Mitos do HIV


Recentemente, li algo que me deixou bastante decepcionado. Ainda circulam textos dizendo que o HIV não existe, ou não causa a AIDS, ou que foi criado para exterminar os [insira aqui um grupo socialmente discriminado]. Como resposta, este é o primeiro de três textos que sairão no Papo de Homem explicando como e por que a epidemia do HIV se deu como se deu, e por que as malditas teorias conspiracionistas estão erradas.
Antes de mais nada, não se esqueça: a evolução é muito mais competente e tem bilhões de anos de experiência em criar doenças do que nós.

Uma das maiores falácias sobre o HIV é a idéia de que ele foi criado como uma forma de matar/exterminar algum grupo, principalmente devido ao fato de que os primeiros casos de HIV foram reconhecidos em gays – tanto que por algum tempo a AIDS era chamada de doença gay (ou GRID, Gay Related Disease) – e em seguida em usuários de drogas injetáveis, na Europa e nos EUA.

"A AIDS ainda está circulando", campanha do Quebec, 2003-2004.“A AIDS ainda está circulando”, campanha do Quebec, 2003-2004.

Para completar, os primeiros casos em heterossexuais foram encontrados em imigrantes africanos e haitianos nos mesmos países, outro grupo que não costuma ser bem recebido.
São justamente esses grupos de risco que ajudaram a entender de onde veio o HIV. E são eles que vão mostrar por que o HIV não foi criado artificialmente. Antes de tudo, vamos ver por que os gays criaram as condições ideais para o começo da epidemia. E isso tem tudo a ver com o Twitter e o Facebook.
Dois físicos espanhóis estavam investigando, em 2000, um comportamento intrigante de vírus de computador. Mesmo depois da criação de um antivírus que pode ser baixado e utilizado imediatamente, eles – os mesmos vírus – podiam continuar circulando por meses, até anos. Sem querer, Romualdo Pastor-Satorras e Alessandro Vespigniani criaram um modelo de espalhamento de doenças em redes que acabou explicando como o HIV pode ser transmitido em uma comunidade. Resumindo, eles repararam que uma doença nunca vai morrer, não importa quais sejam as medidas tomadas para reduzir a probabilidade de a sua transmissão entre os indivíduos.

Continue lendo o texto completo lá no Papo de Homem.


One response to “Mitos do HIV”

  1. Muito boa a iniciativa de vocês ! O HIV é um assunto que gera muitos mitos, e como a maioria da população não vai atras da verdade, prefere ouvir os boatos que circulam sobre esse assunto, acaba acreditando na mentira ! OBRIGADO !

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