RICARDO MIOTO
Folha.com
Na briga contra organizações de direitos dos animais que querem acabar com pesquisas envolvendo cobaias, cientistas e governo criaram uma campanha publicitária tentando convencer a opinião pública da importância desses estudos.
A partir da próxima quarta-feira, serão feitas inserções na televisão, no rádio e em jornais e revistas.
Os anúncios têm dois motes. Um é que “quase todos os medicamentos e vacinas são resultado de pesquisas com animais de laboratório”, salvando muitas vidas. O outro é que, depois da Lei Arouca, aprovada em 2008 para regular o uso de cobaias, nenhum animal deixa de ser tratado com “ética e dignidade”.
A iniciativa já recebeu R$ 1 milhão, diz Marcelo Morales, biólogo da UFRJ e um dos responsáveis pela campanha. O dinheiro vem do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e do Ministério da Ciência e Tecnologia. E o valor pode aumentar.
Entrem no site para ouvir uma das campanhas.
É importante este tipo de ação, claro. Mas o modo como ela vai ser feita acho que só vai servir para levantar a bola para os ativistas cortarem.
Porque a campanha não tem apelo (considerando que só este estilo de propaganda vai ser feita), é chata mesmo, e vai servir só para levantar a discussão e é aí que os ativistas radicais vão aproveitar para usar todo apelo emocional que está do lado deles.
Ou seja, o tiro pode sair pela culatra.
Para mais sobre direito animal, veja:
Acho que é uma minoria que defende os direitos dos animais com forte base de conhecimento filosófico ético e biológico. A maioria dos ativista se move por apelo emocional, atribuindo uma TdM (teoria da mente) exagerada à seres que tem uma construção biológica e cognitiva diferenciada, geralmente exaltando à capacidade de volição, intencionalidade e qualia desses cérebros.
É uma campanha válida se não for muito agressiva, porque, como falei acima, eles se motivam por emoções e dissonâncias cognitivas.
A empatia para com os animais é uma capacidade elevada, de alto valor ético utilitário, correlacionada diretamente com posicionamentos éticos consistentes. Porém, muitas dessas pessoas desenvolvem essa capacidade de maneira falha. É depositado valor maior, ou melhor, atenção, à condição dos animais, sem perceber que um esforço muito maior deve ser feito para que, primeiramente, O HOMEM TENHA EMPATIA PELO PRÓPRIO HOMEM. Sendo assim, figura-se inútil, quiça patológico, um esforço tão emotivo em direção à empatia com animais dentro de uma sociedade que ainda cria milhares de sociopatas humanos para com humanos.
Sem falar contra-producente, um esforço às vezes exagerado, um movimento de empatia para com animais sendo que quase metade da população quase goza de prazer com a psicologia da cinta e do medo, criando gente disfuncional e sociopática. Que bom seria ver todos esses ativistas pedindo uma reforma do sistema penal e carcerário brasileiro, reforma na educação, contra trabalho escravo no campo (acharam um cativeiro aqui no meu Estado).
Talk to me about being retardado e não percebendo problemas mais urgentes.
Engraçado que a empatia desse pessoal é só com os coelhinhos e ratinhos. Ninguém se importa com lagartos feios ou baratas nojentas.
AIUiAUIA
Mais uma vez é criada a linha de combate animal não humano x animal humano.
Quem defende os direitos dos animais não humanos estão(estão?), segundo os que não vê direito da vida animal, contra os direitos do homem.
Vêm cá, já não está na hora do debate sair de tamanha mesquinhez? Uma vez que discutir os direitos animais é discutir os direitos humanos INEVITAVELMENTE, pois ALÉM DO FATO do homem ser um animal, a discussão se origina apartir dos humanos, pois a relação de coisificar parte dos humanos, não só para com animais, como também para outros humanos.
E a relação de coisificação com relação de outros humanos não pode ser se não em porcesso democrático, dando voz e ferramentas do pensamento contemporaneo para as classes excluidas e oprimidas...
Até quando vamos ficar presos na linha de batalha animal x homem.
Lutar pelos direitos animais É lutar pelos direitos humanos uma vez que o Homem é um animal. Não estão dissociados. E o que se luta é por um reconhecimento dos DIREITOS que cada animal tem pela sua vida, e não na execução de medidas que eliminem por completo qualquer ação que vá contra esses direitos.
As formas de exploração humana que nossa sociedade demoniza já é reconhecida por lei, trabalho escravo, prostuição e abuso infantil... o que se pede é a regulamentação por lei da inclusão dos abusos animais. Mas é também preciso reformular toda uma sociedade pois a exploração se dá de diversas maneiras, onde nossa sociedade se estrutura coisificando seu próprio povo e levando a margem das ferramentas do pensar e agir sociedade e em sociedade, do construir o saber da sociedade.
Mas é preciso sim reconhecer que a consciência e a existência de um mundo, o saber e pensar, não só existe nos animais humanos, e que, portanto, os animais não humanos devem ser privados ao máximo possível dos sofrimentos que aumejamos serem privados.
Esse povo é apenas massa de manobra de falsas ONGs, elas fazem esses protestos pra aparecer e recebem doação de gente descerebrada e endinheirada q naum tem ânimo pra levantar a bunda da cadeira.
Os dirigentes lucram, botam uns malucos pra ir lá protestar, e sabem q naum vão resultar em nada.
Mais o debate tem q tar aberto coa sociedade, da mesma forma q deve ter debate sobre aborto, droga, etc. Talvez fosse mais efetivo o governo abrir um site pra debate, igual fez no culturadigital.br, só q sem mandar spam pra quem registrar claro.
Tentar convencer o povo de forma unilateral sem ter espaço pra debate naum adianta mesmo. Só chama mais atenção pro tema e abre espaço pros vegans lucrar mais ainda coa evidência, acaba funcionando como comercial grátis pra eles, e de quebra eles ainda dizem q tal campanha é uma vitória pq "os cientistas" estão se sentindo ameaçados e "logo logo eles vão perder, é só intensificar as campanhas e as doações".