A exploração do Ártico

Terça-feira, fui acordada com a notícia “Dois pesos, duas medidas” no Blog do Planeta, falando sobre os interesses de grandes nações como o Canadá, a Rússia e os EUA em ocuparem o território do Ártico para explorações minerais, de gás natural e petróleo.
Com o aquecimento global e a redução do gelo na região, tais explorações se tornariam mais fáceis e menos onerosas. Isto significa que, ao invés de se preocuparem em conter as emissões de gases do efeito estufa em suas nações, os governantes estão mais interessados nos lucros que o aquecimento global pode trazer.
Tudo isso me fez lembrar de uma cena em “Uma verdade inconveniente” que um dos slides da apresentação do Prêmio Nobel da Paz 2007, Al Gore, trazia uma balança que de um lado continha muitas barras de ouro e do outro o Planeta Terra. E a discussão era justamente que não há muito o que pensar. Que sem Planeta Terra, de pouco valem as barras de ouro. Para minha surpresa, os governantes estão mesmo escolhendo o lado das barras de ouro!
Hoje, a notícia que me acordou foi uma tradução feita pela UOL de um vídeo promovido pelo Jornal The New York Times (assista aqui ao vídeo em inglês). A notícia “Nova tarefa para a Guarda Costeira em um Oceano Ártico em processo de aquecimento” traz a notícia que a Guarda Costeira Norte-Americana está pensando em construir a primeira base operacional na região, obviamente com o intuito de “controlar as navegações” que, devido ao aquecimento global, começam a ganhar o espaço que antes pertencia ao gelo.
Assistam ao vídeo, leiam a reportagem e tirem suas próprias conclusões. Os interesses econômicos dos EUA na área são claros, já que podem garantir a exploração de minerais, petróleo e gás natural, como já constatado por estudos científicos. É uma pena, mas ainda estamos na fase de que poucos querem ganhar muito dinheiro às custas da exploração e em detrimento de outros.

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