PlayStation 3 a serviço da ciência

PS3 com mil e uma utilidades

Isso que é trabalho! Você numa sala com 12 Playstation 3 em rede! Pena que sem nenhum joystick ou jogo.
Pra que tanto PS3? Cálculo, meu amigo. Muitos cálculos.
Quando você quer analisar muitas informações ao mesmo tempo, um só processador não agüenta. Daí você junta mais um, e mais um, e mais outro, até que eles agüentem fazer todos os cálculos num tempo hábil.
É para isso que a pesquisadora Monica Pickholz da UNICAMP usa as máquinas tão desejadas pela molecada (de 10 a 40 anos): calcular a interação de anestésicos locais com membranas biológicas.
Disse ela ao G1:
“São muito mais estáveis que qualquer cluster [aglomerado de PCs] com que já trabalhei”, diz Monica. Os videogames funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana. Só pararam uma vez, quando “acabou a força e o gerador não funcionou”. Durante todo o tempo, os videogames fazem cálculos para simular dinâmicas de comportamento entre átomos.
E saíram mais barato, claro. Afinal, esse é o único argumento que realmente convenceria o órgão financiador a comprar umas belezinhas dessas.
Interessante como o mercado define áreas a serem desenvolvidas. Desenvolver poder de processamento para a área de pesquisa? Não. Jogos é que dão mais retorno.
O mesmo acontece com o repasse posterior de tecnologia militar para usos pacíficos. Desde o avião, até o microondas e o teflon. Todos eram usados militarmente antes de terem suas aplicações no dia a dia.

3 comentários em “PlayStation 3 a serviço da ciência”

  1. Sensacional! O Play 3 realmente tem um poder de processamento único, quando comparado com qualquer outro videogame. Se não me engano, ele tem 7 processadores internos.
    E aposto que a prof. Mônica, de vez em quando, dá uma jogadinha depois do expediente!

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