Blogando sobre gripe IV


Como o Influenza é transmitido, pelo ar ou por contato? Ambos. Confira alguns dos motivos para sabermos disso no blog H1N1:

Fonte: Wikimedia

A transmissão por contato do Influneza pode ser direta ou indireta. Direta é quando entramos em contato com secreções de alguém doente e levamos a mão aos olhos, boca ou nariz. O contato indireto ocorre quando tocamos objetos ou superfícies contaminados por alguém expelindo o vírus e trazemos a mão a uma das mucosas já mencionadas.

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E qual seria a duração do vírus da gripe em notas de dinheiro? Em notas Suíças, que são feitas com fibra de algodão revestida de cera, que dá uma superfície lisa a elas, por um longo tempo. Vírus em concentrações próximas às detectadas em doentes na fase aguda são capazes de durar mais de 3 dias. Se forem protegidos por muco, que ajuda a regular a umidade e salinidade em que o Influenza é estabilizado, ele chega a ser recuperado e infecta células em cultura por até 17 dias!

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Fonte: Wikimedia

A transmissão do vírus Influenza, embora seja uma das questões mais básicas, ainda é alvo de muita discussão. O papel do contágio por contato ou por gotículas e aerossóis então, é um dos mais quentes [1]. Depois de certo intervalo sem novos experimentos, sabemos atualmente que furões e porquinhos-da-índia são infectáveis pelo Influenza A e podem transmiti-lo. Graças a estes modelos animais, estamos estudando as formas de transmissão da gripe, mas está longe de termos tudo esclarecido.

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Um dos passageiros estava com Influenza A confirmado em laboratório. Em 3 dias, 39 dos 54 passageiros desenvolveram gripe. Destes, em 8 casos foi possível isolar uma cepa parecida – A/Texas/1/(H3N2) – e 20 outros passageiros testaram positivo para anticorpos contra o mesmo vírus. Exato, 3 horas respirando o mesmo ar que uma pessoa gripada e 72% dos passageiros contraíram gripe. O artigo ainda sugere que a taxa de contágio variou de acordo com o tempo gasto a bordo enquanto o avião permaneceu parado, uma vez que nem todos ficaram dentro do avião o tempo todo. Note que não houve menção sobre a circulação do passageiro considerado caso zero dentro do avião, de forma que não podemos excluir o contágio por contato.

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3 responses to “Blogando sobre gripe IV”

  1. Sobre a vacina associada à Síndrome de Guillain-Barré:
    Atenção aos novos casos de Guillain-Barré após a vacina contra a gripe H1N1
    Autora: Allison Gandey
    Publicado em 01/09/2009
    Os neurologistas devem estar atentos ao monitoramento de quaisquer casos novos de síndrome de Guillain-Barré após os pacientes terem recebido a vacina contra a gripe H1N1, dizem as autoridades. A American Academy of Neurology (AAN) está se unindo ao Centers for Disease Control and Prevention (CDC) para garantir que os médicos permaneçam alerta.
    A síndrome de Guillain-Barré foi associada a várias vacinas, incluindo a preparação para a gripe suína de 1976. Em um comunicado emitido pela AAN, os especialistas disseram que, embora eles não esperem que a vacina contra H1N1 de 2009 aumente o risco da doença autoimune, esta é uma preocupação com qualquer vacina contra pandemias. “A participação ativa dos neurologistas será fundamental para o monitoramento de um eventual aumento da síndrome de Guillain-Barré após a vacinação contra a gripe H1N1 de 2009”, o porta-voz da AAN Dr. Orly Avitzur, disse em uma nota de imprensa.
    A vacina contra H1N1 está atualmente em produção. Os grupos de alto risco serão encorajados a receber a vacina neste outono. Latentes, crianças, adultos jovens, mulheres grávidas, adultos com 25 anos de idade ou mais com problemas de saúde subjacentes e profissionais de saúde são considerados bons candidatos para a vacina.
    Os médicos estão sendo solicitados a relatar os eventos adversos utilizando o sistema padrão de relato de eventos adversos de vacinas do CDC e do FDA (Food and Drug Administration).
    A síndrome de Guillain-Barré afeta de 1 a 4 pessoas a cada 100.000 por ano em todo o mundo. Ela provoca insuficiência respiratória necessitando de ventilação mecânica em aproximadamente 25% das pessoas, e entre 4% e 15% falecem.
    As orientações da AAN sobre o tratamento da síndrome de Guillain-Barré estão disponíveis online.
    Informações sobre a autora: Allison Gandey é uma jornalista do Medscape. Ela foi analista de assuntos científicos do Canadian Medical Association Journal. Allison, que tem um mestrado em jornalismo com especialização em Ciência pela Carleton University, editou várias publicações de associações médicas e trabalhou em rádio e televisão. Ela pode ser contactada através de agandey@webmd.net.

  2. No Brasil a campanha de vacinação contra o vírus da Influenza A(H1N1) acontecerá apartir do mês de março. Seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde, os grupos prioritários para receber a vacina serão os trabalhadores de saúde, as gestantes, a população indígena e as pessoas com doenças crônicas de base. Alem destes o Brasil vacinará também jovens saudáveis com idade entre 20 e 29 anos e as crianças de 6 meses a 2 anos. Somente o Brasil, os EUA e o Canadá decidiram estender a vacinação para os jóvens adultos e crianças. Os outros países do mundo seguiram apenas os grupos recomendados pela OMS.
    As doses adquiridas pelo Ministério da Saúde de laboratórios altamente confiáveis foram testadas e não oferecem risco de saúde à quem for tomar.
    Para mais informações: fernanda.scavacini@saude.gov.br
    Ministério da Saúde

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