Você é gamer e não aguenta mais ouvir reclamações sobre o seu
Para isso, basta participar do projeto Folding@Home, idealizado pela Universidade Stanford.
Lançado em Outubro de 2000, tem como objetivo simular o enovelamento de proteínas e compreender como elas atingem sua estrutura tridimensional de modo tão rápido e, ainda assim, bastante confiável.
As proteínas, como sabemos, são fundamentais à vida. A queratina, por exemplo, é uma proteína importante de nossas unhas e cabelos, os anticorpos que garantem nossa defesa contra infecções são proteínas e só conseguimos respirar oxigênio de modo eficiente porque outra proteína, a hemoglobina, se encarrega de transportar e trocar oxigênio e gás carbônico em nosso corpo.
Exemplificando apenas uma fração de suas funções é fácil entender sua importância e imaginar que, caso ocorra algum defeito em determinada proteína, problemas podem surgir. É o que acontece nas doenças da vaca-louca (chamada, na verdade, de Encefalopatia Espongiforme Bovina), de Alzheimer, Parkinson e muitas outras. Entender como cada proteína adquire sua forma é fundamental para a comprenssão e talvez até para o tratamento de um grande número de doenças.
O problema
Para se pesquisar o enovelamento dessas moléculas são necessários computadores muito potentes caros. Além disso, é um processo bastante demorado. Apesar de algumas proteínas serem “montadas” em um milésimo de segundo, uma simulação de computador é muito complexa.
Um dia de computação é suficiente para simular 1 nanosegundo (um milionésimo de segundo), mas como o enovelamento ocorre aproximadamente em 10 microsegundos, ou seja, 10 mil nanosegundos. Nesse ritmo, a simulação acima demoraria algo em torno de 10 mil dias… mas quem tem 30 anos para esperar pelo resultado de um experimento?
A solução
É aqui que entra o Folding@Home e você, da sua casa, pode contribuir: para se dimunir esse tempo de espera absurdo é preciso “apelar” para algo chamado dinâmica distribuída.
O grupo do projeto desenvolveu algoritmos que dividem o trabalho de simulação por múltiplos processadores. Cada participante do projeto que descarrega o software do Folding@Home em seu computador/PS3 conecta seu hardware a um supercomputador virtual encarregado de rodar esses processos!
Veja abaixo um dos resultados gerados na dinâmica molecular feita no projeto. Não parece, mas o pequeno vídeo abaixo é resultado de meses (pelo menos) de trabalho:
Abaixo, um vídeo hilário que ensina donos de sonho de consumo PlayStation 3 a participarem:
A página principal do projeto é http://folding.stanford.edu/English/Main, conheça mais e faça parte dessa grande iniciativa!
Há, só pq eu comentei no reader do Kentaro sobre esse jogo 🙂 No jogo de dobramento de RNA que acabaram de lançar seguiram a receita dele direitinho. Dá uma olhada na entrevista com o autor (do folding):
http://www.microbeworld.org/index.php?option=com_content&view=article&id=767:mts58-david-baker-crowdsourcing-biology&catid=37:meet-the-scientist&Itemid=155
Gabriel, você tem ps3? Se sim, qual o seu psn id? =D
Na verdade existe um game real de enovelamento de proteínas: o Foldit.
O projeto tem fins científicos e o desenvolvimento até rendeu paper na Nature, publicado este ano. ( http://www.nature.com/nature/journal/v466/n7307/abs/nature09304.html )
Na época baixei o jogo pra experimentar e achei um porre! Não conseguiram criar algo muito atraente. Prefiro mesmo os jogos do PS3..
Fala Rinzler, tudo bem?
Infelizmente - ou felizmente, se for pensar no meu doutorado - não tenho nenhum dos consoles de última geração, game só no PC mesmo.
Abraço!