Enigma de sexta – Filosófico


O enigma de hoje não terá resposta definitiva. Na verdade ele vai depender bastante dos comentários que vocês farão (farão sim!). Trata-se de um exercício de pensamento, que foi inspirado por algumas conversas que tive.
O que é intrínseco à vida? Ou, se a vida começasse em outro planeta ou recomeçasse aqui, o que apareceria sempre?
Elenco aqui o que acho que é universal à vida, o que acho que aconteceria em qualquer local do Universo onde a vida surgisse, mesmo se demorasse mais ou menos:
– Evolução
– Material Genético
– Multicelularidade
– Fotossíntese (na presença de uma estrela próxima)
– Sexo
– Vírus
– Parasitas em geral
E você, o que acha? Concorda, discorda, acha que mais coisas surgiriam sempre?


13 responses to “Enigma de sexta – Filosófico”

  1. Evolução.
    Gosto de pensar que “convenções” como Fotossíntese, Sexo e tal são pertinentes ao ” nosso universo conhecido”, mas que não se aplicariam ao infinito, que gosto de acreditar, guarda outros mistérios ainda não imaginados… ;P
    Feliz ano novo, personas!

  2. – Sobrevivência
    Eu citaria também:
    – Alimentação e excreção
    – Replicação
    Mas de certo modo um organismo pode ser ou se tornar auto-suficiente e não-reprodutivo.
    O resto é consequência da interação organismos-ambiente.

  3. hum…
    se tiver luz:
    * autotróficos
    * heterotróficos
    * evolução [ou nada surgirá]
    * parasitas
    * formas coloniais
    sem luz:
    * litotróficos diversificados
    Material genético pode ser substituído por outras estruturas.

  4. Concordo com quase todos os itens que apontou, porém discordo de dois elementos:
    multicelularidade e fotosíntese.
    Esses dois pontos só são viáveis se a vida é a base de carbono, o que em teoria, não é necessáriamente a única base orgânica. Nesse caso não sabemos se existiria celularidade se a base orgânica fosse por exemplo o arsênico, quanto mais a multicelularidade. Já a fotosíntese, um “ser vivo” autótrofo a base de enxofre talvez nem precise de luz para produzir energia.
    No entanto acho que podemos encaixar na tua lista REPRODUÇÃO, pois nada pode ser vivo se não se reproduzir.
    parabéns pelo blog. Gostei bastante. Um abraço.

  5. Concordo também que material genético é uma aposta boa, pois acaba estabelecendo os critérios do que entendemos por vida. Na minha opinião, o que decorre disso é o estabelecimento de relações ecológicas como competição, cooperação, mutualismo, simbiose, etc… tudo o que surge derivaria principalmente pela pressão dessas relações, inclusive aquelas citadas por Atila.

  6. Discordo da multicelularidade (são vários os organismos unicelulares conhecidos), vírus e parasitas (oportunistas).
    Fotossíntese sim é 100% essencial, caso não exista não haverá vida. Se não houver estrela não haverá vida.

  7. Eu to com Humberto Maturana. Vida para ele é aquilo que se autoproduz. Sem autopoeiese, sem vida.
    Não é gene, não é reprodução, nada disso. Isso é acidental, poderia ser assim ou de outro modo.
    O que define a vida é autopoiese.
    Mas isso é uma questão legal: até hoje se faz física sem saber o que é matéria, se faz biologia sem saber o que é vida e se faz psicologia sem saber o que é mente.
    😉

  8. É difícil especular pois nós temos apenas 1 (um) exemplo de vida – aquela que conhecemos na Terra. Por isso condordo com o Gustavo Gitti ao citar Maturana e Varela na “definição” de vida: Autopiese, a ordem sobre a desordem.
    Se há autopoiese, há vida (tal qual a conhecemos). Se há metabolismo ou código genético primeiro, isso é consequencia do processo de evolução do não-vivo para o vivo.
    Uma coisa é certa: os sistemas tendem à desordem e por isso é necessário algo que forneça energia como uma estrela no caso de fotossíntese, ou moléculas que possibilitem óxido-redução com eficiência no caso dos litotróficos.
    Resumindo, intrínsico à vida:
    – Autopoiese
    – Autotroficos
    – Evolução (tempo)
    Grande abraço a todos e Feliz 2009! 🙂

  9. Meus chutes:
    Evolução, certeza.
    Código genético, mas não necessariamente feito de DNA.
    Multicelularidade sim, mas onde “células” pode ser algo que a gente nem sequer sonha.
    Fotossíntese, não. Robert Forward imaginou certa vez aliens que viviam na superfície de uma estrela de neutrons e seu metabolismo era baseado em reações nucleares…
    Sexo, sim, no sentido mais amplo, ou seja, juntar dois ou mais seres para fazer um ou mais outros.
    Vírus e parasitas, sim, se houver qualquer coisa parecida com um ecossitemas de organismos multicelulares.

  10. Certo, evolução é quesito básico. Material genético? Sim também. Mas concordo que sexo e fotossíntese, por exemplo, são muito ¨nosso mundo¨. Não são essenciais à vida.
    Vírus talvez também remete muito ao conhecido, eu diria existência viral ou seres virais, na falta de termo melhor.

  11. Acho que a única coisa intrínseca a vida é a morte. Brega, não é mesmo? Apesar disso é a única coisa que eu espero encontrar, em qualquer lugar ou dimensão, que seja inerente a vida.

Leave a Reply to Rafael Cancel reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *