Parece que resolveu-se este problema da experimentação animal no Rio de Janeiro de uma forma simples: constatando que não havia problema! Alguém talvez desavisado da importância do assunto esqueceu de grampear na papelada os anexos que diziam que a proibição vale EXCETO para fins científicos!
Então melhor esquecer o fato, águas passadas.
Mas se tudo não passou de um mal-entendido, como interpretar as ações do vereador Cavalcanti, preponente do projeto de lei, que já uma outra vez tentou proibir o uso de animais em pesquisa? E as alegações de sua mulher, chefe de seu gabinete e ex-secretária de Proteção e Defesa dos Animais Maria Lúcia Frota: “A nossa plataforma política é a defesa dos direitos dos animais, que devem ser tratados como sujeitos de direito e não apenas como coisas. A intenção da lei foi abranger qualquer tipo de maus-tratos contra esses seres. Pesquisas com animais estão obsoletas e podem ser substituídas por outros recursos”?
Não. Não podemos esquecer. Foi uma lei no Rio de Janeiro, vai que alguém tem a brilhate idéia de leva-la até Brasília...?
Toda a questão sobre os direitos dos animais envolve muita carga emocional que pode tanto mover as pessoas a não comer carne, estudar o assunto, apoiar mainfestções entre outros o que é positivo, mas pode também idealizar e romantizar a visão da pessoa de modo que interfira no julgamento crítico sobre a questão. Como nesse caso que pra ela a visão romântica faz ela generalizar como obsoleta toda forma de experimentação.Marco Varella - Biólogo