Médico, para que o jaleco?


Só eu fico com nojo desta imagem?

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Esta semana passada, fiz um curso na faculdade de medicina, e algumas aulas foram dadas em um hospital. Em um dos dias, saíamos na hora do almoço quando tive esta visão perturbadora. A lanchonete estava forrada de médicos de jaleco, comendo. Tem coisa mais nojenta do que isso?
Tudo que eu conseguia pensar é que um deles trabalha com tuberculose, outro era proctologista, e por aí vai. Qual o sentido de usar o jaleco no restaurante do hospital? Para não sujar a roupa? Por que, se o jaleco está limpo, o dono vai levar restos de comida para dentro do consultório. Agora, se já estiver sujo…
Com o passar do curso, reparando mais ao meu redor, fiquei ainda mais impressionado. Descobri que mais do que a suposta proteção, ou a real falta de higiene, o jaleco é uniforme. É um crachá que grita: sou médico. Sim, pois não vejo outro sentido para alguém pegar o metrô já de jaleco, desde casa. Ainda mais com o estetoscópio no pescoço. Alguém ainda usa isso? Para que andar de estetoscópio no metrô?
Provavelmente o sujeito vai andar 4 anos com um estetoscópio pendurado para um dia usá-lo, em um outro passageiro que desmaiou por conta do calor, e tudo vai ser justificado. Mas, para infelicidade do resgatado, ele vai desenvolver uma infecção cutânea massiva, pelo que quer que seja que habitava aquele estetoscópio nojento.
Basta passar entre o Hospital das Clínicas e o InCor em Pinheiros para se ver dezenas de médicos devidamente sinalizados, para lá e para cá trajando o guarda-pó. Na rua. Pegando metrô e (de vez em nunca) ônibus.
A necessidade do uniforme, do traje do médico é tanta, que vi alguns colocarem o jaleco para sair do hospital. Sim, a pessoa estava de camisa, no escritório, e quando foi sair para comer colocou o jaleco! Quase um paletó. Outros, vi abotoando o jaleco ao entrar no auditório, simplesmente para assistir a uma apresentação. Qual o sentido?
Se antes eu achava tosco alunos de odonto e enfermagem serem obrigados a assistir aula de roupa branca em algumas faculdades (achava que estivessem indo ou voltado do trabalho, mas descobri que se tratava de convenção mesmo), acabo de eleger algo muito pior. E mais porco. Para que serve o jaleco, afinal?
[update] Como bem lembrado pelo nelas, pelo  Roberto Takata e por outros, vários restaurantes proíbem a entrada de pessoas com jaleco, e a prefeitura de Belo Horizonte proibiu a circulação fora do ambiente de trabalho. A que ponto se precisa chegar para que o profissional mais bem informado sobre a consequência do que faz tome a atitude correta.
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81 responses to “Médico, para que o jaleco?”

  1. Acho que ja está mais do que na hora de denunciarmos os restaurantes para a vigilância sanitária e pressionar para que proíbam o acesso de pessoas trajando jaleco. Já presenciei isso várias vezes, principalmente em SP. Pessoas trajando jaleco e o encostando na bancada onde está a comida. Para mim, um profissional da saúde que faz isso não deve estar entendedno muito bem as disciplinas que estuda.

  2. É bonito, confere status, mostra que ele é um ser superior aos demais mortais (quem leu Robin Cook sabe do que estou falando). Qdo eu estava na faculdade, a professora de Bioquímica deu um esporro em algumas idiotinhas do curso de Biologia, pois elas até mandaram bordar o nomezinho no jalequinho rosa (juro!) e andavam de ônibus com ele. Segundo a professora: comprem 2 jalecos. Um para bundear na rua e outro para trabalhar a sério no laboratório.
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    FATO: Muitas faculdades de odonto, enfermagem e fisioteraia EXIGEM que o aluno use roupa branca.Inclusive nas aulas de Português etc.

  3. Em meados de 2005 fizemos um trabalho na disciplina de Saúde Coletiva justamente sobre isso. O trabalho depois virou uma campanha em pequena escala que até fez um certo bafafá; distribuímos e colamos cartazes em vários institutos e lanchonetes por aí. Mas a força do hábito e status continuam falando mais alto…
    O site da Campanha do Uso Consciente do Avental ainda está no ar e os cartazes disponíveis para web e impressão:
    http://sites.google.com/site/cucacoletiva/
    abraço!

  4. É só andar na região da UNIFESP e ver a infestação de pessoas andando de jaleco. Tb sempre tive nojo do hábito (por questão de higiene) e pelo hábito, por querer mostrar: sou “doutor”.
    Na UEL, o restaurante universitário proibia a entrada de jaleco, mesmo pendurado no ombro (e não somente vestido). Tinha q ficar dentro da mochila.
    mas “proctologista” foi foda! ahahaha

  5. o jaleco não é nada. eles estão com um tipo de máscara branca no rosto, muito esquisito. como eles comem com isso?

  6. Excelente denúncia! O uso inadvertido e inapropriado do jaleco por estudantes e profissionais médicos em ambientes públicos alheios ao hospital é uma realidade em todo o Brasil e fora dele inclusive. Há um suposto “encanto”, quase um mito, por detrás do guarda-pó branco que, crêem seus usuários, os enaltece, os diferencia dos demais mortais. No entanto, a sua vaidade não pode ser maior que a segurança dos demais; o jaleco além de ferramenta de identificação do profissional da saúde (todos)é uma das barreiras de proteção contra a disseminação de doenças infecto-contagiosas e carrega consigo muitas bactérias que podem ser potencialmente perigosas. Portanto, quem usa jaleco em supermercado, restaurantes, lanchonetes, metrôs, etc, engrandece sua vaidade e sua ignorância, porque em nome de chamar a atenção, está contaminando o ambiente com os gérmens do seu local de trabalho ou estudo.

  7. Ai! é realmente horrível!
    Dá muita aflição… o que era para ser um meio de proteção para o médico e o paciente, pode prejudicar porque muitos deles nem devem saber que o jaleco é pra ser uma coisa limpa, não um acessório pra mostrar o status de uma profissão.
    na faculdade o Carmelo tinha que usar jaleco nas aulos em laboratório (acho que para evitar manchas de algum produto que pudesse derrubar… não sei se contaminação tinha muito a ver no caso dele), na fármacia que ele está trabalhando adotaram o jaleco apenas a alguns meses, mas também por um motivo de diferenciação, para ser reconhecido como “o” farmacêutico daquela loja…
    Independente do motivo, tenho certeza que ele não desfila por aí de jaleco…

  8. Ja vi isso acontecer, alunos com jaleco, em um lanchonete em frente a universidade, tive o mesmo pensamento. Para que serve o jaleco? A vaidade é ridicula.

  9. No restaurante do centro de convivência do meu prédio da UFRJ (em frente ao hospital universitário) colocaram há algum tempo um trabalho de iniciação científica de uma aluna que fez alguns testes com jalecos. Mostra a contaminação e os riscos de se usar jaleco fora do hospital.
    Iniciativa bem interessante, mas não mostrou muito resultado. As pessoas não leem poster em congresso, imagina um colado na parede do restaurante.

  10. Lembro que durante o estágio em um hospital (fiz Nutrição), tínhamos de usar um jaleco dentro do hospital. Eu ficava a maior parte do tempo na cozinha, mas diariamente devia anotar as dietas dos pacientes nos postos de enfermagem. Algumas vezes familiares de pacientes me abordavam no corredor para perguntar informações sobre os pacientes, pensando que eu era médica, só por causa do bendito jaleco. Realmente, é um sinal de status… 🙁

  11. Bem, sem contar os Doutores em Medicina do setor de anatomia da UFPR, que amam usar jaleco na cantina. ANVISA NELES…

  12. Na minha epoca de graduação (em biologia, UFPB) a gente costumava tirar muito sarro dos alunos de medicina por causa dessas coisas. Me lembro como se fosse hoje: Aula de histologia, tinhamos só que olhar laminas preparadas (e praticamente mumificadas) da coleção didática. Estavam com falta de professores pra disciplina na época e um dia acabamos tendo que assitir aula com alunos do 1º periodo de medicina. Era a turma inteira de batinha, coisa mais fresca. Depois me disseram que era exigência das professoras (que, sabe-se darwin por que, não exigia o mesmo de nós alunos de biologia).
    Mas pior que essa foi quando meu namorado e um amigo da gente estavam passando pela área de medicina e, como todo bom biólogo de campo, vestiam regata e bermuda para assistir aula. Então um professor (de jaleco para dar aula) parou os dois do nada e perguntou se eles faziam medicina. Quando eles disseram que não, o professor completou “Ah bom, eu ja ia perguntar quem é o professor merda que permite que os alunos andem vestidos desse jeito!”. Muito triste e ridiculo.
    O que eu acho mais “engraçado” é que os médicos, em teoria, pertencem a um grupo de pessoas que sabe muito bem o estrago que uma bacteriazinha pode causar. E não é só os pacientes ou a população na rua que é prejudicada. O mais prejudicado é a saude do próprio médico e da familia dele. Conheço um caso de um pai, médico, que deu de presente pro filho uma bela infecção por causa da mania de sair de casa, no carro, já de jaleco…

  13. bem é um lugar comum onde são da área da saúde e são médicos estão além de tudo na corrida do dia a dia.Muitos apenas estão clinicando ou estão fazendo auditoria, repassando algum caso ou seja lá a razão pode ser diferente da qual estão comentando aqui.Portanto, não acho que devam ser tão incisivos é prática comum em que se encontra em quase todos os hospitais e nos maiores do mundo mesmo com o uso de roupa intíma hospitalar( ambo ou scrubs) também existe acúmulo de bactérias. Não estamos nunca longe delas. Só porque existem hábitos ruins significa que estaremos prologando uma infecção cruzada ou uma super bactéria. A classe médica é muito unida e temos hábitos como qualquer outra profissão tem e diga-se de passagem são hábitos da PROFISSÃO MAIS ANTIGA DA HISTÓRIA DO HOMEM.

  14. Eu concordo com o colega acima, FINALMENTE uma opinião do corpo médico. Só quem é médico conhece a nossa profissão , o prazer de sentar e conviver num ambiente de apoio e de camaradagem, estamos na mesma linha de frente. A infecção existe em qualquer lugar e em qualquer meio. Agora a julgar pela foto me parece ser um lugar mais ”higienizado” do que a de qualquer hospital é uma ótima cantina para comer e conversar não acham? Temos hábitos sim, usamos jalecos sim é a nossa marca e pelo menos no hospital podemos sim. Fora do hospital realmente não concordo. Mas tem gente que ta criticando até mesmo na sala de aula ou numa conferência… eu pessoalmente não vejo problema algum pois sempre colocamos o jaleco para lavar. E com certeza A MAIOR E MAIS ANTIGA PROFISSÃO DA HISTORIA DA HUMANIDADE. SIM AO ATO MÉDICO!

  15. @Rafael e Marcus,
    Profissão mais antiga à parte, e pra mim a profissão mais antiga é caçador, jaleco é equipamento de laboratório. Não é traje social, não é fantasia, não é uniforme. Por mais que outros hábitos tb tenham consequências, e jalecos sejam lavados, eles são obviamente desenhados para serem usados no laboratório ou consultório.
    E hábitos ruins prolongam infecções sim, nas palavras de outro médico: http://scienceblogs.com.br/eccemedicus/2011/05/infeccoes_e_seres_humanos.php
    Como eu disse, entendo a roupa branca, entendo o orgulho pela profissão, ainda mais dada a dificuldade para se conquistar o título e toda a dedicação exigida. Mas, por favor, que isso seja demonstrado com hábitos mais limpos.

  16. Finalmente alguém que fala o que sempre achei! É nojento mesmo (nos dois sentidos)! Já vi até médicos saindo com o estetóscópio pendurado no pescoço na rua!!! Só mesmo pra se “amostrar”, como se diz na minha terra! Ainda vivemos com a cabeça de que “doutor” é médico e advogado (já vi advogados andando com o broche da OAB pra cima e pra baixo).

  17. Átila,
    O interessante é que os passeadores de jaleco o retiram tão logo chegam em casa, inclusive evitam que os filhos entrem em contato com a peça.
    Ótimo post. Um abraço!

  18. Quando fiz estágio em clínica psicológica tive que usar jaleco para atender clientes dentro da Unidade de Saúde-Escola. Além de quente, desconfortável e trabalhoso (tem que carregar a bagaça pra cima e pra baixo, dentro da mochila, fica pesada, pegar busão atravancando o corredor, o trem fica todo amarfanhado, você é obrigada a desfilar pelos corredores da Unidade de Saúde parecendo que saiu da boca do bode, blá, blá…) agora vejo o risco a que expus a minha honra: ser confundida com uma representante da PROFISSÃO MAIS ANTIGA DO MUNDO!!!!

  19. Concordo que usam-se demais os jalecos fora do hospital, mas me impressiona o rancor que sentem pelos médicos evidente em alguns comentários, clara manifestação de inveja.
    Ao colega que vai a aula de bermuda e camiseta, também acho inadequado, alguns ambientes exigem vestimentas condizentes.
    No mais, advogados gostam do terno,
    fotógrafos daquela jaquetinha,,
    engenheiros do capacete branco atrás, no carro,
    Qualquer profissão pela qual se sinta orgulho tem sua forma de identificação. Outras não despertam tanto orgulho em algumas pessoas.

  20. “Mas, para infelicidade do resgatado, ele vai desenvolver uma infecção cutânea massiva, pelo que quer que seja que habitava aquele estetoscópio nojento.”
    Segura esse ódio todo para nao estragar a matéria amigo… acho q vc está confundindo estetoscopio com instrumentos de procedimentos invasivos. O dia que eu diagnosticar uma “”infecçao cutanea massiva”” por um colega auscutar o coraçao de um paciente com um esteto sujo, eu corro para a primeira lotérica e invisto td meu salario!

  21. Isso que são médicos e estudantes de medicina, pessoas letradas, cultas e normalmente abastadas (afinal, fazer medicina não é para qualquer um), que deveriam ter BOM SENSO de saber o que fazer ou não fazer… mas não, como qualquer analfabeto ou gente sem cultura nenhuma, tem que ter uma LEI com PENALIDADES IMPOSTAS para que não se façam coisas que deveriam ser óbvias… são coisas como essas que me fazem perder a fé na raça humana.

  22. Tem coisa mais nojenta sim. Eu trabalho perto do hospital das clínicas em SP e o que mais vejo é médico andando na rua de jaleco. Na teodoro Sampaio! Rua cheia de ônibus circulando.. quer dizer… é muita falta de consideração. Certa vez vi um com o estetoscópio pindurado no pescoço. Acho q é simplesmente pra mostrar status, dizer “olhem que importante sou”. ¬¬

  23. bom, acredito q essa situação se repita em todos os lugares do Brasil. Creio q o fato das pessoas andarem de jaleco pra cima e pra baixo é realmente uma necessidade gritante de dizer “olha, sou médico, sou importante” pq todos sabem dos riscos que correm ao entrar no hospital com um jaleco contaminado…mas ninguem dá ouvidos a isso, então, vamos continuar assistindo de camarote infecções hospitalares matando pessoas no nosso país.

  24. Antes de mais nada, gostaria de deixar bem claro que não apoio opiniões recheadas de inveja de alguns comentários à respeito do artigo. Porém, esta implicação não invalida sua veracidade.
    Sou Químico, e tive, por questões técnicas, que usar jaleco durante todo o meu curso, ou quando trabalhei em laboratório. Sou extremamente feliz minha profissão e não vejo nenhum motivo, seja lá qual for, para considera-la, assim como às outras, inferior ou menos “orgulhosa” do que as tradicionais como citado acima.
    O valor de um profissional está na forma como ele utiliza o conhecimento adquirido em seus estudos para serviço do mundo em todos os seus aspectos, e não somente durante o expediente.
    Até entendo a necessidade de uma forma de identificação dos profissionais de saúde dentro de um hospital, ou até mesmo fora, caso estes estejam dispostos à auxiliar a sociedade com seu conhecimento em emergências. Contudo, isto não pode ferir conceitos básicos sobre particionamento de partículas e adsorção de corpos em superfícies que podem transportar contaminantes que causam graves problemas de saúde.
    Devidas as suas proporções, é de se esperar que um policial não ande de coldre exposto na rua, quando fora de serviço, somente para demonstrar seu “orgulho”, assim como se espera que a classe médica não utilize desnecessariamente um EPI por pura vaidade.
    “Agradar a si mesmo é orgulho; aos demais, vaidade.”
    (Paul Valéry)

  25. Vejo nos comentários uma visão tendenciosa primeiro não são só os médicos que usam jalecos enfermeiras, técnicos em enfermagem também o usam… mas todos usaram os comentários para criticar os médicos como se fossem todos sujos e causadores de infecção é pura inveja de quem é frustrado por não conseguir passar em medicina.

  26. Absurdo. Porquice, ignorância e falta de foco: não importa a profissão. Médico, biomédico, enfermeiro, laboratorista, faxineira de hospital, veterinário, dentista, apresentador do Pânico: usar jaleco fora do seu ambiente profissional é não só burrice como irresponsabilidade e prova cabal de incompetência, de falta do mais básico conhecimento de higiene. O orgulho de uma profissão (qualquer das citadas ou não acima) só entra na pauta quando tamanho desrespeito não é ato corriqueiro, que tenho certeza está presente nos médicos, biomédicos, enfermeiros, veterinários, dentistas, etc

  27. netinhos, se o jaleco transmite doença ruim, a roupa que você usa também transmite doença ruim do mesmo jeito… a não ser que você entre no local de trabalho e troque de roupa (como em centros cirúrgicos/obstétricos e UTIs) vocês com seu jeans ou sua roupa branca também estão contaminando tudo… isso é desculpa pra demonstrar todo o ranço das outras profissões da área de saúde contra os médicos… abraços

  28. Os comentários acima também mostram o quanto pessoas podem ser ignorantes, alem de infantis ao usar sua profissão como status de ser superior ¬¬’ ê Brasil…..

  29. Quanta bobagem e exagero. O texto está mais para a inveja da profissão do que qualquer outra coisa, e os comentários agressivos são de outros profissionais da saúde, geralmente muito mais porcos e descuidados. Jaleco não é instrumento de proteção, é apenas acessorio de identificação do profissional.

  30. Identificação profissional?????? Por que alguém precisaria saber quem é advogado, médico, engenheiro, biólogo, etc, dentro de um restaurante?

  31. O jaleco nao serve pra proteger o paciente do medico, e sim o medico do paciente, pois eh o paciente que está doente… o mesmo servem para as luvas de procedimento, por exemplo.
    Alem disso, o jaleco é parte da indumentária da profissao, do mesmo jeito que os juizes usam sua roupa própria, e até o açougueiro tem sua bata ja conhecida.
    Quanto ao stetoscopio, se voce um dia soubesse o quanto custa um, tenho certeza que nao o tiraria do pescoço por quase nada, porque tudo é um risco de perde-lo.
    😉

  32. Pessoal, concordo com os 33, 34, 36 e 38. Pessoalmente, sou médico. No prédio que trabalho, aonde existem inúmeros consultórios, sou um dos pouquíssimos que não traja o jaleco quando adentra prédio adentro (gostaram da aliteração e redundância?) porque simplesmente acho ridículo. Prefiro passar despercebido. Mas gosto é gosto, tem gente que gosta e exibe aquele orgulho idiota. Mas somos, graças a Deus, LIVRES para escolher. Noto que principalmente, as DOUTORAS não abrem mão do jalequinho em todo lugar =D.

  33. Se formos examinar o IP de alguns respondedores aqui, teremos umas “surpresinhas”.
    Por sinal, senhores defensores do uso de jaleco/guarda-pó em qq lugar, queiram fazer o obséquio de me dizer onde clinicam, para eu passar bem longe. Prefiro me consultar com um açougueiro.
    Não é à toa o alto índice de infecções hospitalares. O texto do Átila ilustrou bem o motivo.
    Agora, com licença. Passarei a fazer altos ganhos assaltando médicos e levando embora seus estetoscópios.

  34. Vocês, médicos, não tem nojo do jaleco?
    Sobre a profissão mais antiga do mundo: se esse é o verdadeiro motivo de orgulho, deveríamos dar mais valor as prostitutas.
    Sobre a necessidade de identificação profissional: é válida apenas no local de trabalho, fora dele só serve para ser alvo de assaltantes.
    Sobre o uso do jaleco em outros países: Há 4 meses estou no Canadá. Estou na Universidade de Toronto e as coisas aqui são bem diferentes. “Lab coats” como são chamados por aqui só DEVEM ser usados DENTRO do laboratório, nem no “medicine building” (prédio onde são dados os cursos básicos para alunos de medicina e outras áreas de saúde) as pessoas são autorizadas a circular pelos corredores trajando o lab coat.
    Adiciono também o dia-a-dia que acompanho em um centro médico onde estou estagiando. Lab coat só é trajado DENTRO do laboratório.

  35. Vocês estão falando de jaleco? Fiz estágio em um dos hospitais do INCa. No refeitório era comum ver pessoas almoçando com a roupa do CENTRO CIRÚRGICO! De touca, protetor nos sapatos e tudo! Só penduravam a máscara no pescoço para comer!

  36. Vamos lá, quando bem utilizado e limpo, o jaleco é indispensável. Ou no caso de não querer usar o jaleco, uma rooupa de proteção como usam no exterior. O estetoscópio, nem se fala. Mas só sabe quem é médico a grande valia de um estetoscópio, sim mesmo no metrô. Quem sabe onde se pode salvar vidas?
    Jaleco e estetoscópio sempre! Não a jalecos no refeitório (que é proibido onde eu trabalho), não às mãos sujas e não aos estetoscópios sujos. Vocês tem é que abordar a reeducação sobre a utilização de um equipamento de proteção, e não ficar falando sobre banir coisas indispensáveis. Pfff vocês.

  37. Na net todo mundo é malandro, mas aí chegam dentro do hospital e todo mundo arrega para o médico. Duvido falar para algum professor titular essas coisas.

  38. E, nesse momento, Lorde Lister revira no túmulo ao escutar de seus colegas de profissão que jaleco é mero acessório de identificação profissional. No tempo dele o que identificava um médico era o paletó sujo de sangue e pus… Graças a ele isso mudou, pena que todo mundo esqueceu.

  39. Gab disse tdo. Quando fiz estágio em Clínica (sou formada em Nutrição) em um hospital renomado em BH era comum ter pessoas trajando roupa de CENTRO CIRÚRGICO!! Sabe aquela verde?? Absurdo!!
    Como dito em um comentário, é preciso ter uma LEI pra nego parar de usar jaleco, etc.
    Ps. Nós, como nutricionistas, tb éramos obrigadas a usar jaleco e nem por isso íamos para o refeitório com ele.

  40. Qual o espanto de sair de roupa de centro cirúrgico? Se você soubesse o mínimo de cirurgia, saberia que aquela roupa não é estéril e para operar, a equipe veste um capote estéril que cobre quase o corpo todo…

  41. Essa foto é do Instituto Central do Hospital das Clinicas em SP.
    Sou aluna da medicina USP e tenho aulas nesse prédio toda semana.
    Agora vou articular minha resposta por partes.
    Primeiro, jaleco é sim instrumento de identificação. Em alguns prédios, vc não passa da portaria se não estiver usando um. Mesmo com crachá do HC, sem jaleco a entrada em alguns setores é bastante complicada. O jaleco faz com que a identificação do profissional seja imediata, favorecendo sua circulação rápida por todas as partes de um hospital. Inclusive áreas cujo acesso é bem mais restrito.
    Segundo ponto, imaginem-se na rotina médica, obrigado a vestir o jaleco todo dia. Agora pensem que cada vez que vc for tomar uma aguá ou comer um pão de queijo, vc tenha que trocar de roupa. Calculem quantas vezes vcs tomam um cafezinho por dia. Fica fácil estimar o tempo perdido trocando de roupa pra ir até a lanchonete e depois pra voltar ao consultório. Considerando a rotina atribulada de um hospital, acho pouco provável que qualquer um dos criticos acima faria isso.
    Terceiro, os jalecos são brancos por um motivo. E isso exige lavagem diária dos mesmos, o que os torna muito mais limpos do que vcs estão defendendo.
    Finalmente, a preocupação é a contaminação do jaleco por ele estar sendo usado numa lanchonete? Sinceramente, espero que a comida seja uma das poucas coisas não contaminadas em um hospital. A exposição perigosa é quando há contato com o paciente, esse sim doente e possível fonte de contaminação. Sendo assim, se nos contaminassemos com o paciente (o que aliás é mínimo, sabido por qualquer um que estudou um pouco) o ideal seria a troca de jaleco conjunta com a troca de paciente. O que é inviável e extremamente desnecessário. O jaleco não é fonte de contaminação. Se fosse, os maiores prejudicados por comer de jaleco seriam os próprios médicos, expondo sua comida a esse tipo de risco. E acreditem, isso não acontece.
    Antes da faculdade tinha uma opinião similar a de vcs. Mas só o conhecimento de um hospital e imersão nesse mundo faz com que algumas práticas sejam melhor entendidas.

  42. “Alem disso, o jaleco é parte da indumentária da profissao, do mesmo jeito que os juizes usam sua roupa própria, e até o açougueiro tem sua bata ja conhecida.”
    .
    Você compra carne do açougue em que o açougueiro passeia de bata dentro do ônibus?

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