H1N1, mais de 90 anos entre nós: a origem e história desse vírus


Onde foi parar o vírus de 1918, e de onde vieram os vírus atuais?

H1N1 de 1918 recuperado.

ResearchBlogging.org
A pandemia atual tem nos assustado e levantado perguntas sobre a relação entre este H1N1 e o H1N1 de 1918, o causador da gripe espanhola. E ainda, qual a diferença dele para outros vírus como o H2N2 e o corriqueiro H3N2? Eles são muito mais íntimos do que você imagina.

O Influenza A tem o seu material genético organizado em pedaços. São 8 genes, em 8 fragmentos de RNA, que produzem 11 proteínas. Tudo o que ele precisa para invadir uma célula, dominar a maquinaria celular para produzir cópias suas e partir para a próxima. Sua patogenia, os sintomas e a virulência, são diretamente dependentes destes genes e da combinação entre diferentes linhagens deles, que vêm e vão através do rearranjo, a mistura dos genes de vírus diferentes que infectam uma mesma célula.

O primeiro registro certo e confiável que temos do H1N1 é o isolado de 1918, de corpos preservados no gelo do Alaska e em amostras de tecido em formol. Sabemos agora que ele já circulava em humanos desde pelo menos 1907, e que o vírus suíno detectado em 1931 que se imaginava ter se originado do vírus da gripe espanhola circulava paralelamente a ele, e uma origem comum. [2]

Embora a chamada gripe espanhola tenha acabado em 1919, o vírus não sumiu. Ele se tornou a linhagem predominante em humanos, e continuou circulando e mudando durante os próximos 38 anos. Mudou o suficiente para escapar do sistema imune dos hospedeiros, mas não o suficiente para causar grandes estragos como antes.

Mas algo ocorreu em 1957. Neste ano, o H1N1 que havia mudado entre 3 e 6 anos antes [2] explodiu. Ele adquiriu 3 de seus 8 genes de um vírus aviário, Hemaglutinina, Neuraminidase e um dos integrantes da polimerase viral – enzima que faz a cópia do seu material genético – o PB1. Com isso, o recém formado H2N2, que ainda carregava grande parte do H1N1 mas escapava do sistema imune das pessoas, infectou milhões no mundo todo, causando a chamada Gripe Asiática. O H2N2 substituiu completamente o H1N1 e seria o vírus dominante pelos próximos 11 anos.

Em 1968, mais um evento marcante na história do Influenza. O vírus havia recebido dois novos genes, a Hemaglutinina e PB1 novamente, em 1966 [2]. Agora ele explodia na Gripe de Hong Kong como H3N2. Ainda carregava genes do H1N1 de 1918 e a Neuraminidase 2, mas sua nova Hemaglutinina garantiu mais uma vez o passe pelo sistema imune e a consequente pandemia. Embora os genes compartilhados devam ter contribuído para alguma imunidade de fundo, suficiente para a pandemia de 1968 ser menos severa do que a de 1957.

Agora, em 1977, um novo incidente. E desta vez, inédito. O H1N1 voltou a circular, causando a pandemia da Gripe Russa. Mas não precisou adquirir nenhum gene novo para isso. A linhagem de 1977 era idêntica ao H1N1 de 1951. Em algum teste de vacinas, provavelmente na União Soviética ou no Leste Asiático, o vírus H1N1 vazou do laboratório. Os 26 anos até então foram suficientes para uma geração toda sem imunidade. – Aviso aos conspiracionistas de plantão: quando um vírus vaza de um laboratório, como nesse caso, isso fica bem evidente pela grande semelhança com a linhagem original. E não, não é o caso da gripe atual.

O H1N1 de 1951 reintroduzido em 1977 e o H3N2 de 1968 circulam até hoje, e talvez coexistam porque temos uma população grande o suficiente para manter a transmissão de ambos. Foi esse H3N2 e duas linhagens suínas de H1N1, uma delas derivada diretamente do vírus suíno de 1918, que deram origem ao novo H1N1, causador da gripe suína.

E vendo o rolo que é essa história, o vai-e-vem de genes, vocês devem entender porque reluto em chamá-la de Gripe A H1N1. A figura abaixo resume bem o histórico dos últimos 90 e tantos anos de convivência entre nós e o H1N1, clique para ampliar:

linha_do_tempo_influenza.jpeg
Fonte: The New England Journal of Medicine [3]

Como podemos ver pela figura acima, você, eu e provavelmente todas as pessoas do mundo já tiveram seu contato com o vírus de 1918, seja pela terceira ou quarta geração. Trocando e mudando seus genes, ele conseguiu permanecer por mais de um século entre nós (considerando a introdução apontada pelo artigo [2]).

Observação importante: O artigo [2] descreve a estimação da entrada dos vírus pandêmicos e mostra que eles circularam por anos antes de se espalharem mundialmente. O que deixa claríssima a necessidade de monitorarmos com muita atenção quais são os vírus circulantes, sem deixarmos de lado as linhagens minoritárias, que podem ser as próximas a causar estrago.

Fontes (em ordem de importância para o texto):

[1] Palese, P. (2004). Influenza: old and new threats Nature Medicine, 10 (12s) DOI: 10.1038/nm1141(pdf)
[2] Smith, G., Bahl, J., Vijaykrishna, D., Zhang, J., Poon, L., Chen, H., Webster, R., Peiris, J., & Guan, Y. (2009). From the Cover: Dating the emergence of pandemic influenza viruses Proceedings of the National Academy of Sciences, 106 (28), 11709-11712 DOI: 10.1073/pnas.0904991106
[3] Morens, D., Taubenberger, J., & Fauci, A. (2009). The Persistent Legacy of the 1918 Influenza Virus New England Journal of Medicine, 361 (3), 225-229 DOI: 10.1056/NEJMp0904819

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65 responses to “H1N1, mais de 90 anos entre nós: a origem e história desse vírus”

  1. Que interessante, eu não tinha lido antes sobre essa relação tão “íntima” do H1N1 da epidemia com o H3N2.
    Preciso me lembrar de colocar seu blog no meu Google Reader. :-\
    Agora, sobre a nomenclatura, qual a sua opinião pessoal? Dar um nome novo para essa strain nova ou fazer uma coisa no estilo do HIV? Teria que renomear tudo, separando em grandes grupos com subtipos e recombinantes…

  2. “Ele adquiriu 3 de seus 8 genes de um vírus aviário, Hemaglutinina, Neuraminidase e um dos integranDes da polimerase viral”
    Átila, acho que vc quis dizer integranTes.
    Outra coisa que não sei se foi intencional. As referências ao longo do texto fazem menção à bibliografia [2]. É isso mesmo?

  3. @André,
    Sou a favor do nome que pegou, foi assim até agora. Ou isso ou trata pela linhagem mesmo, H1N1 Califórnia 2009. Quanto ao HIV, aqueles recombinantes não me agradam nem um pouco…

  4. @ André,
    Valeu pelo aviso!! A referência 1 serviu para o texto todo, por isso não simbolizei mas dei prioridade no final. A referência 2 serve para apontar que os vírus surgiram anos antes de se espalharem de vez.

  5. Muito bom seu texto! Procurava material na internet para dar uma aula em minha escola sobre o tema e estou produzindo os slides em grd parte com o material divulgado por vc.
    Obrigada!!!

  6. Eu estive pesquisando sobre gripes e sua taxa de fatalidade!
    Acho que estão fazendo muito “fervo” só para vender o Tamiflu! (bem típico de empresas americanas… vide “protocolos dos sábios de sião”, a “bíblia” americana para “dominar” mercados internacionais)
    Eu já tive uma gripe muuuito forte com os mesmos sintomas da H1N1 o ano passado! Fiquei muito mal, mas em poucos dias eu me recuperei. Não precisou de Tamiflu e nem do outro remédio (proibido em vários países) que o Brasil está importando!
    Luvas e máscaras são uma solução IDIOTA! A solução é FORTALECER O SISTEMA IMUNOLÓGICO, mas o governo está sistematicamente “esquecendo” este detalhe, e com isso estão entupindo os postos de saúde (como se não bastasse a porcaria que estão!).
    Procurem na internet sobre o fortalecimento do sistema imunológico, isso por si só já basta para “resolver” a pandemia (se é que ela realmente existe, pois acredito que a H1N1 está ente nós a muito tempo!)
    Confidenciaram a mim que muitos lotes do Tamiflu estão vencidos, mas o governo insiste em dizer que ele funciona! Se funciona, porque existe prazo de validade? Estamos sendo enganados diariamente!
    A taxa de mortalidade da H1N1 é pouco superior à gripe comum…. (de 5 a 7%).
    Para quem tem boa memória, relembrem os acontecimentos de outras épocas, coisa de uma década atrás, os fatos falam por si próprios! Abram os olhos!
    Abraços a todos

  7. @ Carla,
    Sou obrigado a concordar contigo. Parece que nossa demora na entrega do Tamiflu contribuiu bastante pra mortalidade…

  8. @MGJ,
    O que preocupa nessa gripe é o total de infectados. 0,5% de 1 milhão por ano é uma coisa, 0,5% de 1 bilhão é outra. No segundo caso, são hospitais lotados, mais gente em casa e menos gente trabalhando, circulando e consumindo.

  9. Excelente postagem.
    Ao Átila, queria saber se sabe algo a respeito da pesquisa abaixo:
    http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2009/08/16/pernambuco-desenvolve-exame-que-detecta-gripe-suina-em-5-minutos-757429113.asp
    E , sobre a letalidade desse virus, mais uma pergunta: será q estes dados são confiáveis? Dizer q a gripe sazonal tem 0,5% de letalidade e comparar com a suína , sob meu pto de vista, é insanidade. Uma vez q esses 0,5 % são referentes ao grupo de risco. Já nesta pandemia a mortalidade recai não só sobre estes grupos de risco, mas tambem sobre pessoas saudáveis e ativas.
    E, tem mais uma coisa q me incomoda. Uma vez q não são realizados os testes sobre todos os acometidos pelos vrius influenza, medida essa de risco aos próprios pacientes e à resistencia do virus, como vão proceder a vacinação? a pessoa já contaminada não é imune ao virus? não seria desperdício de dinheiro? e essa vacina desperdiçada não poderia ser administrada a outra pessoa? e se houver a necessidade de 2 dozes? não seria mais plausível ao Estado desenvolver essa vacinação por uma técnica que não utilize ovos? com essa devasagem de 6 meses na preparação da vacina o virus não pode mutar e, assim, essa imunizante seria obsoleta?
    Aguardo sua resposta.
    Andei pesquisando nos sites dos gov EUA e Uk, a situação do Brasil tá feia. Parece q não tem investimento nas pesquisas e vai depender sempre dos grandes laboratorios.E pq só o Butantã vai produzir essas vacinas? pq não distribui a tecnologia e incentivos a fiocruz ou tecpar?

  10. errata – acho q não ficou claro e talvz não escrevi no primeiro comentário: resistencia do virus , claro, é a respeito do uso do antiviral sem a confirmação do exame; e sobre a defasagem, claro, é a respeito da demora no processo de elaboração dessas vacinas.
    Parabens pelo blog.

  11. @ Felipe,
    Não acho que dá para comparar porque não existe o costume de testar para influenza todas as pessoas com problemas respiratórios, muito menos jovens. Mas sim, se for esse o caso, essa gripe é mais preocupante.
    Quanto à vacina, não são todos que recebem pela própria dinâmica da doença, é mais fácil vacinar grupos chave na transmissão e impedir o vírus do que tentar desenvolver vacinas para todos e distribuir em tempo hábil.
    A técnica de ovos é a que temos disponível. Ainda não li sobre os outros métodos, então não sei discutir qual a desvantagem das outras estratégias, mas tem algum bom motivo para ainda dependermos dessa droga. Isso faz com que haja um atraso entre a coleta e o desenvolvimento, e nesse meio tempo o vírus pode sim escapar da vacina.
    Dependeremos só do Butantã porque a tecnologia pra fazer as vacinas é cara, muitos países não tem produção nenhuma.
    O que não sei é o motivo de dependermos de linhagens vacinais dos EUA e Europa se conseguimos isolar o vírus aqui, e não necessariamente o que eles nos mandam é o melhor.

  12. @ brenda @
    que fique clro que vc deve ser uma linda ignorante que fica sentada em frente a tv todo o domingo ou todo dia vendo faustão gugu e cia
    e acha que é inteligente e vc esta com pena de mim?? hahaha que piada vc contou antes se olhe no espelho o marionete do Lula , vc pode até me criticar mais antes leia mais leia muito ums 1000 livros mais ou menos ou vc não sabe ler??para poder me criticar. vc é uma linda fedorenta e ignorante mesmo quer compara uma epidemia de 91 anos atras onde mal se tinha saneamento basico com uma do seculo XXI onde se possui os mais modernos recursos vc é muito ignorante mesmo morrem mais de gripe comum do que de gripe suina ah se minha familia ficar doente isso é problema meu ok porisso este país esta uma merda porcausa de porcas ignorantes feito vcs que o Brasil não vai pra frente
    [por Atila] comentário levemente alterado para conter os adjetivos

  13. Valeu pela resposta Átila!
    E sobre o novo método de diagnóstico desenvolvido pela ufpe, tu tens alguma informação?
    Sobre a vacinação, resistencia,diagnosticos rápidos,informações são boas:
    http://www.cdc.gov/h1n1flu/guidance/
    http://www.cdc.gov/h1n1flu/guidance/rapid_testing.htm
    http://medicine.yale.edu/labmed/Images/Newsletter%20Influenza%20Subtype_tcm45-8889.pdf
    Sou estudante de eng. eletrônica na utfpr -curitiba. To bem, bem no foco rsrsrs… Desde q esse virus não venha a se parecer com H5N1, tá tranquilo.
    Ótimo blog.

  14. Nossa isso é muito interessante, eu não sabia que o vírus H1N1 tinha a ver com a gripe espanhola de 1918

  15. Caro Atila Iamarino, Parece consenso entre pesquisadores e é muito provável que a convivência muito próxima entre grandes populações humanas, grandes criações de aves e grandes criações de porcos é que perpetuam o ciclo do vírus influenza e mantém viva a troca de material genético desse vírus. Acredito que para completar a longa história do influenza, os cientistas deveriam pesquisar a história de pestes que atingiram criações de animais como porcos e aves no último século para redesenhar o ciclo, pois como o senhor deixou bem claro no seu artigo, a história desse vírus é muito antiga. O vírus fica muito pouco tempo viável para que cientistas afirmem que um vírus desaparece em um determinado período e reaparece milagrosamente 90 anos depois. Veja só essa notícia de 2007 “um vírus contagioso atingiu e dizimou uma grande população de porcos na China, aumentando o preço da carne e gerando temores de uma pandemia global entre porcos domesticados” . fonte: The New York times
    http://www.nytimes.com/2007/08/16/business/worldbusiness/16pigs.html?_r=1&hp
    By DAVID BARBOZA
    Published: August 16, 2007
    Na época havia muita apreensão e controle sanitário por causa da gripe aviária e da SARS, como as amostras deram negativo para gripe do frango e SARS o governo Chines criminosamente abafou. Aí uma boa hipótese sobre por onde andava esse “novo” H1N1.

  16. @Marco,
    Concordo que os animais são fontes de muitas das doenças, os próprios porcos estão sendo encontrados com Ebola (Reston) nas Filipinas. Discuto isso no texto sobre de onde vêm as doenças. Mas este vírus suíno foi datado de setembro do ano passado, e como não encontramos porcos com ele, o mais provável é que tenha surgido nos tratadores mesmo.

  17. COMO EVITAR O VIRUS H1NI?
    A solução ESTÁ EM, FORTALECER O SISTEMA IMUNOLÓGICO. Isto é FATO. E para melhor o fortalecer, precisamos procurar suplementos NÃO SINTÉTICOS.
    No site: XXXXXX encontramos SUPLEMENTOS NUTRIORGANICOS. Para maiores esclarecimentos envie suas dúvidas para: taniamxxxxx@globo.com
    [pelo autor do blog] TODA comida é orgânica e lavar as mãos junto de hábitos de vida saudáveis e exercícios regulares são perfeitos para manter o sistema imune fortalecido.

  18. Atila, obrigado pela resposta…
    Mas que eu gostaria de saber é se os animais de criação ou silvestres podem ser portadores assintomáticos ou com sintomas leves dos vírus que alguns dos cientistas julgam ter “desaparecido” durante anos, para sugerir um ciclo da doença incluindo as espécies que são sensíveis à infecção por influenza, para medidas sanitárias.
    Acredito ser muito difícil de se encontrar porcos ou aves com o vírus de menor letalidade ou mesmo anticorpos de um provável contato desses animais com o vírus pois os porcos são abatidos com 110 ou 150 dias de vida e as aves, abatidas com algumas semanas e a notificação compulsória de zoonoses nem sempre é feita por motivos comerciais. Fico imaginando um chinês abatendo os seus porcos doentes e fazendo linguiça antes que eles morram como os porcos do vizinho. Enfim, acho que daria uma boa dissertação, material não vai faltar para pesquisa. Agradeço qualquer dica sobre o tema
    Grato, Marcio

  19. @Marcio,
    O segredo para um vírus com um ciclo curto, como o Influenza é o tamanho da populaÇão, e não a logevidade. Com a grande densidade de porcos, fica fácil do vírus circular, como tem sido desde 1918 nos porcos de criação com o vírus H1N1.
    Mas o que mais nos pereocupa na China e no resto do mundo é o contato das pessoas com aves silvestres, portadoras de várias outras linhagens de Influenza. Tanto que depois do surto de SARS (gripe asiática) o mercado de aves domésticas é separado do mercado de aves silvestres.

  20. Átila,
    Com a possibilidade dessa nova gripe suína ter surgido antes do primeiro caso confirmado no méxico, como o sr. mesmo afirmou em meados de setembro de 2008, Poderiamos dispor de testes específicos de avaliação de avidez dos anticorpos IgG, para comprovar a exposição mais antiga ao vírus da gripe suína?
    Só pra ilustrar, no começo do ano, houve um surto de uma gripe forte entre eu e meus amigos que estavamos na mesma casa, de férias. O sintoma mais evidente e que perdurou por vários dias em quase todos nós era a tosse, e muita dor nas costa inclusive um de nós foi hospitalizado com pneumonia que não cedia mesmo com antibióticos durante 15 dias, mas evoluiu bem e o meu amigo saiu do hospital. Seriam casos de insuficiencia respiratória aguda grave como a do meu amigo, um bom ponto de partida para confirmação dessa exposição mais antiga ao atual vírus da gripe suína? Grato

  21. @Márcio,
    Nâo temos como datar os IgGs, o máximos que podemos fazer é uma estratégia de exclusão. Busca-se um grupo de pessoas no México que ficou gripado em meados de outubro ou setembro e não teve mais contato nenhum com a gripe desde então, e vemos se eles têm anticorpos, mas é algo indireto.
    A melhor estratégia que conheço é coletar e sequenciar o código genético de amostras e estimar o tempo necessário para ele se diversificar como está.

  22. nossa que historia triste em tenho 8 anos e estava estudando um pouco sobre essa gripe H1N1 e a diretora da minha escola ficou inprcionada com essa gripe. e queria saber crianças com quantos anos pega essa nova gripe?

  23. @yasmin,
    Todo mundo de todas as idades pega essa gripe. No caso das crianças, só é um número maior. Por exemplo, 1 em cada 10 adultos deve ter, enquanto 3 em cada 10 crianças – não sei os números de fato, chutei aqui só para ilustrar.

  24. tenho a impressão q os sintomas são os msm da hantavirose, pois ataca o pulmão tbem, eu ja tive essa doença, quase morri e esculto falar dos sintomas da gripe suina e creio q seja assim como o da hantavirose. Perto de minha cidade faleceu um rapaz q achavam q era gripe suina pelos sintomas e foi detectado hantavirose esses viros tem alguma coisa em comum?

  25. @lima,
    Não, são vírus diferentes, transmitidos por vias diferentes. O vírus da gripe geralmente é transmitido por pessoas, e hantavirose por roedores. O que eles têm em comum é o local onde podem atacar, o pulmão.
    Mas se não me engano, além da hantavirose ser muito mais grave (e isso é certeza), ela também pode atacar os rins.

  26. parabens pela matéria, importantissimo estarmos por dentro dum assunto que eu nascido 1968, nunca havia lido nas escolas, obrigado,,,,,,,,,,,,

  27. @lima,
    Existem padrões epidemiológicos que podem ser estudados pra se chegar a uma suspeita de hantavirose, mas infelizmente a gripe a h1n1 chegou e todos estão com medo o que leva a crer que todos tem ela, é fato que ela já esta circulando livremente mas não é fato que as outras doenças acabam certo?
    Faço estágio no CIEVS-PR, no grupo de enfrentamento da influenza do estado do PR, e fiquei impressionado algumas doenças simplesmente deixaram de existir, infelizmente uma conduta errada.
    Não conhecia o blog e fiquei impressionado com ele, parabéns Atila e colegas.

  28. Atila,
    Muito interessante este artigo, o que eu posso perceber é que quanto maior for a concentração de pessoas pior será o efeito da gripe correto? Então podemos dizer que a taxa tanto de infectação quanto de mortalidade será maior em lugares onde haja uma densidade demografica maior, países como China e India e também as grandes metropolis como São paulo, Nova york e etc.?

  29. Informação excelente e util – muito obrigada. Queria ver o senhor abordar o assunto dos virus do herpes (todos os tipos) tambem. Admiro muito seu afinco e entusiasmo aos assuntos. Az

  30. Atila,
    Sou de Teresina (PI). Tenho um filho de 7 anos que teve a gripe. Gostaria de chamar a atenção para alguns detalhes que me incomodam muito na forma como a pandemia está sendo administrada. Hoje, 05/09, oficialmente temos aqui apenas 19 casos confirmados, mas é certeza que a realidade é outra. Meu filho infectou-se no colégio e lá existem muitas crianças gripadas, só que ninguém testa, ninguém se importa, nada é noticiado e tudo é minimizado. Discordo veementemente da proibição de comercialização do antiviral, ou de sua restrição de uso. Acho surrealista dispor de um remédio que possa minimizar efeitos e até curar e não poder dispor dele. Não estou querendo dizer que se devesse distribuir indiscriminadamente, mas ter o direito de, caso diagnosticado por um médico que há gripe, ter o direito a usar o antiviral. No caso do meu filho, foi difícil obter o remédio, não bastou ele estar gripado e com todos os sintomas, foi preciso passar por 3 médicos que vinham discutir estatísticas, diante de alguém doente.
    Acho que todos que apresentem os sintomas de gripe, e forem diagnosticados como tal, devem receber o antiviral. Não é à toa que a gripe chegou ao Brasil dois meses depois do resto do mundo e já somos o maior número de mortos absolutos. O Paraná tem a maior taxa de mortalidade do mundo! Isso não basta para demonostrar que há um erro na abordagem do problema? Não seria muito mais inteligente minimizar os efeitos no começo do que tentar fazer isso depois de um “11 de setembro” de mortes em 4 meses?
    Tem mais, poucas crianças que estão com a gripe são diagnosticadas e permanecem indo para a escola como se estivessem com alergia ou garganta inflamada. O pior é que com 4 dias a febre passa e a criança continua transmitindo por mais 5 dias, pelo menos. Se a abordagem inicial fosse séria tanto por parte dos infectados, como pelos pais e pelos médicos que têm o primeiro contato com o paciente, tudo correria bem, como ocorreu comigo. Ao primeiro sintoma de febre meu filho já não foi para a escola. 28 horas depois já estava sendo medicado e isolado #em casa# por mais 10 dias. Dessa forma deixou de contaminar muitas outras crianças e minimizou o problema. Tenho muitas outras impressões e opiniões sobre os erros de abordagem do problema no Brasil, mas talvez o espaço de um comentário não seja o melhor para isso.
    Aproveito para parabenizá-lo pela iniciativa de distribuir seu conhecimento. Acredito muito que somente o conhecimento e a seriedade no tratamento desse conhecimento adquirido podem fazer efetivamente a evolução desse país.
    Aproveito para perguntar se há um teste #tipo igg#que diga se alguém teve a gripe suína. Meu filho foi testado durante a infecção e o resultado foi positivo, dado pelo Instituto Adolfo Lutz. Mas e se a pessoa não foi testada, como poderá posteriormente saber se teve a gripe?

  31. Em dezembro 2008 uma forte gripe circulou pela Europa,em Portugal as emergencias lotaram,um amigo faleceu de pneumonia na Holanda.Teria alguma coisa semelhante com a atual epidemia???

  32. MGC, Tania e seus coleguinhas. Vocês estão fundando um nova igreja, a dos “Céticos da Gripe”? Como se já não bastasse os Ceticos do Clima e os Ceticos da Apolo XI e os Ceticos da Evolução…
    É por isso que eu digo que exaltar o ceticismo sem lembrar que na ciencia ambos a fé (na autoridade dos livros-texto) e o ceticismo (em relação às teorias dos livros-texto) são importantes. Eu tive um estudante que era cetico em relação ao Eletromagnetismo e Relatividade Restrita, afirmando que os fotons tem carga eletrica e que a luz não viaja na velocidade da luz. Bom, se ele pelo menos tivesse feito um curso decente de Eletromagnetismo, eu poderia me dispor a ler as propostas dele. Mas como eu sei que ele não fez isso, me parece perda de tempo. Ceticismo exagerado é caracteristca de malucos e cranks, e na verdade o Movimento Cético defende a Crença na Ciência mais que o Ceticismo filosofico, que nega a possibilidade de conhecimento e ciência…

  33. Atila, parabens pelo site, que venho acompanhando há algum tempo. Questões para reflexão: 1 – SC e PR são grandes produtores de aves e porcos. 2 – Relação da vit. D produzia pela exposição ao sol com resposta mais equilibrada do sistema imunológico. 3 – surpreendente como o Estado brasileiro perdeu (parece que perdeu) o fio da meada, já ciente de que isso aconteceria por conta da precariedade do serviço de saude e vigilancia sanitária. 4 – como a população em geral (e aí não temo como acusar governo) minimiza a questão, perdendo a oportunidade de criar habitos de higiene melhores e reduzindo a possibilidade de um estrago maior futuro. As demais questões postadas aqui pelos leitores são também muito boas e provocativas.

  34. eu não gostei muito não,é interesante mais não contem o que eu quero que são:cuidados e preocauções da gripe espanhola,
    na proxima vez coloca resposta de pergunta que nos gente ligados na inte precisa tirar duvidas,e deixa os fatos historicos pra-lá pos ja tem um tanto de gente colocandu as mesmas coisa..beijo e valeu pelo texto.

  35. Atila, sou estudante do ensino medio, estou fazendo um trabalho sobre a gripe espanhola e a gripe suina, preciso de dados estatisticos,origem do virus e tudo mais. O problema e que tenho um tempo curtissimo para entregar esse trabalho e estou a procura de informacoes confiaveis e com boa procedencia,se tiver como voce me ajudar, peco sua ajuda.
    Atenciosamente
    P.S. por favor me mande um e-mail ou poste no site.

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