Transtorno Obsessivo-Compulsivo: a visão comportamental

Acabei de publicar no Youtube este vídeo do programa TBC News sobre Transtorno Obsessivo Compulsivo com a participação da Profª Drª Ilma Britto (PUC-GO). O programa, voltado para o público leigo, traz algumas informações interessantes sobre o transtorno, mas o que chama mesmo a atenção é o contraste entre a visão da psiquiatra clássica e da Análise do Comportamento.

[youtube_sc url=”http://www.youtube.com/watch?v=GqgL_qg6G0k”]

A visão da Análise do Comportamento não desconsidera a influência hereditária nem os desequilíbrios químicos cerebrais dos transtornos. Ela complementa esta visão explicando os comportamentos-problema dos transtornos (neste caso as obsessões e compulsões, que seriam os “sintomas” para a psiquiatria) da mesma maneira que explica outros comportamentos ditos normais. Todo comportamento pode ser analisado de acordo com seu ambiente.

Deste modo, a AC se diferencia da psiquiatria por não tratar os transtornos mentais apenas como “doenças” incontroláveis, mas sim como comportamentos que são passíveis de serem analisados e modificados como quaisquer outros. Parece uma visão estranha à primeira vista, mas ela têm produzido bons resultados, e até o psiquiatra disse ao final do programa que recomenda a seus pacientes buscarem a TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental).

8 dicas para diminuir o medo de falar em público

Segundo o brilhante comediante Seinfeld, o medo mais comum nos Estados Unidos é o de falar em público. Em segundo lugar está o medo da morte. Isso quer dizer que, em um funeral, muitos prefeririam estar no caixão do que fazendo um discurso. Brincadeiras à parte, não sei se estes dados estão corretos, mas o medo de falar em público é extremamente comum e poucas pessoas sabem que podem superá-lo apenas com um pouco de treino.

1. Prepare seu conteúdo

É importante saber qual será sua audiência para poder adaptar seu conteúdo a ela. Uma apresentação que deu certo em uma turma de alunos do ensino médio pode não funcionar com estudantes de pós-graduação. Conheça seu público, o que eles estudam, o que eles gostam, o que eles querem saber.

2. Pratique

Praticar nunca é demais. Apresente na frente do espelho ou para seus amigos e peça feedback. Veja se você está dentro do tempo previsto. A melhor dica de todas é filmar sua apresentação: nela você pode avaliar sua fluência, suas pausas, sua voz, seus gestos, sua postura. Cada apresentação é uma oportunidade para aprendizagem e você aprenderá mais se puder se assistir depois.

3. Questione seus pensamentos do tipo “E se…”

E se você tropeçar e cair? E se você esquecer o conteúdo? E se rirem de você? Mesmo que imprevistos aconteçam, você sobreviverá. É normal ficarmos ansiosos mas com o tempo a ansiedade passa. Cinco minutos depois a audiência não vai lembrar o quanto você estava nervoso mas sim como foi a apresentação.

4. Use a imaginação

Não pense apenas no lado negativo da coisa. Imagine-se mais confiante. Pense em você chegando na sala ou no auditório sorridente, com uma postura confiante, compartilhando seu conhecimento. E se os pensamentos negativos voltarem, imagine-se solucionando os problemas.

5. Foque no seu material

Quando estiver lá na frente, concentre mais no seu material e menos no que você está sentindo. Logo você esquecerá que estava nervoso. Foque em dar o seu melhor e ajudar sua audiência.

6. Respire

Esta dica eu recomendo não só para quem vai falar em público mas sim para todos os ansiosos e pode ser feita antes da apresentação ou algumas vezes ao dia. A respiração diafragmática aliada ao controle respiratório te ajudará a absorver maiores quantidades de oxigênio, diminuindo a ansiedade. O ideal é encher o pulmão de ar (ver vídeo), segurar por alguns segundos e soltar levemente, como se estivesse assoprando por um canudo.

7. Evite cafeína

A cafeína é uma substância estimulante. Ela pode te ajudar a despertar, mas se você é uma pessoa ansiosa ou agitada, ela pode te atrapalhar no restante do dia. Se você precisa se acalmar é recomendado evitar o café e outros chocolates ou bebidas que contenham cafeína. Prefira tomar água ou algum chá.

8. Enfrente a situação

Quanto mais você evitar ter que falar em público, mais difícil se tornará da próxima vez. É melhor enfrentar a apresentação de uma vez, aprender com ela, e a próxima será um pouco mais fácil. É somente com a prática que novos comportamentos se tornam hábitos.

Este texto é uma adaptação do post “Eight Tips to Decrease Public Speaking Anxiety”, escrito por Mary Ann Gauthier para o site Dumb Little Man. Espero que tenha ajudado a quem está precisando.

Uma solução para a fobia de agulhas

Você sabia que 10% da população mundial tem fobia de agulhas? Eu não estou falando de um simples medo, mas de fobia: a sensação de taquicardia (batimento acelerado do coração), sudorese (suor em excesso) e hiperventilação (respiração acelerada podendo gerar sensação de falta de ar) só de chegar perto de uma agulha. Muitos dizem que preferem morrer a tomar uma injeção (alguns devem ter morrido mesmo por não terem tomado alguma injeção importante).

Embora nossa história de vida modele a pessoa que somos, nunca devemos esquecer que todos nós da espécie humana compartilhamos centenas de milhares de anos de evolução, portanto alguns medos e prazeres são comuns a todos por terem sido importante para a espécie durante a evolução, como o gosto pelo açúcar e o medo de barulhos estranhos na escuridão da noite.

agulha

O tão comum medo de agulhas pode ter parte de sua origem em nossa evolução, em que foi necessário evitar dentes, garras, presas e armas pontiagudas. Em nossa história particular, se tivermos experiências desagradáveis com agulhas esse medo pode se tornar exagerado (fobia) e até se generalizar para outros estímulos associados, como seringas, médicos, jalecos e hospitais.

A terapia comportamental tem um histórico brilhante no tratamento de fobias, com suas técnicas de relaxamento e de dessensibilização. No entanto, estas técnicas podem custar tempo (e dinheiro). Para quem não quer seguir este caminho uma alternativa parece estar próxima: as microagulhas.

Com um décimo da largura de um fio de cabelo, a microagulha não atinge os nervos abaixo da pele, portanto não causa dor. Elas se dissolvem na pele e aparentemente ativam o nosso sistema imunológico de maneira mais eficaz que as injeções tradicionais.

Estas microagulhas ainda estão em fase de testes e devem entrar em circulação só daqui a alguns anos e não substituirão todas as injeções (por exemplo, não servem para coletar amostras de sangue), mas já quebram um galhão pra quem tem fobia de agulha.

Fonte: Cosmos Magazine

Skip to content

Sobre ScienceBlogs Brasil | Anuncie com ScienceBlogs Brasil | Política de Privacidade | Termos e Condições | Contato


ScienceBlogs por Seed Media Group. Group. ©2006-2011 Seed Media Group LLC. Todos direitos garantidos.


Páginas da Seed Media Group Seed Media Group | ScienceBlogs | SEEDMAGAZINE.COM