Hepatite C e a rede social


Como um vírus pode usar a rede social para ser transmitido em diferentes gerações.

walkman Se um vírus fosse transmitido por walkmans, você seria contaminado? ©WhineAndDine 

 

[Este post é baseado em um artigo publicado recentemente pelo meu laboratório. Felizmente, terei a oportunidade de explicá-lo e ainda mostrar como a informação de um artigo pode ser diluída conforme ele é tratado pela mídia no próximo post.]

 

ResearchBlogging.org

A Hepatite C é uma virose muito preocupante. Foi descoberta apenas recentemente, em 1989, e só em 1993 passamos a monitorar e testar bolsas de sangue, até então a principal forma de transmissão. Desde então, já são 170 milhões de pessoas infectadas no mundo, e no Brasil as estimativas variam entre 0,8 e 3,5%, sendo que muitos dos casos são atribuídos a usuários de drogas injetáveis (IDUs). Muitos casos progridem para a forma crônica da doença, onde a pessoa pode passar o resto da vida com o vírus, sofrendo de cirrose e até mesmo câncer hepático – a hepatite C já é a principal causa de transfusão transplante de fígado no país.

Com mais de 500 amostras do estado de São Paulo coletadas e sequenciadas, partimos para tentar entender a epidemia atual no país. O primeiro passo foi estudar o que as sequências nos contam, a dinâmica evolutiva viral. Grosso modo, o método consiste em reconstruir a história do vírus baseando-se na diversidade e na taxa de mutação. Se hoje eu tenho os vírus x, y e z, e o vírus muda tanto por ano, quantos anos eu preciso que tenham se passado para encontrá-los? Muitas outras coisas entram nesta conta, mas ficam para um outro post.

 

O crescimento

grafico1

Taxa de crescimento dos subtipos de HCV. Em 1980 a doação de sangue deixou de ser paga, pois muitos IDUs doavam sangue contaminado como fonte de renda.

 

Este foi o primeiro resultado. O vírus da Hepatite C (HCV) é dividido em genótipos, de 1 a 6, e cada genótipo possui vários subtipos. Já sabíamos que no Brasil as principais formas circulantes são os subtipos 1a, 1b e 3a. O que não sabíamos é que eles possuiam este tipo de crescimento. Como o gráfico deixa claro, o primeiro vírus a entrar no país foi o subtipo 1b, que cresceu bastante no passado, e está diminuindo atualmente. Em seguida, entrou o subtipo 3a, que cresceu mais, e foi seguido pelo subtipo 1a, com a maior taxa de crescimento de todos.

Duas coisas no gráfico são muito preocupantes. A primeira é o crescimento. As linhas representam a taxa de crescimento do vírus (algo análogo à aceleração dele), e não o número de casos totais (a “velocidade final” do vírus). Quando vemos a reta do subtipo 1a, temos que pensar que, embora ele não seja o mais comum no país (nosso HCV mais comum é o 1b, que infecta pessoas há bem mais tempo), é o que mais cresce. Ou seja, ele deve passar em breve o subtipo 1b, e continuar crescendo muito. Tão importante quanto isso, é que os subtipos mais recentes estão aumentando o crescimento mais mesmo após 1993, quando os testes em bancos de sangue acabaram com o que se imaginava a principal via de transmissão do HCV.

Os subtipos entraram em períodos diferentes, e os mais recentes cresceram mais, mesmo apesar de medidas de controle como teste de bolsas de sangue e distribuição de seringas descartáveis para IDUs. Próxima etapa: como ós subtipos estão sendo transmitidos então?

 

Segregação etária

grafico2

Ano de nascimento dos pacientes e data de origem dos subtipos. A linha tracejada é a distribuição das chances de origem dos subtipos (pois estamos estimando), e o pico é o período de entrada mais provável. A linha contínua marca o ano de nascimento de quem foi infectado por aquele subtipo. No caso dos subtipos 3a e 1a, uma grande parte dos infectados nasceu cerca de 20 anos do período de entrada do subtipo.

 

Assim, analizamos o período de entrada do vírus e a idade de seus portadores. Surpreendentemente, os subtipos atingem grupos etários diferentes. Se o vírus é transmitido apenas pelo sangue, não há motivos para ele estar restrito a uma faixa etária. Todos recebem transfusão. É o que vemos no subtipo 1b. Já os dois subtipos mais recentes, circulam entre pessoas nascidas em uma mesma época.

Este tipo de distribuição segmentada ocorre em redes complexas, é o assortative mixing, algo como distribuição direcionada (desconheço o termo em pt). Ocorre por exemplo em redes sociais, onde as pessoas tendem a se associar a outras parecidos com elas, o chamado princípio da homofilia. Uma olhada no meu Twitter já mostra isso, grande parte das pessoas que sigo e que me seguem são entusiastas de ciência, e são grandes as chances de os próximos também serem.

Então o vírus está seguindo redes sociais?

 

O padrão de comportamento

grafico3

À esquerda: distribuição cumulativa do número de parceiros sexuais dos pacientes, ou conectividade, e a distribuição de subtipos para quem teve 5 ou menos parceiros a vida toda (Low) e 50 ou mais (High). À direita estão os comportamentos de risco dos dois grupos: parceiro HCV positivo, HIV positivo, transfusão antes de 1993, nunca usou camisinha, usuário de droga injetável (IDU), usuário de droga não injetável (crack e cocaína, NIDU), já foi preso, homem que faz sexo com homem, tatuagem, parceiro IDU, já teve DSTs e sexo.

 

O passo final então era entender qual o tipo de rede estaria transmitindo os vírus, se houver alguma. Para isso, aproveitamos parte dos dados que temos sobre os pacientes. Um bom indicativo da interação das pes
soas é a rede de contatos sexuais. A distribuição do número de parceiros sexuais que as pessoas têm obedece uma lei de potência bastante parecida com a distribuição de riqueza mundial, muitos com muito pouco ou nada, e poucos com realmente muito.

É o que o gráfico de cima mostra. Quando distribuímos os pacientes de acordo com o número de parceiros sexuais, ou conexões da nossa rede social, vemos muita gente com poucos parceiros e algumas com centenas. Em especial, entre as pessoas que já tiveram 50 ou mais parceiros (os altamente conectados) o subtipo 1a é o mais presente. E quando vemos o comportamento dos mais conectados, percebemos que ele é bastante diferente. Enquanto quem teve poucos parceiros (5 ou menos) apresentou como comportamento de risco mais comum a transfusão sanguínea antes de 1993, os altamente conectados usam mais drogas injetáveis, já foram presos mais vezes, muitos nunca usaram camisinha (quase 30%, um dado realmente preocupante) – e isto se reflete na quantidade deles que já teve alguma doença sexualmente transmissível (DST) – e a grande maioria são homens.

Isto nos leva a entender que os subtipos mais recentes estão se espalhando por pessoas que têm mais interações, usando redes sociais. O que não seria esperado em um vírus transmitido exclusivamente por via sanguínea. Com a maior densidade de pessoas em anos recentes, o vírus tem mais contatos à disposição, e de fato vem crescendo mais. O número de parceiros aqui é um indicativo destas interações, já que a transmissão sexual do HCV ainda é bastante questionada, mas os outros comportamentos de risco ilustram bem como os pacientes podem ter contraído e disseminado mais o vírus.

 

As conclusões são bastante importantes:

Primeiro, ainda não conseguimos explicar cerca de 40% dos nossos casos, que não usavam drogas injetáveis nem haviam recebido transfusão antes de 1993. Práticas como manicure e pedicure, extração dentária e pequenas cirurgias também não foram informativas, já que todos os pacientes haviam feito grande parte delas.

Segundo, vírus mais recentes estão crescendo mais, e em pessoas mais jovens. Estas pessoas têm mais interações sociais e mais comportamentos de risco, o que indica que os subtipos mais novos, em especial o 1a, devem continuar crescendo e se espalhando.

Por fim, temos uma péssima notícia. Ainda não sabemos como o vírus se transmite, ele está crescendo e aproveitando as novas chances de se transmitir, e não há vacina disponível. Mesmo o tratamento é bastante complicado, nem sempre é eficaz e pode ter efeitos colaterais bastante severos. A melhor estratégia ainda é a prevenção, e para isso precisamos entender melhor como o HCV está aproveitando as redes sociais.

 

Fonte:

Romano, C., de Carvalho-Mello, I., Jamal, L., de Melo, F., Iamarino, A., Motoki, M., Pinho, J., Holmes, E., Zanotto, P., & , . (2010). Social Networks Shape the Transmission Dynamics of Hepatitis C Virus PLoS ONE, 5 (6) DOI: 10.1371/journal.pone.0011170

, ,

17 responses to “Hepatite C e a rede social”

  1. Um dado que talvez tenha escapado aos pesquisadores é a ocorrência de pandemias. Digo isso porque contraí hepatite iatrogênica durante a pandemia da “Asiática”, por causa de intravenosas de gama-globulina (nem se pensava em seringas e agulhas descartáveis na década de 50…)

  2. Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite
    ONG – Registro n°.: 176.655 – RCPJ-RJ – CNPJ: 06.294.240/0001-22
    Rio de Janeiro (21) 4063.4567 – São Paulo (11) 3522.3154 (das 11.00 às 15.00 horas)
    e-mail: hepato@hepato.com – Internet: www.hepato.com
    ________________________________________
    Caro Sr. Paolo Zanotto,
    Não deveria responder, pois pelo parágrafo final de seu e-mail vejo que você estudou medicina, mas acredita ter se recebido de DEUS. É triste o seu desprezo pelos seus semelhantes. Coitados de seus pacientes!
    No dia de ontem recebemos a comunicação da Sociedade Brasileira de Hepatologia sobre o envio de Oficio ao Jornal, contestando suas colocações e explicando que a hepatite C não é uma DST, ainda o presidente da SBH gravou entrevista na BandNews para esclarecer o erro cometido na sua divulgação.
    Não sou médico, mas como economista entendo de estatística e uma leitura do publicado mostra erros garrafais na base de dados empregada, conseguindo com isso uma distorção nas conclusões da forma que o autor quiser. Por exemplo, se em vez de estratificar por menos de 5, entre 5 e 50 e mais de 50 relações sexuais o gráfico fosse feito em função da renda dos infectados, isto é, os que ganham até 5 salários mínimos, entre 5 e 50 e os que ganham mais de 50 salários mínimos, a conclusão do estudo seria que o salário mínimo transmite a hepatite C.
    Já a PloS ONE e considerada nos meios científicos como um jornal de classificados que circula somente na Internet, tal qual um Blog. É só pagar os 1.350.- dólares que sem nenhum critério o artigo será publicado. É bom para o ego dos pesquisadores, mas não é levado em consideração pela comunidade cientifica.
    A palavra “promiscuidade” por você utilizada na divulgação para vender a matéria ao jornal costuma ser usada num sentido depreciativo. Rotular o comportamento sexual de uma pessoa como promíscuo é considerado ofensivo. Não acredito que essa seja a ética ensinada e adotada na USP e sim uma colocação de quem acredita ser um DEUS superior.
    Segundo os dicionários promiscuidade (u-i) s. f.: Mistura confusa e desordenada. Reunião confusa de pessoas em que predominam as de baixa classe. Assim, publicar no PloS ONE também é um ato prosmicuo por parte dos pesquisadores.
    Fico feliz de ver que um dos participantes da pesquisa, o biólogo Atila Iamarino publica no blog http://scienceblogs.com.br/rainha/2010/06/hepatite_e_a_rede_social.php?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+rainhadecopas+%28Rainha+Vermelha%29 a mesma pesquisa, mas respeitando a ética e sem criar fantasias sexuais reprimidas, colocando a seguinte conclusão (texto integral):
    As conclusões são bastante importantes:
    Primeiro, ainda não conseguimos explicar cerca de 40% dos nossos casos, que não usavam drogas injetáveis nem haviam recebido transfusão antes de 1993. Práticas como manicure e pedicure, extração dentária e pequenas cirurgias também não foram informativas, já que todos os pacientes haviam feito grande parte delas.
    Segundo, vírus mais recentes estão crescendo mais, e em pessoas mais jovens. Estas pessoas têm mais interações sociais e mais comportamentos de risco, o que indica que os subtipos mais novos, em especial o 1a, devem continuar crescendo e se espalhando.
    Por fim, temos uma péssima notícia. Ainda não sabemos como o vírus se transmite, ele está crescendo e aproveitando as novas chances de se transmitir, e não há vacina disponível. Mesmo o tratamento é bastante complicado, nem sempre é eficaz e pode ter efeitos colaterais bastante severos. A melhor estratégia ainda é a prevenção, e para isso precisamos entender melhor como o HCV está aproveitando as redes sociais.
    Por sorte a USP possui, também, pesquisadores eticos e responsac]veis, os quais não estigmatizam os infectados com hepatite C para conseguir seus 15 minutos de fama. Continua meu desprezo pelas suas colocações enganosas.
    Carlos Varaldo
    Grupo Otimismo
    hepato@hepato.com
    www.hepato.com
    O Grupo Otimismo e afiliado a AIGA – ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO – www.aigabrasil.org
    Aviso legal: Esta mensagem destina-se ao uso somente pelo(s) destinatário(s) indicado(s) e pode conter informações confidenciais. As informações da mensagem são meramente informativas e não podem ser consideradas nem utilizadas como indicação medica. É proibida qualquer utilização não autorizada das informações contidas nesta mensagem.

  3. Dada a crítica contra o Prof Paolo Zanotto publicada abertamente nos comentários, vou deixar aqui o e-mail enviado pelo Prof. Zanotto (que motivou o comentário acima) a Carlos Varaldo em resposta ao texto da Hepato.com:
    ” Entendo a posição do Varaldo em parte, até porque a imprensa sempre modifica o que falamos (usamos sexo como medida de conectividade social, mas tanto ele como a imprensa não entenderam isto apesar de te sido reiterado muitas vezes). Mas isto não justifica que infelizmente O Sr. Varaldo ou não leu o paper ou não entendeu o que foi publicado na PLoS, e lastimávelmente tem a visão de que a pesquisa discrimina os portadores (e portanto deve ser esculhambada, da forma mais trivial que é desqualificar os pesquisadores e o estudo).
    A pesquisa no entanto demonstra transmissão preferencial de diferentes subtipos de HCV em grupos estratificados por risco e idade e crescimento do 1a e 3a após as medidas de controle em bancos de sangue. Independente da visão deste senhor, os dados são importantes para ajudar nas medidas de controle e vigilância pois ajudam a focalizar esforços (40% dos eventos de transmissão não tem mecanismo de contágio entendido).
    Estes dados foram apresentados ao DST/AIDS e foram muito bem recebidos pelo governo pois ajudam a entender o que deve ser investigado e acompanhado.
    Em suma, este senhor parece preferir a ignorância acerca de fatores releventes da epidemia, como se isto fosse no melhor interesse dos portadores atuais e futuros de HCV.”

  4. Publico também a resposta que foi enviada pelo Prof Zanotto à critica do Sr. Varaldo:
    “Senhor Varaldo,
    Apesar deste equívoco fundamentar sua conduta, gostaria de reiterar que em nenhum lugar de nossa publicação pode ser encontrado que HCV é uma DST ou fez-se juízo de valor sobre a conduta de qualquer portador de HCV. Em respeito à sua própria pessoa e à ONG, sugiro que leia a publicação antes de avaliar o conteúdo e sentido. Relevo o argumentum ad hominem, suas agressões e ofensas contra minha pessoa e à editora PLoS documentalmente (utilizando o timbre de uma ONG).
    Lastimo sua conduta irrascível e injustificada e gostaria de deculpar-me por qualquer sofrimento desnecessário que este mal entendido tenha causado.
    Att.,
    Paolo Zanotto “

  5. (do final do primeiro parágrafo)
    “…a hepatite C já é a principal causa de transfusão de fígado no país.”
    Dúvida: como fazem isso? precisa bater no liquidificador?

  6. É, a matéria veiculada na FOLHA pela jornalista SABINE RIGUETTI sobre a hepatite C está informando erroneamente, pois a hepatite C nunca recebeu como meio de transmissão
    a via sexual. Recebeu mundialmente pesquisas randomizadas,estudos multicêntricos para aprovação da medicação:- interferon peguilado e ribavirina feito em dezenas de milhares de portadores. Também um erro gravíssimo é informar tratar-se de doença incuravel pois para o genótipo 1a a CURA ocorre em 52% dos pacientes e para os demais genótipos e de quase 70% a CURA, portanto é curavel em parte.Sou portador de hepatite C, genótipo 1a, descoberto em 1991 quando da doação de sangue para a filha do Dr. Villa que estava com câncer no Hospital Albert Einstein e era qualificada ainda como hepatite não A e não B.A hepatite que tem como causa principal a transmissão via sexual é a HEPATITE B que podemos evita-la tomando as doses da vacina.Portanto o Sr. Carlos Varaldo que era portador de hepatite C e está hoje CURADO tem razão, assim como a SBH e os pesquisadores deveriam retratar-se, publicando matéria com a devida correção das informações. Já fiz comentário para a OMBUDSMAN da folha Sra. Suzana Singer, vamos ver se
    isso funciona, duvido, abraços, Joel

  7. Senhores,
    Vejam o teor desta sentença numa revisão da Nature (um jornal muito mais caro para publicar que a PLoS) em desacordo com o que foi colocado inclusive pelo Dr. Raymundo Paraná (http://www1.folha.uol.com.br/folha/paineldoleitor/ult10077u759986.shtml):
    “The increasing incidence of acute HCV infection transmitted via sexual
    contact has also been fuelled by high‑risk sexual behaviors among men who have sex with men, many of whom are also HIV‑positive.”
    http://www.nature.com/nrgastro/journal/v6/n10/pdf/nrgastro.2009.143.pdf
    Tradução para o Portugês: “A crescente incidência de infecção aguda pelo VHC transmitida via contatos sexuais também foi impulsionada pelo aumento de comportamentos sexuais de alto risco entre homens que fazem sexo com homens, muitos dos quais também são HIV-positivos”

  8. Senhores,
    Gostaria de trazer outra publicação recente e relevante que nos leva a ter que repensar os mecanismos de contágio de HCV:
    ” Survival Sex Work Involvement as a Primary Risk Factor for Hepatitis C Virus Acquisition
    in Drug-Using Youths in a Canadian Setting. by Shannon et al.
    Conclusion: This study calls attention to the critical need for evidence-based social and structural HCV prevention efforts that target youths engaged in survival sex work.
    Arch Pediatr Adolesc Med. 2010;164(1):61-65″
    Tradução para o Portugês: ” Participação em Trabalho Sexual de Sobrevivência como Fator de Risco Primario para a aquisição de vírus da hepatite C por Jovens que Usam Drogas em um Ambiente Canadense. por by Shannon et al.
    Conclusão: Este estudo chama a atenção para a necessidade crítica para esforços de prevenção de HCV baseada em evidência social e e estrutural que vise jovens envolvidos no trabalho sexual de sobrevivência.
    Arch Pediatr Adolesc Med. 2010; 164 (1) :61-65

  9. Não somente como autora desse (polêmico) trabalho, mas como ser humano, fico indignada como uma pessoa bem conceituada, presidente de uma ONG de portadores de hepatite, usa argumentos tão infundados para justificar que nossa atitude em tentar alarmar para a possível relevância de contatos sexuais e outros fatores de risco é preconceituosa. Na minha humilde opinião, a atitude desse senhor é no mínimo, perigosamente ignorante. Sua falta de conhecimento da relevância científica de revistas como a Plos, e a utilização disso como mais um argumento disparatado, é triste.

  10. No primeiro gráfico sobre crescimento e Tempo em anos, no eixo vertical, o que significa Ne.g? Você saberia me explicar?
    Atenciosamente,
    Douglas.

  11. Não sou profissional da saúde, apenas portadora do vírus da hepatite C. E venho relatar que, sem uso de preservativos, tive apenas 4 parceiros. Com o uso, apenas 3. Sou da época (tenho 55 anos de idade) em que a esterilização em consultórios dentários eram mais precários e em manicures não havia autoclave. Nunca fiz uso de drogas injetáveis, mas tomei vitaminas por via endovenosa com agulhas não descartáveis. Também nunca recebi nenhum tipo de transfusão.
    Esse meu depoimento é somente para efeito de estatística, para maior conhecimento dos senhores.

Leave a Reply to Camila Malta Romano Cancel reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *