Manifesto Lixo Eletrônico

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O Twitter está bombando esses últimos dias com a divulgação do Manifesto Lixo Eletrônico (acompanhe aqui em tempo real o que se passa por lá).

Tudo isso por que?


  • Porque, vergonhosamente, o Brasil não possui uma política nacional de manejo, destinação, tratamento e reciclagem de resíduos sólidos. Atualmente, tudo vai para o lixão, ou na melhor das hipóteses, para aterros sanitários. [Em São Paulo (região de Perus), por exemplo, há um aterro sanitário que recebe dinheiro pela venda de créditos de carbono – primeiro mundo.]
  • Porque, vergonhosamente, na tentativa de produzir uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, por algum motivo desconhecido da humanidade, os deputados federais desse país retiraram o artigo que falava especificamente sobre logística reversa e reciclagem de lixo eletrônico.

  • Porque os lixos eletrônicos apresentam em sua composição metais pesados como o cádmio, o mercúrio, o chumbo e o lítio, que, na melhor das hipóteses pode causar dores de cabeça infernais e, na pior, pode levar pessoas contaminadas à morte (por câncer, por exemplo).
  • Porque, exemplos do exterior, como os EUA, mostram que os lixos eletrônicos, principalmente computadores e impressoras, são os principais responsáveis pela contaminação por metais pesados dos solos dos aterros sanitários.
  • Porque a reciclagem do lixo eletrônico é cara, e não existem empresas especializadas
    nesse processo. Geralmente, o melhor a se fazer mesmo é desmotar tudo, separar as peças e destinar cada coisa para uma empresa de reciclagem diferente, ou seja, é necessário uma pessoa para desmontar, levar o plástico para quem recicla plástico, as baterias para quem recicla baterias e assim por diante.

As boas notícias dessa história toda é que, se você não sabe o que fazer com o seu computador enquanto a lei de resíduos sólidos não vem, tem quem saiba. Em São Paulo, por exemplo, há o CDI, uma ONG com a missão espetacular de inclusão digital.

O CDI recebe computadores usados e que não tem mais valor para seus doadores, recupera peças, desmonta tudo, monta computadores novos e distribui para quem precisa. As peças que não servem mais ou não tem mais conserto, são enviadas para uma empresa certificada, que se responsabiliza pela destinação do lixo. [Entretanto, não consegui saber que empresa é essa…].
As más notícias são:

  • Atualmente, a maioria do lixo eletrônico acaba mesmo parando em lixões ou são
    exportados para outros países (o que é ilegal, mas acontece).
  • Poucas empresas fabricantes de computadores, impressoras, celulares, cartuchos de tinta, e outros lixos eletrônicos recebem de volta artigos velhos.
  • Já existem computadores verdes, sem metais pesados e que economizam energia elétrica, mas são geralmente mais caros, como tudo o que é verde e orgânico.

Por essas e outras, assine já o Manifesto do Lixo Eletrônico, AQUI e divulgue para amigos e parentes.

Discussão - 3 comentários

  1. Marcelo disse:

    Existem hoje pouquissimas empresas decentes que destinam de forma adequada lix eletronico. Uma delas é a Belmont, Sediada em Campinas - SP. Eles tem sede nos Estados Unidos e tem o processo de reciclagem po refinamento de metais, que recuperam o cobre e outros metais dos matriais eletronicos, retornando estes para a fabricação de novos componentes eletronicos, ou seja, fechando o ciclo de vida do produto.
    Vale a pena conferir.
    Web Site: www.belmont-trading.com.

  2. Ronylson disse:

    Outra empresa séria e que trabalha na área de Gestão de Resíduos é a reciclo metais. A Reciclo faz toda parte de captação, descaracterização, desmontagem e destinação do lixo eletrônico. Tudo dentro das leis brasileiras e das diretrizes internacionais. A Reciclo, bem como seus parceiros internacionais, possui todos os certificados necessários e também ISO 9001 e ISO 14001.
    Se quiser conferir www.reciclometais.com.br

  3. rosilenica disse:

    Esse assunto é seríssimo e deve ser resolvido o mais rápido possível.

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