Uma história de amor. Entre garrafas descartáveis.

Esta semana, visitando o blog Fliperama Tilt, do Carlos Macêdo, assisti esta história de amor super criativa entre duas garrafas descartáveis, que apesar de “apaixonadas” são surpreendidas pelo destino.
Achei sensacional esta idéia, que além de cativante é muito educativa.
Este curta metragem foi produzido pela Catsnake, para a comissão do “Friends of the Earth” uma organização que realiza um trabalho muito interessante em torno das mudanças climáticas, da economia verde e dos recursos naturais.

A Love Story… In Milk from Catsnake on Vimeo.

Não sou fã de histórias românticas, muito menos aquelas que terminam mal, mas este vídeo é super válido e ganhou um lugar no meu coração ranhetinho. 🙂

Sacolas Oxi

Nas minhas últimas visitas ao supermercado deparei-me com a novidade ambiental do momento: as sacolas oxibiodegradáveis. Muito prazer, mas, que raio de sacola é você?
As chamadas sacolas oxibiodegradáveis prometem se decompor em até 18 meses, por uma reação fotoquímica aliada à atuação de microrganismos. Olha que solução genial, então criamos um produto que “se decompõe” em menos tempo e todo mundo pode consumir à vontade, alô empresários espertinhos!
Este tipo de sacola é produzido desde a década de 80 no Brasil e promete minimizar os danos então causados pela sacolas comuns, como: entupimento de bueiros, impermeabilização dos solos e contaminação do lençol freático. Entretanto, recentemente foi publicado na Revista Pesquisa FAPESP um estudo mostrando que um dos tipos de plástico oxibiodegradável que circula em nosso país fragmenta-se em partículas menores, entretanto não é decomposto por microrganismos, condição necessária para que ele possa ser chamado de biodegradável. O que os olhos não vêem o ambiente não sente?
E que raio de país é este que investe em sacolas que degradam mais rápido porque sua população não é educada o suficiente para consumir sacolas comuns conscientemente e dá-las o destino correto?
Ah… educação brasileira, porque sempre nos esbarramos em você quando discutimos nossos problemas ambientais?
Enquanto empresários reúnem soluções milagrosas para o consumo da população e os políticos se engajam nas leis contra as sacolas plásticas, nossa educação ambiental se resume a hortas nas escolas. Lamentável.
Somos inteligentes para aprender a viver com o necessário, sem precisar de alguém dizendo que só os extremos nos salvam. Sinceramente, me sinto humilhada quando alguém diz que não poderei usar sacolinhas plásticas. Minha cabeça processa da seguinte forma: você não consegue aprender a viver com sacolas plásticas, então fique sem. Como uma mãe repreendendo autoritariamente um filho, como uma autoridade qualquer me dizendo: você é desprovido de educação e incapaz.

Ok sacolinhas, a partir de hoje chamarei vocês de Oxi. Nada pessoal.

Mais sobre a pesquisa Fotodegradação e fotoestabilização de blendas e compósitos poliméricos publicada na Edição 152 – Outubro de 2008 na Revista Pesquisa FAPESP

Indico o post do Luiz Bento sobre EcoBags no Discutindo Ecologia

E também o post da Cláudia Chow no Ecodesenvolvimento: A embalagem, o lixo e o ciclo de vida

Desabafo

Como ainda tem gente que joga lixo para fora da janela do carro sem nem ficar vermelha????
Já faz uns dias que venho observando. É latinha (de cerveja), é bituca de cigarro, é papel, embalagem de lanche, de bolacha.
[Grito silencioso]
PQP! Vai emporcalhar a sua casa!
[Fim do grito silencioso]
Fica só o luto. Aqui jaz uma cidade limpa.

Coca-cola

Não é intenção deste post discutir o que eu penso do consumo absurdo de coca-cola, nem dos milhões de latas e garrafas plásticas que vão parar só Deus sabe onde após o consumo, nem dos projetos de sustentabilidade da empresa, nem nada disso. Este post tem uma intenção. Dizer o quanto esses caras são bons de marketing.
Este é um dos vídeos:

Este é o outro, que eu só achei em espanhol, mas dá pra entender tudinho.

E aqui vai a letra da música que é cantada e a sua tradução:
Whatever
Oasis
I’m free to be whatever I
Whatever I choose
And I’ll sing the blues if I want
I’m free to say whatever I
Whatever I like
If it’s wrong or right it’s alright
Always seems to me
You only see what people want you to see
How long’s it gonna be
Before we get on the bus
And cause no fuss
Get a grip on yourself
It don’t cost much
Free to be whatever you
Whatever you say
If it comes my way it’s alright
You’re free to be wherever you
Wherever you please
You can shoot the breeze if you want
It always seems to me
You only see what people want you to see
How long’s it gonna be
Before we get on the bus
And cause no fuss
Get a grip on yourself
It don’t cost much
I’m free to be whatever I
Whatever I choose
And I’ll sing the blues if I want
Here in my mind
You know you might find
Something that you
You thought you once knew
But now it’s all gone
And you know it’s no fun
Yeah I know it’s no fun
Oh, I know it’s no fun
I’m free to be whatever I
Whatever I choose
And I’ll sing the blues if I want
I’m free to be whatever I
Whatever I choose
And I’ll sing the blues if I want
Whatever you do
Whatever you say
Yeah I know it’s alright
Whatever you do
Whatever you say
Yeah I know it’s alright.

Tudo Que
Oasis
Eu sou livre para ser tudo que eu
Tudo que eu escolho
E eu cantarei o Blues se quiser
Eu sou livre para dizer tudo que eu
Tudo que eu gosto
Se está errado ou certo está tudo bem
Sempre me parece
Você só vê o que pessoas querem que você veja
Quanto tempo vai ser assim
Antes de subir no ônibus
E sem causar confusão
Domine a si mesmo
Isso não custa muito
Livre para ser tudo que você
Tudo que você diria
Se trata do meu jeito certo
Você é livre para estar onde quer que você
Onde quer que você queira
Você pode atirar no ar se você quiser
Sempre me parece
Você só vê o que pessoas querem que você veja
Quanto tempo vai ser assim
Antes de subir no ônibus
E sem causar confusão
Domine a si mesmo
Isso não custa muito
Eu sou livre para ser tudo que eu
Tudo que eu escolho
E eu cantarei o Blues se quiser
Aqui na minha mente
Você sabe que pode encontrar
Algo que você
Você pensou que conhecia
Mas agora tudo desapareceu
E você sabe que isso não é divertido
Yeah, Eu sei que isso não é divertido
Oh, Eu sei que isso não é divertido
Eu sou livre para ser tudo que eu
Tudo que eu escolho
E eu cantarei o Blues se quiser
Eu sou livre para ser tudo que eu
Tudo que eu escolho
E eu cantarei o Blues se quiser
Faça o que quiser
Diga o que quiser
Yeah, Eu sei que isso é certo
Faça o que quiser
Diga o que quiser
Yeah, Eu sei que isso é certo

O que você vai fazer amanhã?

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Amanhã é a Hora do Planeta. Eu já discuti sobre esse tema outras vezes aqui, e já dei minha opinião sobre esse movimento.
Amanhã, dia 26 de março de 2011, entre 20:30 e 21:30.
O que você vai fazer?
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Defensivos agrícolas no leite. Materno.

Ouvi uma notícia absurda no Jornal Hoje no começo desta tarde. Amostras de leite materno de 62 mães – e que portanto estavam amamentando na época da coleta – estavam contaminados com agrotóxicos. Algumas mães não tinham um, ou dois, mas SEIS tipos diferentes de agrotóxico no leite que elas estavam dando para seus recém nascidos, inclusive um que tem o uso PROIBIDO há mais de dez anos.

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Fonte da imagem: http://glossariodenoticias.blogspot.com/2010/08/em-homenagem-ao-dia-da-amamentacao-um.html. Crédito: ?

A implicação disso? Não sabemos. Por que? Porque não existem estudos que limitam a quantidade de resíduos de agrotóxicos no leite. Mas, por quê? Acho que porque nunca ninguém tinha imaginado que algo tão absurdo pudesse acontecer. Então os pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso estão comparando esses limites com os estabelecidos para o leite de vaca. Vejam… as vacas não lavam os alimentos antes de comer. E as vacas também podem bioacumular resíduos de agrotóxicos, assim como as mães, no caso de defensivos bioacumulativos. E as vacas respiram o mesmo ar, e bebem praticamente a mesma água que as pessoas. Queria saber como está o leite das vacas de Lucas do Rio Verde, a cidade estudada.
Agora… engraçado é que ninguém sabe de onde esses agrotóxicos estão vindo. Lucas do Rio Verde, é uma grande produtora de grão de soja, que usam agrotóxicos que, segundo os produtores de defensivos agrícolas, passam “por rigorosos processos de” controle, aceitos e certificados por não sei quantos ministérios.
E agora, José? Quem vai investigar esse caso e punir os culpados? E o que será da saúde das mães contaminadas e das crianças amamentadas com o leite? E o direito de amamentação até os dois anos? Como fica? O que o governo tem a dizer? E os produtores de grãos locais? E os médicos? Só ficam dúvidas na cabeça desta pobre bióloga.
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Veja a reportagem do Jornal Hoje AQUI

3º dia em Manaus: Eu, o Porto, os animais selvagens e o Teatro Amazonas

Em nosso terceiro dia na capital do Amazonas, acordamos cedinho (como todos os outros dias) para caminhar até o porto da cidade e então partir para a visita ao encontro das águas. Já havíamos fechado o passeio com uma empresa certificada antes mesmo de viajarmos.
Na calçada do porto encontramos muitos agentes de turismo ilegais. Preços incríveis para visitar o encontro das águas e pegar animais selvagens no colo. Pegar animais selvagens no colo? Naquele momento imaginei uma preguiça na forma de um poodle pulando no meu colo.
Na pressa, ignoramos o tiozão que bradava na calçada e seguimos adentrando o porto.

Como qualquer porto, este recebe todo o lixo jogado às margens do rio em questão, neste caso o Rio Negro.

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Na foto vocês podem observar também as marcações dos maiores níveis já atingidos pelo Rio Negro nas cheias e o nível em que ele se encontra hoje.

Não me lembro quanto tempo levou para enfim chegarmos ao encontro das águas do Rio Negro com o Solimões, mas minha ansiedade diz que demorou. Abaixo uma foto do encontro.

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Elas seguem por aproximadamente 6km sem se misturarem devido a diferença de temperatura e de densidade entre elas.

No encontro, peguei alguns turistas jogando moedinhas na água e fazendo pedidos, dizem que dá sorte. Mas sorte mesmo tem quem mergulha ali em busca de moedas. =D

Na volta, com mais calma, resolvemos parar na calçada do porto e conversar com o guia clandestino que nos abordou, para saber as características do tal passeio imperdível com contato com animais selvagens.

Ele nos disse que a empresa que contratamos não leva para ver o animais e que com ele poderíamos pegar animais como preguiças e cobras por um preço muito melhor. Ah! Ele ressaltou que os animais são domesticados. Oi?

Mais uma vez a preguiça em forma de poodle pulou no meu colo.

É uma covardia gigante prender estes animais em cativeiro para mostrar para turistas sedentos pela vida selvagem! Um absurdo! Não quero uma Preguiça lambendo meu rosto e se fingindo de morta, porque isto não é uma Preguiça!

Ah, mas eles não tem outra alternativa para sustentar suas famílias. A justificativa de que não há outra alternativa para os guias clandestinos é muito descabida. O que eles fazem é crime e coloca em risco a vida selvagem e a vida dos próprios turistas, independente de ser em prol do seu sustento.

Manaus não vive apenas do turismo (pelo contrário), mas este o caminho mais rentável, saca?

Agora daremos um salto, um salto para a noite! Ah… a noite Manauara!

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A praça do Teatro Amazonas se transforma numa praça de cidade do interior, um lugar ótimo para passear com a família, para namorar e comer comidinhas gostosas! Tem até atrações culturais!
Sensacional!

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No dia seguinte fizemos uma visita guiada ao interior do Teatro, ele é simplesmente esplêndido! O terrível é pensar que em 1896 era uma construção no meio do nada. Vocês conseguem imaginar de onde veio o dinheiro e a mão de obra para construção desta obra? Yes baby, trabalho escravo e suor das seringueiras, vulgo látex. Tudo isso para ter a França em plena Floresta Amazônica. No teto do teatro há uma homenagem a Paris, a Torre Eiffel vista debaixo.

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Esta viagem foi cheia de detalhes, tenho certeza que não consegui passar a metade do que vivemos nestes quatro dias. Por isso, convido vocês a visitarem o blog do fotógrafo Rodrigo Baleia, da National Geographic, que conhecemos nesta viagem. Lá vocês vão encontrar muito mais a respeito deste paraíso chamado Amazônia e fotos maravilhosamente belas. Ao contrário das minhas.

Convido vocês também a visitarem Manaus, vocês vão se apaixonar e com certeza, assim como eu, vão querer voltar correndo para os braços da floresta.

Postado por: Thanuci

2º dia em Manaus: Presidente Figueiredo

 Em nosso segundo dia em Manaus, saímos da cidade bem cedo para visitar Presidente Figueiredo, que fica a 107Km da capital e é conhecida como a Terra da Cachoeiras e do Cupuaçú.

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Nossa primeira visita foi à Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Cachoeira da Onça, reserva que abriga a Cachoeira da Onça, batizada assim por um famoso curandeiro da região quando avistou pela primeira vez uma Onça Pintada às suas margens.
 
A cachoeira fica a 3Km do início da Trilha do Tauarí e a caminhada por ali é muito tranquila, há poucas raízes no caminho e o trajeto é plano, facilitando a caminhada de sedentárias como eu.

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 Naquele dia fomos as primeiras a percorrer aquele trajeto e no meio do caminho fomos surpreendidas pela pegada de outro visitante (ou morador):

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Vocês arriscariam palpitar de quem seria esta pegada? Eu particularmente não quis pensar nisto enquanto ainda estava na trilha, um procedimento pertinente eu diria, para quem de cara percebeu que era grande demais para ser de um cachorro ou de um gato.
 
Eis que chegamos à cachoeira! Um lugar maravilhoso que toda a família pode visitar, porque o poço é relativamente raso e as corredeiras abaixo da cachoeira são tranquilas. Mas todo cuidado é pouco quando se trata das pedras escorregadias, afinal a Floresta Amazônica é muito úmida e os musgos A D O R A M.

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E falando em musgos, gostaria de pedir aos visitantes que não escrevessem nas pedras da cachoeira porque os microrganismos que vivem ali são removidos mecânicamente quando você resolve deixar sua marca. Por mais pequenos que sejam, eles estão presentes e fazem uma falta danada para aqueles que tem neste substrato seu principal alimento.
  A trilha do Tauarí é uma ótima pedida para quem deseja aprender mais sobre as árvores da Amazônia, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) realizou um excelente trabalho identificando algumas espécies de árvores ao longo da trilha.
 
Deixando a Cachoeira da Onça para trás, seguimos em direção às corredeiras do Rio Urubuí, um local muito visitado pelos moradores da região.
 
Lá aconteceram alguns eventos que descreverei resumidamente: apertei meu dedo na porta do carro, desci as corredeiras a bordo de uma boia, bebi uma quantidade considerável de água do rio, perdi a ternura e fui embora. Mas o lugar é lindo, basta ser um poquinho mais esperto que eu que dará tudo certo. Dica: desça as corredeiras com a boca fechada. A foto abaixo indica o que você não deve fazer.

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Depois do episódio constrangedor seguimos para a RPPN Reserva Ecológica Cachoeira do Santuário, um lugar maravilhoso!
 
Devido a época chuvosa na Amazônia, os níveis da cachoeira estão mais altos e isto aumenta sua beleza na mesma proporção em que aumenta os riscos de acidentes. Portanto, nesta época não é recomendado se aproximar da queda d’água, principalmente com crianças. Uma queda desta cachoeira só pode resultar em duas coisas: morte ou vários ossos quebrados. Não dê trabalho!
 
Abaixo uma foto da cachoeira nesta época de cheias:

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  Depois da visita a Presidente Figueiredo, voltamos a Manaus, exaustas, mas ainda ansiosas para curtir a noite na praça do Teatro Amazonas, um lugar extremamente agradável e aconchegante nas noites dos fins de semana.
 
No nosso terceiro dia na cidade, contarei mais a respeito da praça, do Teatro e das atrações gratuitas promovidas ali.

Algumas informações importantes:
Entrada para a Cachoeira da Onça: R$10,00
Entrada para a Cachoeira Santuário: R$ 10,00
Entrada para as Corredeiras do Urubuí: Grátis

Postado por: Thanuci

1º dia em Manaus: A Capital

Esta foi a viagem mais distante que já fiz em toda minha vida. Nunca havia percorrido mais que 700Km para chegar ao meu destino e chegar até a Amazônia me parecia surreal comparado às minhas experiências turísticas. Foram 7 horas de “viagem” com escala em Brasília para enfim chegarmos a Manaus.

Fiz esta viagem esperando encontrar uma cidade grande como São Paulo, aquela correria toda, pessoas pra lá e pra cá apressadas, engarrafamentos, um grande centro comercial.
Mas Manaus não é apenas assim, a situação lá é um tanto quanto mais complicada e delicada por se tratar de um ponto muito procurado por turistas. Isso traz muitos benefícios para a população local, mas o trabalho ilegal também existe.

Encontrei uma cidade imensa, com ruas lotadas como uma boa metrópole, mas com certo descaso quanto à sinalização e tamanho das ruas, dos pontos de ônibus e das placas de trânsito. Lendo o jornal da cidade percebi que os acidentes de trânsito são problemas graves da capital.

No nosso primeiro dia, precisávamos sair do centro e chegar até o Bosque da Ciência, mantido pelo INPA, que fica a aproximadamente 14Km do local onde estavámos hospedadas. Infelizmente as placas dos pontos de ônibus não apresentavam informações corretas sobre as linhas que circulavam ali e segundo o morador para o qual pedimos informações, se fôssemos pelas placas não chegaríamos a lugar algum. Uma pena.

Então, depois de um parto para encontrarmos o ônibus e 40min de viagem pela cidade para chegar em nosso destino, finalmente encontramos o bosque. Quando entramos no local, vi as ariranhas, os peixes-boi, nos perdemos dentro do parque e fomos embora pela primeira saída que encontramos, já que não havia nenhuma pessoa que pudesse nos ajudar a ver mais alguma coisa. Sempre soube que o trabalho do INPA é sensacional, mas não foi dessa vez que consegui bater um papo com eles, talvez o dia e horário não fossem propícios.

Na volta do passeio no parque fiquei impressionada com a quantidade de ruínas pela cidade. Casarões antigos pichados com barcos abandonados “estacionados” na sua garagem, muito lixo nas calçadas e crianças “trabalhando” como guias turísticos e motoristas de barcos como forma de reabilitação para usuários de drogas. Reabilitação? Foi muito triste ver as crianças trabalhando de forma ilegal em prol do seu sustento.

Manaus será uma das cidades que abrigará jogos da copa do mundo e um novo estádio está sendo construído na cidade. Mas e o resto?

Considero Manaus as portas para a Amazônia, mas para o turista que a visita se motivar a descobrir o que há por trás daquela selva de pedras, muita coisa tem que mudar.

No próximo post contarei as belezas de Manaus e da região, então vocês saberão porque vale a pena visitá-las e porque já estou com vontade de voltar!

Postado por: Thanuci

Conhecendo a Amazônia

Este mês meu orientador me deu a oportunidade que eu esperava há muito:
conhecer a Amazônia.

Viajarei com mais duas colegas de laboratório para Manaus e passearemos
pela região para conhecer suas reservas naturais e produzir um software
sobre turismo ecológico e respeito ao meio ambiente. Ele meu deu uma
viagem de trabalho, eu sei, mas é a viagem de trabalho que eu queria!
Além disso, eu já produzi muitos materiais didáticos na minha graduação e
realmente gosto do que faço, então, o trabalho é o de menos.
Adoro passeios e trilhas (exceto aquelas que não condizem com minha
realidade sedentária) e como sei que muita gente também gostaria de
conhecer a Amazônia, farei uma espécie de diário de bordo aqui no RdC,
contando minhas experiências no Amazonas e falando um pouco mais sobre o
bioma Amazônia, aquela imensidão altamente diversa que nem uma vida
seria suficiente para desvendar tanto mistério e beleza! Não é à toa que
atrai tantos olhares, cobiçosos ou não.
E falando em beleza amazônica, minha maior expectativa nesta viagem é
poder ver as ariranhas em seu habitat natural, com toda a sua ternura
(nem tanta ternura assim) e seu charme.

ariranha.jpg

A floresta Amazônica ocupa hoje uma área de aproximadamente 5,5
milhões de km2 e está contida na bacia Amazônica, a qual ocupa 7 milhões
de km2 abrangendo 9 países: Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia,
Venezuela, República da Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
A vegetação da região é composta por árvores altas, de folhas largas e
copas fechadas, proporcionando sombra e dificultando a proliferação de
espécies reasteiras.
O clima é quente e úmido devido a proximidade com a linha do Equador, e a
região apresenta apenas duas estações definidas: o inverno seco e o
verão chuvoso.
Vamos deixar a geografia para o parágrafo e acima e dar uma olhada nas
nossas expectativas turísticas:

Conhecer o Bosque
da Ciência
, mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (INPA). Este bosque foi criado no projeto de Difusão Científica
e de Educação Ambiental do instituto para proporcionar uma nova opção
de lazer e divulgação de ciências para os moradores de Manaus e
turistas como nós.

bosque.JPG

Conhecer o Teatro Amazonas, o segundo maior teatro da Amazônia
inaugurado em 1896 no auge do Ciclo da Borracha.

teatro.jpg

Visitar o encontro das águas, onde as águas barrentas do Rio
Solimões se encontram com as águas escuras do Rio Negro e seguem sem se
misturarem por mais de 6 km devido às diferenças de densidade e
temperatura dessas águas.

aguas.jpg

Conhecer Presidente Figueiredo, cidade que abriga a usina de
Balbina e é conhecida como “a cidade das cachoeiras” por possuir mais de
100 cachoeiras em seu território. Além disso, a cidade se destaca na
produção de Cupuaçú, um fruto de polpa ácida que movimenta a economia da
cidade.

cachoeira2.jpg
Deixarei para contar mais detalhes quando estiver lá, aguardem! 😉

Post escrito por: Thanuci