Um cientista na minha vida (ou quase!)


Um cientista na minha vida
Este post faz parte do Carnaval “Um cientista em minha vida”:
Refleti bastante sobre quem eu gostaria de tratar nesse carnaval e cheguei à conclusão de que o melhor seria não falar de um cientista. Já me explico. Queria falar sobre os cientistas que me fizeram optar pela biologia quando me dei conta que sempre quis fazer biologia, eles só reforçaram a vontade. Desde que me dou por gente gosto de saber sobre a natureza, tive vários livros sobre animais, colecionei as revistas Dinossauros e Mini Monstros , assisti muito Mundo de Beakman e frequentei quase que diariamente o laboratório do colégio, uma vez que estudava em período integral e tinha a tarde toda para isso. Mas cheguei à conclusão de que devo tratar de outra pessoa.
Carl Zimmer
Carl Zimmer, esse é o cara! Jornalista de formação, o que me deixa mais impressionado, não pelo fato de ele ser jornalista, mas simpelo fato de não ser biólogo e ter um conhecimento tão vasto. Escreve “apenas”para o The New York Times, para as revistas Nature, Science, Discovery, National Geographic, enfim só nos melhores lugares possíveis. Tive contato com seus livros pela primeira vez lendo “O Livro de Ouro da Evolução” que recomendo para todos que tenham gosto pela biologia. Além de escrever de maneira evolvente, ele é capaz de transmitir os fundamentos da teoria evolutiva de maneira muito clara e correta, e acreditem isso é bem difícil.
A graduação foi passando, eu não conseguia escolher uma área dentro de biologia para seguir, antes foi muito fácil, enquanto todos antes do vestibular tinham dúvidas da carreira eu estava lá, resoluto, vou fazer biologia. Porém na graduação não conseguia optar por nenhuma área, todas me pareciam igualmente atraentes. Quando fui buscar uma pós-graduação, percebi que o que me atraia na biologia era a evolução, uma vez que ela integra todas as áreas. E nada melhor para estudar evolução do que vírus, pense que HIV tem uma taxa de mutação quase um milhão de vezes maior que a nossa, e sua população pode chegar a 10 bilhões de vírus em uma única pessoa. Taí, um vírus importante, e com características que me interessam.
Eis que no fim da graduação, já no laboratório em que estou até hoje, tenho contato com o blog The Loom, do Carl Zimmer. Caramba, o cara além de escrever um ótimo livro ainda tem muitos outros, e mantém um blog? Quer dizer que existem blogs que tratam de ciência? Desde então meu enfoque mudou… continuo apaixonado por ciência, mas descobri que também posso escrever sobre ela! Então me motivei a montar um blog (que acabou se concretizando com um empurrão do Rafael) e descobri um lado da ciência que desconhecia até então.
Recomendo a todos que entendam inglês o blog dele, o site pessoal e os livros não publicados aqui. No Brasil foram lançados “O Livro de Ouro da Evolução”, “À beira D’água” onde ele trata da evolução, focando na transição da água para o ambientes terrestre e da transição inversa, como no caso da baleia e por fim “A fantástica história do cérebro” onde trata da evolução do cérebro nos hominídeos. Em tempos onde a Teoria da Evolução é combatida com argumentos sem fundamento científico, mas carregados de fundamentos sentimentais, tratá-la com tanta lucidez e tanto conhecimento é essencial.

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13 responses to “Um cientista na minha vida (ou quase!)”

  1. Fiquei bastante interessada. Embora minha área seja TOTALMENTE distinta (Direito), eu sempre gostei muito de biologia. E a exemplo do próprio Carl Zimmer, que eu não conhecia, gosto dessa interdisciplinaridade (Humanas + Biológicas).
    Vlw o post! 😉

  2. Caros, cheguei atrasado, mas acho que consegui escrever algo útil para o carnaval. Quanto à escolha de Zimmer, é mais do que adequada: mais importante, nos tempos de hoje, do que fazer ciência é divulgar ciência. Minha escolha também vai um pouco por aí…
    Um abraço!

  3. Ainda não li o Carl Zimmer mas ouvi muitas recomendações, vindas inclusive de hippies que dizem ser importante repensarmos nossa dieta para ter uma boa harmonia com nossos parasitas.
    Coincidência foi ver a importância do Zimmer na formação e nos projetos do Átila! Bacana!!!

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