III Conferência Regional sobre Mudanças Climáticas

Esta semana estou participando da III Conferência Regional sobre Mudanças Climáticas: América do Sul. Na sexta feira, escrevo um post mais significativo sobre minhas impressões, mas posso ir dando uma idéia básica do que anda passando pela minha cabeça por enquanto. Começam assim a série de posts das “lições aprendidas na dor”.
“Lições aprendidas na dor I” (DOMINGO): Alguns grandes cientistas brasileiros se emprenharam no campo da política e das políticas públicas. Um avanço para as comunicações entre a ciência e os tomadores de decisão, na minha opinião. Só que quase nada do que dos cientistas dizem é revertido em projetos de lei, ou ações mais concretas. Motivo: sempre o bom e velho dinheiro.
“Lições aprendidas na dor II” (SEGUNDA-FEIRA): Dos 20 modelos trazidos à tona no Quarto Relatório do IPCC publicado este ano, vários mostram cenários completamente distintos para a América do Sul (em alguns modelos vai chover muito na Amazônia, em outros, haverá uma espécie de desertificação, com chuvas concentradas em determinadas épocas do ano e estações secas bem definidas). Trocando em miúdos, quando os modelos são levandos em consideração todos ao mesmo tempo, existem áreas onde ocorre uma compensação (na Amazônia, exemplo dado acima, se somados todos os modelos, com iguais pesos, não acontecerá nada…). Para a tomada de decisão e políticas públicas eficientes seriam necessários modelos regionais, para a América do Sul ou para cada país especificamente. Então porque não fazemos isso? Falta o bom e velho dinheiro.

Discussão - 1 comentário

  1. Claudia Chow disse:

    Paula, a minha pouca experiencia no setor público sempre me diz, o q falta nao é dinheiro, o q falta é vontade política. O q os cientistas e os técnicos dizem nao viram acoes pq nao é interessante politicamente, só isso.Já vi sobrar dinheiro em orçamento...

Envie seu comentário

Seu e-mail não será divulgado. (*) Campos obrigatórios.