Lições aprendidas na dor IV

Do mesmo jeito que simplificamos certas áreas do conhecimento, é de se esperar que simplifiquem a nossa. Quando lidamos com equipes multidisciplinares, é importante que os conhecimentos sejam passados de forma “democrática”, porém não “simplista”. Não fazer isso causa desentendimentos do tipo: “A engenharia genética já desenvolveu espécies que sobrevivam a aumentos de temperatura de até 3ºC” (como se já tivessemos sequenciado o gene do milagre).
Outro problema comum, entre os CIENTISTAS e os ECONOMISTAS é a ausência de “precificação” de certas coisas. Quanto vale (em cifras) a biodiversidade da Amazônia? Quanto custa (em cifras) a manutenção de resevas indígenas?
A ausência de preço (obviamente compreensível) em alguns “produtos” pode trazer sérios problemas, ou seja, pode haver a supervalorização, a subvalorização ou a não-valoração de processos importantíssimos. Aí podemos cair no erro de achar que, com o preço alto da soja e da cana-de-açúcar, ECONOMICAMENTE é melhor derrubar a floresta Amazônica e plantar monoculturas. Cuidado ao conversar com profissionais de outras áreas!

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