5 grandes divulgadores de ciência


Aproveitando o post que vou escrever para o Carnaval de Ciência “Um cientista em minha vida” entro para o grupo de escrita Cinco coisas do 1001 Gatos. Farei uma lista de 5 divulgadores de cência que admiro e através deles livros e documentários que considero essenciais para quem gosta de ciência.
Carl Sagan1 – Carl Sagan – Não poderia fazer uma lista de divulgadores sem falar de Carl Sagan. Começo pela série Cosmos, que marcou minha infância, com certeza foi de grande influência e até hoje é atual (não só porque a Física não mudou quase nada nesses últimos anos). Mas além da série Cosmos recomendo muito a leitura do livro “O Mundo Assombrado pelos Demônios – A Ciência vista como uma Vela no Escuro”. Nele Sagan trata dos fundamentos da ciência e demonstra como ninguém os perigos da ignorância científica, passando inclusive pela deficiência do sistema educacional americano, e olha que naquela época o design inteligente ainda não era tão influente. Esse livro está no catálogo da Companhia de Bolso da Companhia das Letras, de forma que está bem mais barato. Isaac Asimov2 – Isaac Asimov – Quem conhece Asimov geralmente o conhece por conta de seus livros de ficção científica, como “Eu, Robô”, mas não é o caso desse post. Asimov também foi um ótimo escritor de ciência, versando tanto sobre matemática e física quanto química e biologia. Seus livros “O Corpo Humano” e “O Cérebro Humano” são muito bons (embora o último já esteja um tanto desatualizado) e são ótimos para quem quer se familiarizar com o tema, desde o curioso até o estudante que quer prestar medicina por exemplo. Outros ótimos livros são “Antologias 1 e 2”, livros com uma coletânea de seus textos, onde descobri a origem de palavras como álcool e outras tantas coisas que a ignorância nos faz temer. Oliver Sacks3 – Oliver Sacks – Um neurologista que trata seus pacientes de uma maneira cada vez mais rara, como indivíduos. E como tal, é capaz de entender a história de vida, os problemas e os prazeres dos mesmos. Seus livros tratam de vários assuntos, e várias condições, desde o altismo, surdez, distúrbios neurológicos e visuais. Um de seus livros mais tocantes é “Tempo de Despertar” onde relata sua experiência no tratamento de doentes com levodopa, trazendo à vida doentes paralisados por até mais de trinta anos. Uma história tão tocante que posteriormente foi adaptada para o cinema. O filme também é muito bom, encenado por Robert De Niro e Robin Williams. Outros ótimos livros são “O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu” e “Um Antropólogo em Marte”, duas coletâneas de diversos pacientes que ele teve e descreve com muito sentimento. Não garanto apenas seu último livro, “Alucinações Musicais” pois acabei de comprá-lo numa promoção e ainda não o li, mas assim que tiver lido conto aqui. David Attenborough4 – David Attenborough – Simplesmente o melhor narrador de documentários, até um peixe fóssil foi nomeado em sua homenagem. Meu respeito por ele aumentou ainda mais quando o Carlos Hotta me contou que o texto que narra é escrito por ele mesmo. Para quem entende bem inglês e tem conhecimento de biologia, é impressionante a precisão com que ele coloca suas palavras, descrevendo tudo da melhor maneira possível. Suas abelhas ferroam, e não mordem. Pena que nas exibições aqui no Brasil (salvo na Cultura) geralmente essas nuances que diferenciam um bom profissional de um profissional exepcional se perdem. Recomendo todos seus documentários, em especial “Planeta Terra”e “Vida nos Arbustos”, muito detalhados e com exemplos ótimos de como a biologia é maravilhosa. Seu último documentário lançado foi “Vida em Sangue Frio”, ainda não saiu aqui no Brasil, mas eu *cof* já tenho aqui *cof* não me perguntem como e assim que assistí-lo conto como foi. Richard Dawkins5 – Richard Dawkins – Vou ser sincero, não gosto muito do Dawkins. Acho que ele escreve como se estivesse falando da coisa mais óbvia para um ignorante e tivesse que repetir seu argumento diversas vezes para convecê-lo. Mas preciso reconhecer, ele sabe escrever, não só argumentar mas se promover. Considero então dois livros dele que acho interessantes, “Relojoeiro Cego” que gostei bastante, não só por me apresentar versões alternativas para o surgimento da vida na Terra, mas por toda a construção da argumentação em torno da evolução. Recomendo também o “Gene Egoista”, principalmente para não-biólogos, por nos fazer pensar de outra forma no que somos.


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