Com dinheiro e saúde não se brinca.

Em notícia recente, foi divulgado que uma nova droga está funcionando muito bem para o tratamento de câncer, reduzindo em até 75% o tamanho dos tumores em apenas 3 semanas. O que mais chama atenção na noticia, porém, é o fato de que alguém está vendendo esta droga pela Internet. E se ela funciona, qual o problema de comercializá-la, não é mesmo? O problema é que ela ainda não foi testada em humanos!

Não vou discutir a droga em questão na notícia, mas quem trabalha com pesquisa em câncer sabe que existem mil-e-uma substâncias e/ou técnicas que podem reduzir tumores nessa proporção. Mas isto em ratos. Mexer com gente complica um pouco as coisas. Ratos e humanos têm diferenças que não podem ser esquecidas. Primeiro que suas fisiologias não são idênticas, ou seja, o que funciona em um pode não funcionar no outro. Aliás, pode funcionar bem mal. Segundo que homens têm algo que os ratos não têm: advogados. Pessoas que em seu desespero compram um medicamento pela Internet sem a opinião de um médico podem ser as mesmas que processarão uma industria farmacêutica, caso seu antiinflamatório lhes cause um enfarte (caso que ocorreu com o Vioxx).

Um medicamento, para chegar às farmácias, tem que passar por testes e mais testes. São os chamados testes clínicos. Inicialmente uma droga nova é testada em ratos, depois em macacos e aí então se parte para humanos. Começam os testes com no máximo 100 pessoas, não para ver se a droga funciona, mas para ver se a droga não tem nenhum efeito colateral. Acompanha-se de perto os pacientes por um bom tempo até se ter certeza que está tudo bem. Então se passa para mais 1000 pessoas. Ainda aqui o objetivo não é testar a eficiência da droga, mas sim a sua segurança. Após o acompanhamento destes pacientes é que se passa para a outra etapa com mais umas 10 mil pessoas, quando será avaliada a segurança e a eficácia da substância.

Todo esse esforço, tempo e dinheiro se justificam, pois é a segurança dos doentes/consumidores que está em jogo. Além, é claro, da segurança financeira das industrias farmacêuticas. E todos sabem que com dinheiro e saúde não se brinca.
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2 comentários em “Com dinheiro e saúde não se brinca.”

  1. Ratos não tem advogados? Vai se f*der, que tipo de comentário é esse? Hahahahahahahaha.

  2. só um acoisa fafa....cê acha mesmo que é em ratos primeiro??? rsdepois que assisti o jardineiro fiel vi que os ratos estão de boa....rsmulequepavored ed edafffffweeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee

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