Ambiente social e cultural, ou genética? Qual decide nosso destino?

Ambiente social e cultural, ou genética? Qual decide nosso destino?
Casos e mais casos sugerem a influência dos dois. Como eles interagem ainda permanece um mistério. Afinal, como a dieta de uma larva de abelha pode definir se ela será uma operária ou uma rainha? Como o ambiente social pode “neutralizar” o efeito de um gene, deixando alguém mais ou menos violento?
É difícil pensar nas nossas ações, decisões e personalidades sendo moldadas por genes. Mas não é tão difícil imaginar que o exemplo dos pais pode moldar a personalidade de uma criança. Afinal, o exemplo paterno está na mesma classe de eventos que a formação da personalidade infantil: a psicológica. O gene está ligado só a doenças, ao corpo diretamente. E se tudo isto estiver interligado?
Isso leva a uma pergunta antiga: a mente está ligada ao corpo? Os bons e velhos cartesianos achavam que não. E por muito tempo esta foi a visão mais aceita pelo mundo. Hoje em dia, estudos de fisiologia, psiquiatria, psicologia, neurociências, têm mostrado a ligação direta entre o corpo e a mente.
Muitas de nossas ações são moduladas por hormônios e neurotransmissores, que são todas proteínas, e as proteínas são feitas por genes. Uma das grandes perguntas que se faz hoje em dia é esta, já feita acima, mas aqui generalizada: como o ambiente pode interagir com nossas proteínas e influenciar nosso comportamento?
Prometo trazer toda informação possível para esclarecê-lo, caro leitor. Porque eu faço isto? Não sei. Talvez minhas proteínas precisem do seu reconhecimento. E isto talvez só Freud explique!

8 comentários em “Ambiente social e cultural, ou genética? Qual decide nosso destino?”

  1. Caro Rafael, heheestava eu pensando nisso estes dias...estou cada vez mais convencido de q somos conjuntos de moléculas, muitas delas proteínas, em solução aquosa, capaz de interagir, e levando ao q chamamos de sentir e até mesmo de ser.o ambiente influencia, com maior ou menor poder, estas interações e portanto quem sou eu. Exemplinho meia boca: uns copos de breja.depois tudo volta ao "normal", talvez por uma questão de entropia.e me pergunto então se realmente sentimos, se interagimos, ou é só uma questão de energia em movimento mesmoreducionista demais né...vou continuar pensando um bom tempoabraço do xod

  2. As pessoas devem se "encaixar" em papéis de acordo com a sua personalidade, vontade, características e talentos natos. Claro, e dinheiro. Deve ser uma mistura de tudo isso.

  3. Nossa, esse seu último parágrafo foi totalmente "Gene Egoísta" (Dawkins, prá quem não sabe).Abraço!!!

  4. Gabriel, desculpe se nao fui claro na piada, mas o contra-ponto do determinismo genético no começo da frase é a necessidade da explicação do Freud no fim. Certo?

  5. Putz...Já estava no segundo parágrafo dum artigo sobre genética vs. ambiente.Vou publicar só mês que vem agora para não dizerem que estou imitando.

  6. Herdamos filogeneticamente a capacidade de nos adaptar ao meio ambiente, e fazemos isso através do copmortamento: cada vez que o ambiente se altera, aprendemos a nos comportar de acordo com essa alteração, favorecendo nossa sobrevivência. Deste modo, somos capazes de aprender onde e como conseguir alimento, sexo, interação social, enfim, tudo o que nos traz prazer, assim como aprendemos a evitar aquilo que nos é aversivo.Em cada ambiente, comportamentos mais adaptados são selecionados (ontogênese) e mantidos em nosso repertório do mesmo modo que a seleção natural seleciona os seres vivos atraves das gerações (filogênese).Recomendo a leitura de "Ciência e Comportamento Humano" de B. F. Skinner para um maior aprofundamento! 😉

  7. Na década de 90 li uma matéria que fazia referência a uma pesquisa realizada com irmãos gêmeos que foram separados logo após o nascimento e adotados por famílias diferentes, sendo que os irmãos desconheciam a existência uns dos outros. A pesquisa comprovou a influência genética no destinos deles, porém nem todo futuro foi determinado pela genética. A genética teve forte influência nas profissões - por exemplo um irmão era mecânico de carros e outro fazia manutenção de aviões. Outro fato de forte influência genética era o nome dos conjuges e o número de filhos. Porém a genética não teve nenhuma influência na escolha de suas religiões. Enfim, concluiu-se que cerca de 80% do destino teve influência genética, o restante foi determinado pelo meio social. Não sou geneticista ou biólogo, não entendo bosta nenhuma do assunto, mas sei que Deus, quando fêz o homem, já determinou grande parte do seu destino. Agora, não cabe ao geneticista brincar de ser Deus. Perigo! Basta observar os diversos problemas que a humanidade começa a enfrentar devido a poluição genética causada por OGMs.

  8. Na década de 90 li uma matéria que fazia referência a uma pesquisa realizada com irmãos gêmeos que foram separados logo após o nascimento e adotados por famílias diferentes, sendo que os irmãos desconheciam a existência uns dos outros. A pesquisa comprovou a influência genética no destinos deles, porém nem todo futuro foi determinado pela genética. A genética teve forte influência nas profissões - por exemplo um irmão era mecânico de carros e outro fazia manutenção de aviões. Outro fato de forte influência genética era o nome dos conjuges e o número de filhos. Porém a genética não teve nenhuma influência na escolha de suas religiões. Enfim, concluiu-se que cerca de 80% do destino teve influência genética, o restante foi determinado pelo meio social. Não sou geneticista ou biólogo, não entendo bosta nenhuma do assunto, mas sei que Deus, quando fêz o homem, já determinou grande parte do seu destino. Agora, não cabe ao geneticista brincar de ser Deus. Perigo! Basta observar os diversos problemas que a humanidade começa a enfrentar devido a poluição genética causada por OGMs.

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