Produtos ecologicamente corretos e telhados verdes e brancos

Tenho alguns problemas quando o assunto é “produtos ecologicamente corretos”.
O primeiro deles é o preço. Sim… por diversos motivos, sejam eles por conta de baixa oferta pra muita procura, da dificuldade de produzir um produto “ecologicamente correto”, pela diminuição da produção associada a alguns produtos feitos de maneira sustentável ou por puro modismo, além de uma ou outra razões, o preço dos produtos ecologicamente corretos é sim mais caro – e muitas vezes excessivamente caro, exploratório, eu diria.
O segundo é a troca. Sim… muita gente troca bens por outros bens, mas esses “ecologicamente corretos”, se esquecendo que o consumo é o pior dos mundos quando a causa é ambiental. E o pior, às vezes a troca é bem mal feita. Por exemplo, troca-se um sofá produzido ali, bem na cidade vizinha, por um ecologicamente correto do Congo. E isso acontece com os mais diversos produtos – de batons à lençois de algodão orgânico. E não pára por aí.
O terceiro é a moda. De uma hora para outra os “produtos ecologicamente corretos” viraram moda, e até o que não é de fato ecologicamente correto ganhou uma nova roupagem, em “eco” no nome e “vamo que vamo”. Nem sempre a produção leva em conta fatores como cuidados com os trabalhadores e cuidados com a economia – além do suposto cuidado ambiental. (Já viram um tal refrigerante eco-coisa porque tem chá verde na composição? Esse é um exemplo.)
Todos os produtos ecologicamente corretos são assim? Claro que não! Mas é preciso saber bem e se informar melhor ainda sobre os produtos antes de pensar se é mesmo necessário adquirí-los.
E nessas, de ser bem crítica ao falar sustentabilidade, recebi um convite muito interessante e um mimo para os leitores do Rastro de Carbono. Tratam-se de quatro convites (para mim e três leitores do blog) para twittar, palpitar, avaliar, aplaudir ou vaiar a palestra One Degree Less, vulgo Um grau a menos que será proferida por Thassanee Wanick, presidente do Conselho Deliberativo da ONG GBC Brasil.
View imageA ONG não emite certificação própria de materiais, equipamentos, e serviços sustentáveis mas atua disseminando a cultura do sistema de certificação LEED. Nessa proposta, Wanick falará sobre os tetos verdes e brancos e como a adoção dessa prática simples pode ajudar na diminuição da temperatura média global. Verdade? Mentira? É isso que nós vamos avaliar.
A palestra acontecerá dia 18 de junho, quinta-feira próxima, às 19 horas, na Casa Cor. A palestra é de graça, mas para chegar à palestra, tem que entrar no evento, cujo ingresso custa R$ 35,00 de terça a sexta-feira, e tem outros preços para os outros dias da semana, além, é claro, de um preço promocional para quem quiser visitar mais de uma vez.
A Casa Cor acontece no Casa Hotel – Auditório
Av. Lineu de Paula Machado, 1075
Jockey Club de São Paulo
Eu, claro, vou aproveitar para tentar dar uma olhada nas últimas novidades em decoração e paisagismo “verdes”. Vou, obviamente, prestar bastante atenção nos itens que acho problemáticos em relação aos “produtos ecologicamente corretos”. Vou fotografar e dar pitacos tantos quanto meu tempo deixar.
Quer vir comigo?
Os três leitores que receberão em casa os ingressos para a Casa Cor, diretamente da GWA Comunicação Integrada que faz a divulgação do evento deverão apenas deixar nos comentários a resposta para uma simples pergunta: O que quero saber sobre telhados verdes e brancos? Os comentaristas serão sorteados por mim com ajuda do Random.org e os dados passados para a GWA que será a responsável pela distribuição dos ingressos. Os que infelizmente não puderem nos acompanhar, terão suas perguntas consideradas e algumas respondidas com o auxílio da palestra que assistiremos.
Bora comentar?

Discussão - 4 comentários

  1. Ai ai.. minhas perguntas são tantas...
    Apesar de acreditar muito na ideia dos telhados VERDES (e não dos brancos), acredito que eles são de grande utilidade apenas em se tratando de microclima, e muito pouco funcionais a um nível global. Mas mesmo assim.. os telhados verdes levam em consideração a biodiversidade local para a escolha das plantas, ou levam em conta apenas sua "beleza arquitetônica"?
    Bom.. essa foi a principal duvida que tive quando fiz um post sobre isso no meu blog.
    Ah eu nem to concorrendo não.. moro muiot longe rsrsrs

  2. Rafael disse:

    Hum... você tem razão quanto a isso de febre verde, virou um ideologia boba e logo perde a seriedade que exige. Entretanto, da um baita lucro, talvez sirva para financiar projetos verdes...talvez...
    Na prática mesmo, esse papo todo de verde é só papo, o que vale mesmo é consumo consciente, mas esse é sagrado, só regula para cima. Como você mesma disse: "...consumo é o pior dos mundos quando a causa é ambiental."
    Quanto a esse esquema de pintar a casa de branco. Já li em algum lugar que é bem mais complexo que a cor, envolve materiais e condições climáticas locais. Porém, os prédios que tiveram seus telhados transformados em jardins suspensos tiveram benefícios 'poupáveis' em contas de energia [vide PlanetGreen], além de ser muito bonito.
    Quanto aos convites... tbm estou perto demais para ir, perto do equador! hahaha

  3. ana beatriz marques barbosa disse:

    sabe eu amei o texto de voces e bem legal eu estou fazendo uma feira de ciencias e o meu tema é PRODUTO ECOLOGICAMENTE CORRETOS e seu texto e corretisimo

  4. Jeison Michel disse:

    Acredito que os telhados verdes são bastante eficientes sim, mas ao contrário do que nosso amigo falou mais acima, sobre plantas, eu ainda prefiro os telhados BRANCOS, pois a teoria é muito melhor, pois telhados pintados de branco refletem maior quantidade de luz e absorvem menos calor, fazendo com que a grande parte dos raios que caiem em sua casa sejam mandados de volta ao espaço, em relação aos telhados de plantas, estes já não podem ser utilizados em casas residenciais por exemplo, pois já imaginou você colocar plantas sobre sua casa? Mesmo que sejam apropriadas ao clima, você terá de regar, cuidar, limpar e tudo isso em cima da casa, algo que torna-se pouco acessível. E dependendo das temperaturas, não à planta que resista o dia inteiro no sol.

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