens estão tendo prejuízos na vida social por causa de jogos como este, fazendo surgir o termo “dependência de jogos online“.
Han et al, psiquiatras sul-coreanos, deram a 11 jovens com “dependência ao Starcraft” a droga bupropiona, um antidepressivo também usado em casos de dependência à substâncias e à nicotina. Estes garotos jogavam pelo menos 4 horas diárias, sendo que seis deles não frequentavam mais a escola por dois meses matando aula em lan houses e outros dois se divorciaram por causa do uso excessivo de internet durante a noite.
E parece que a droga funcionou: após 6 semanas de tratamento, foram observados decréscimos na vontade de jogar Starcraft (23.6%), no tempo total gasto jogando (35.4%) e nos escores de uma escala de medida da dependência à internet (15.4%). Quem sabe o Starcraft não ganha uma seção especial no DSM-V?
Ainda bem que trabalho fora de Goiânia e meu notebook não roda o Starcraft 2, pois nos finais de semana eu gasto muito mais do que 4 horas num dia com esse jogo.
Fonte: Han DH, Hwang JW, & Renshaw PF (2010). Bupropion sustained release treatment decreases craving for video games and cue-induced brain activity in patients with Internet video game addiction. Experimental and clinical psychopharmacology, 18 (4), 297-304
Vi no Neuroskeptic.
Beber com os amigos: está no gene?
Você é daqueles que adoram uma cervejinha no final de semana, assistindo a um jogo de futebol ou então em uma mesa de bar com os amigos? Tanto que, de vez em quando, no outro dia bate aquela dor de cabeça e você diz “nunca mais bebo desse tanto”? Bom, pelo menos agora você tem mais alguém para jogar a culpa: seus amigos.
Uma pesquisa feita na Holanda apontou que indivíduos que carregam uma variação específica de um gene (receptor de dopamina D4, ou DRD4) estão mais suscetíveis a beber mais álcool na companhia de outros bebuns, ou melhor, seus amigos que também gostam de uma cervejinha.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores coletaram amostras de saliva de 60 mulheres e 53 homens que relataram beber “socialmente” e posteriormente pediram para que eles avaliassem propagandas sobre prevenção ao abuso de álcool. Entre duas sessões de 10 minutos, os participantes tinham um intervalo, em que sentavam em um bar com livre acesso a amendoins, cervejas, vinhos, refrigerantes e água mineral.
Neste intervalo eles interagiam com outra pessoa, do mesmo sexo, que eles acreditavam ser outro participante, mas que na verdade era também um pesquisador. E adivinha: quando este pesquisador só tomava refrigerante ou água, o participante com o DRD4 se limitavam a meia taça de vinho ou meia garrafa de cerveja. Quando ele ingeria bebidas alcoólicas, os portadores do gene consumiam quase dois copos de cerveja ou vinho, contra apenas um para os não portadores.
É uma pesquisa que ainda precisa de replicações e mais confirmações da hipótese, e é claro que variáveis ambientais e sociais também influenciam na ingestão de álcool, mas que ainda assim já leva a importantes discussões, como por exemplo: ninguém sabe os efeitos da DRD4 no cérebro, mas se essa correlação for confirmada, pode-se imaginar que o mesmo também ocorra com outras drogas além do álcool.
Fonte: Wired, mas vi primeiro no Mind Hacks.
Por que Dunga não é um behaviorista (e nem o Diogo Mainardi)
Fiquei sabendo que o jornalista Diogo Mainardi apresentou em sua coluna na revista Veja sérios equívocos com relação ao behaviorismo e à psicologia experimental. O texo chama-se “O caso do Sr. D” e nele Mainardi tenta fazer uma comparação ao modo como o (ex) treinador da seleção Dunga trata a imprensa e os jogadores com o modo como Skinner tratava seus sujeitos experimentais animais.
Sou cuiabano, e já não ia muito com a cara do Mainardi desde 2005, quando ele disse “se alguém me oferece 10.000 reais para dar uma palestra em Cuiabá, penso imediatamente que eu aceitaria pagar 15.000 reais para não ter de ir a Cuiabá.”
A última vítima de Mainardi foi o behaviorismo. O afirmação infeliz do jornalista foi:
“Dunga só pode ser nosso B. F. Skinner. Ele faz com seus jogadores precisamente o mesmo que, nos primórdios do behaviorismo, B. F. Skinner fazia com os pombos e com os macacos de seu laboratório. Primeiro, prende-os numa gaiola. Segundo, isola-os de qualquer contato com o exterior. Terceiro, raciona seus alimentos. Quarto, condiciona seu comportamento administrando-lhes choques elétricos.”
Já é difícil fazer com que o público leigo (e alunos iniciantes) olhem com bons olhos ao behaviorismo, e uma das razões para isso, acredito eu, é nossa linguagem técnica e rigor experimental. Ao estudar animais em laboratório e fazer pesquisas experimentais com seres humanos podemos passar a impressão de que estamos desumanizando-o, o que não é verdade. É muito comum em vários ramos da ciência começar trabalhando com animais para depois se testar os achados em humanos. Mainardi, infelizmente, acabou ferindo a imagem dos psicólogos behavioristas.
A profª Maria Martha Hübner, juntamente a outros membros da ABPMC, escreveu um texto intitulado “Por que Dunga não é um behaviorista”, mostrando que o behaviorismo e os trabalhos de Skinner não tem nada a ver com o que ele apresenta em sua coluna! Recomendo muitíssimo a leitura, inclusive dos comentários, que pode ser feita neste link. Vou deixar aqui um pequeno pedaço:
“Queremos, sim, construir um mundo mais digno. E os dados da ciência do comportamento vêm sendo profícuos em nos ensinar a como fazer isso. Mas isso depende da capacidade de nossos interlocutores superarem preconceitos históricos e ouvir o que temos a compartilhar à luz do atual desenvolvimento da Análise do Comportamento e do behaviorismo skinneriano.”
Mais gorjeta para as mais bonitas
No Brasil a maioria das contas de bares já vem com os 10% inclusos, mas isso não costuma acontecer lá nos EUA – são os fregueses que decidem quanto será a gorjeta. O Prof. Michael Lynn resolver estudar que fatores influenciam mais nessa escolha e parece que, no caso das garçonetes, a qualidade do serviço tem um efeito muito menor do que, por exemplo, o tamanho dos seios.
Não só o tamanho do sutiã, mas também mulheres com cabelos loiros e corpos mais bem delineados também receberam maiores gorjetas. A pesquisa foi feita ao todo com 374 garçonetes. A seleção natural diz que estas mulheres teriam maior sucesso reprodutivo e por isso os homens reagem desta maneira a elas.
Você pode até dizer “eu já imaginava isso” mas esta é uma daquelas pesquisas que testam o que já é senso comum, como aquela que disse que as pessoas aparentam ser mais bonitas quando você bebe [link].
O mais engraçado é imaginar o orientador e seus pesquisadores explicando às suas mulheres “eu estava no Hooters só fazendo uma pesquisa, é sério”.
Fonte: The Cornell Daily Sun