Desta vez, dois insetos já conhecidos aqui no blog, vespas e pulgões:

Neste vídeo da NatGeo, pulgões comem plantas, que para se defender soltam compostos químicos voláteis que atraem vespas parasitóides – nada muito estranho, para quem já leu este post.

As vespas parasitóides depositam os ovos dentro dos pulgões, onde suas larvas vão se desenvolver e sofrer metamorfose – também não é estranho para quem viu este vídeo. Depois de madura, a vespinha abandona o pulgão morto.

Aproveitando o post para levantar uma discussão que não fiz antes: Como a planta sabe chamar a vespa?

Ela não sabe. Eis aqui o provável caminho:
Vespas parasitóides que por acaso nasceram com a capacidade de detectar o cheiro de uma planta sendo mastigada, acharam mais presas e tiveram mais filhos. Logo, todas as vespas daquela espécie eram capazes de reconhecer o cheiro daquela planta sendo devorada. Se você acha isso difícil de acontecer, pense na água na boca que você tem quando sente o cheiro de picanha (eu, pelo menos, salivo bastante).
Logo, outras plantas que também por acaso foram capazes de liberar os mesmos compostos quando devoradas também foram recompensadas. Afinal, seus predadores misteriosamente morriam, e elas podiam se reproduzir mais.

Isso abre caminho para que mais plantas liberem mais compostos e atraiam mais tipos de predadores. Evolução é o caminho para a diversificação.

O vídeo foi retirado do site do Hympar, o Insituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Hymenoptera Parasitóides (as vespinhas que eu tanto gosto) da Região Sudeste, que tem bastante material legal, e inclusive linka este blog.

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