Blogando sobre gripe III


Por que a gripe suína atinge menos os idosos? Nossa imunidade contra o influenza dura? A vacina anual protege contra esta gripe? Qual a relação da imunidade com a gripe Espanhola matando mais jovens? Confira no Blog do Influenza A H1N1:

blog_h1n1.jpg

Imunidade prévia e a gripe

Recebi um comentário de Paulo Amaral
com perguntas fantásticas, que me fazem adiantar este post. Abaixo vão
as perguntas, e a resposta que explica o que elas têm de importante:

Seria a vacinação contra a gripe anual, responsável pela baixa no número de relatos em idosos?

Qual a eficácia da vacina produzida por cepas de A/Solomon
Islands/3/2006 (H1N1), A/Brisbane/10/2007 (H3N2) e A/South
Dakota/6/2007 (vacina contra a gripe), principalmente relacionado a
“proteção cruzada”?

Acredito que geneticamente produza uma primeira barreira de
proteção, pois o vírus atual apresenta hemaglutinina de  superfície e
neuraminidase semelhantes.

[…]

Segundo Palese e colaboradores, a imunidade prévia teve papel inclusive
na pandemia de 1918 [3]. Contrariando a idéia de que a mortalidade
maior em jovens foi causada por uma resposta exagerada do sistema
imune. Eles argumentam que a curva etária em W – com crianças, jovens e
idosos entre os mais atingidos – é um efeito da imunidade de idosos.

Continue lendo lá.

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6 responses to “Blogando sobre gripe III”

  1. A vacina,qualquer vacina,funciona no minimo como alerta ao sistema imunologico…Nada de concreto se sabe sobre a nova gripe,porque morrem mais jovens,pq os velhos não estão adoecendo.Seria resultado de vacinaçoes ou exposiçoes previas???

  2. @ Laila,
    dá uma olhada no texto todo no blog do H1N1, explico sobre a cobertura da vacina lá. Quanto a dezembro de 2008, esta gripe atual estava circulando só no México nesta época. Mas o H1N1 e o H3N2 que circularam ano passado também foram bem sérios.

  3. Átila,
    Postei uma observação anteriormente sobre a minha preocupação com o meu filho de 4 anos que estava desde o dia 29/08 com 39 graus de febre, pois bem, fui em dois médicos e e um hospital e não vi nem sombra do famoso “Tamiflu”, todos alegaram que ele não tinha todos os sintomas da gripe suína. O Otorrino receitou Diprospam injetável, além da amoxilina que ele já estava tomando, pois diagnosticou amigdalite. Após a injeção ele não teve mais febre e eu não sei o porquê, mas graças a Deus ele sarou. A minha sobrinha de 21 anos que estava com febre no dia 29/08 e que suspeito que transmitiu a gripe para ele sarou, mas o professor dela da academia de ginástica, que tinha apenas 24 anos e apresentou o sintomas no dia 01/09 morreu no dia 03/09 e já foi cremado.
    O que gostaria de deixar registrado aqui foi a minha total impotência diante da gripe (suína ou não, fato que nunca saberei) e do fato de não ter conseguido ministrar o Tamiflu no meu filho nas famosas primeiras 48 horas.
    Os médicos estão com medo de receitar o Tamiflu, desconhecem a doença ou será que realmente não tem o remédio para todos, como me afirmou a médica do hospital?
    Um abraço,
    Valéria

  4. Valéria,
    O Tamiflu é o tratamento indicado para pacientes que fazem parte do grupo de risco (pessoas com doenças crônicas, crianças até dois anos, idosos, gestantes, pessoas em tratamento de câncer, AIDS ou diabetes) ou para pacientes com quadro agravado da doença.
    A quantidade de registros confirmados da Influenza A (H1N1) no Brasil (ou seja, casos graves ou ocorridos em grupo de risco, em que o tratamento mais adequado é mesmo o Tamiflu) é aproximadamente vinte vezes menor do que a quantidade de tratamentos já repassados aos estados – e o Brasil ainda tem mais 8,5 milhões de tratamentos em estoque.
    Ou seja, não é falta do medicamento. Seu filho e sua sobrinha sararam com os tratamentos adequados prescritos pelo médico porque, em casos leves ocorridos em pacientes sem comorbidades e tratados imediatamente, existem outros tratamentos eficazes que não o Tamiflu. De qualquer forma, pelo seu relato, o diagnóstico de seu filho era amidalite (que também dá febre), e não Influenza A (H1N1). O Tamiflu não é tratamento para amidalite.
    Para mais informações:
    fernanda.scavacini@saude.gov.br
    Assessoria de Comunicação
    Ministério da Saúde

  5. Prezada Fernanda,
    Como podemos ter a certeza de um diagnóstico de gripe comum ou suína, se não temos nenhum exame para comprovar? Se o Tamiflu tem que ser ministrado nas primeiras 48 horas dos sintomas, como garantir apenas em uma consulta que a febre acima de 39 graus, de três em três horas não é a gripe suína? Tivemos um caso de uma grávida de 27 anos, aqui em BH que foi três vezes ao hospital Materdei e disseram que ela tinha um resfriado comum, pois bem no final ela realmente tinha gripe suína comprovadamente, mas infelizmente já era tarde demais, a pobre moça morreu e conseguiram salvar pelo menos o bebê.
    O meu colega de trabalho foi a um posto de saúde, foi diagnosticado como gripe suína e recebeu um Tylenol , é isto mesmo? Por outro lado, a filha de uma amiga minha que é bióloga e trabalha numa multinacional farmacêutica, teve os mesmos sintomas do meu filho e foi atendida no mesmo hospital (Felício Rocho) e recebeu o Tamiflu, estranho não?
    A orientação da OMS não é que tratemos todos os casos como gripe suína, já que estamos em pandemia? E nos outros países, como nos Estados Unidos, em que o Tamiflu está disponível nas farmácias, a orientação não é tomar o Tamiflu nas primeiras 48 horas de sintomas de gripe, suína ou não?
    E por que o Ministério Público está acionando o governo pela não disponibilização à população do Tamiflu?
    Adoraria estar errada com relação a esta pandemia, adoraria não ter até agora 4 conhecidos mortos pela gripe suína, adoraria saber que é tudo fantasia coletiva, mas infelizmente a gente sabe que para filho e parente de médico não irá faltar Tamiflu e que eles não irão correr este risco desnecessário, que infelizmente o meu filho teve que correr.
    Infelizmente o nosso país está mais preocupado em comprar aviões para esta guerra eminente que o Brasil está para entrar(????) e faz de avestruz para a verdadeira guerra da saúde da população.
    Atenciosamente,
    Valéria

  6. Valéria,
    Como são poucos os laboratórios aptos a realizar o exame de detecção da Influenza A (H1N1) no Brasil, o resultado do exame pode levar dias. Por este motivo, o Ministério da Saúde orienta que o tratamento seja imediato, independente da confirmação laboratorial. Não há como ter certeza, mas deve-se partir desta premissa, já que 87,1% dos casos de gripe registrados atualmente dão positivo para a Influenza A (H1N1).
    Você está correta, a orientação é que todos os casos sejam tratados como Influenza A (H1N1). Mas, dependendo da gravidade dos sintomas e do histórico de saúde do paciente, o Tamiflu não é o único tratamento eficaz para a doença. No caso do seu filho, o exame clínico detectou uma inflamação das amídalas como provável causadora da febre, e não sintomas de gripe.
    Tomamos conhecimento do caso da gestante em Belo Horizonte. O protocolo do Ministério da Saúde orienta para que grávidas com sintomas da Influenza A (H1N1) sejam tratadas com o Tamiflu, pois gestantes estão no grupo de risco, e para que o tratamento seja imediato. A prescrição do tratamento fora dos casos previstos pelo Ministério da Saúde é de responsabilidade do médico e das autoridades de saúde locais.
    Sobre as ações movidas pelo Ministério Público, algumas são direcionadas às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, pois têm a ver com a distribuição do medicamento. A respeito da ação movida contra o Ministério da Saúde, noticiada pela imprensa, o estoque atual de medicamentos tem sido suficiente para atender às demandas das Secretarias Estaduais de Saúde, como demonstramos em nossa resposta anterior.
    Para mais informações:
    fernanda.scavacini@saude.gov.br
    Assessoria de Comunicação
    Ministério da Saúde

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