Enchentes até na capa da Science

capa science.gifGente, tá tudo alagando. Alagou São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, suas ruas, avenidas e casas. Alagou até a capa da revista Science desta semana!

Ok, não tem nada a ver com Brasil, ou excesso de chuvas, mas sim com furacões. Esta foto é de Pinar del Rio, em Cuba, após o furacão Ike.

ResearchBlogging.org

Mas dá pra prever as consequencias do aquecimento? E as nossas enchentes?

Estudos usando modelagem matemática mostraram que a tendência com o aquecimento global é que os furacões diminuam mas fiquem mais fortes, causando mais estragos do que causam hoje

modelo furacão.gif

Mas muita calma nessa hora, porque os próprios pesquisadores afirmam que os modelos não são definitivos.
O que estes caras fizeram foi unir várias projeções de condições climáticas para o fim do século 21 (a projeção é que vai aquecer), e colocar esses dados num modelo de formação de furacões. Tudo isso calculado para o Atlântico Norte.

O resultado é: menos tufões só que mais fortes. Calcula-se um aumento dos prejuísos de 30% comparando com a média atual.

Agora mais um momento “Muita Calma Nessa Hora”: As enchentes destes meses no Brasil não podem ser ligadas diretamente a aquecimento global. Qualquer um que disser isso está se precipitando (sim, a televisão e os jornais se precipitam e erram, vcs não sabem o quanto). Não tem como dizer num curto período de tempo, em eventos isolados, o que causou o que.

Prever o clima deve ser a coisa mais difícil de se fazer. Afinal é muita variável! É como dizem: dependendo das condições, até o bater de asas de uma borboleta pode gerar uma enchente na marginal Tietê.

  • Artigo (para assinantes):

Modeled Impact of Anthropogenic Warming on the Frequency of Intense Atlantic Hurricanes

Bender, M., Knutson, T., Tuleya, R., Sirutis, J., Vecchi, G., Garner, S., & Held, I. (2010). Modeled Impact of Anthropogenic Warming on the Frequency of Intense Atlantic Hurricanes Science, 327 (5964), 454-458 DOI: 10.1126/science.1180568

2 comentários em “Enchentes até na capa da Science”

  1. E a conta vai para...
    Em 2008, Gilberto Kassab reelegeu-se com fama de bom administrador. O rótulo foi muito propagado por neoconservadores de partidos “progressistas” como o PPS da subprefeita Soninha. A mentira tinha três utilidades: a) era argumento objetivo para justificar a proximidade com o DEM (PFL) de César Maia, ACM Neto, José Roberto Arruda e, digamos, Hildebrando Paschoal; b) neutralizava a única esperança de Marta Suplicy contornar sua rejeição pessoal e c) contrapunha os boatos sobre a suposta homossexualidade de Kassab com um discurso “do bem”, construtivo.
    Hoje os defensores daquele “novo destaque da polícia nacional” desapareceram, embriagados de antilulismo boboca. A imprensa esgoela-se para blindar José Serra, que dirige a única administração com recursos e estrutura suficientes para resolver os problemas das enchentes, e cujo partido teve quase vinte anos para fazê-lo.
    Como não se pode culpar indefinidamente as chuvas por tamanho desgoverno, alguém precisará assumir o papel de bode expiatório quando as desculpas meteorológicas parecerem idiotas demais. A imolação de Kassab ajudará também a configurar os arranjos eleitorais convenientes para os planos de Serra em 2010. Nada que ele já não soubesse na época em que o prefeito era um craque da administração pública.

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