Uma amiga minha, Rubia, me mandou este texto que mostra um inconformismo parecido com o que eu senti quando fiquei sabendo, nas palavras dela, que ” 51% dos norte-americanos não acredita na evolução darwiniana e eles dizem isso na maior cara-de-pau”. Absurdo né? Farei os meus comentários depois, talvez em outro post, mas agora veja o que ela tem a dizer sobre isso.
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Esta semana eu estava fazendo as leituras obrigatórias para uma disciplina que curso como ouvinte no Departamento de Comunicação da Universidade de Cornell. O tema é o debate sobre o ensino da teoria da evolução versus design inteligente (D.I.) nas escolas norte-americanas. Vale ressaltar neste ponto que sou formada em ciências biológicas e que acredito na evolução tanto quanto acredito na lei da gravidade.
Enquanto lia, visualizava os adeptos do D.I. como uma minoria caipira do tipo que vai fazer compras no supermercado vestindo a cueca por fora da calça. A cavalo.
Estava cansada de ler e as três gurias com quem eu moro estavam conversando sobre as aulas da semana, então resolvi aproveitar a pausa para falar do tema da minha aula. Falei por uns 3 minutos sobre as leituras e li em voz alta uma ou outra frase de uma entrevista que dizia que Darwin era o responsável pela difusão do ateísmo no mundo. Tudo com bastante sarcasmo e ironia, pois achei que estava falando de algo bastante óbvio. Uma delas então me perguntou o que eu achava da evolução. Não entendi a pergunta e ela repetiu, “você acredita na evolução? Acha que é verdade?” Ainda confusa com a pergunta (dãh!) respondi que sim, e com bastante medo praticamente sussurrei: “você…não?”
ATENÇÃO – OS PRÓXIMOS PARÁGRAFOS PODEM CAUSAR ARRITMIA, CONFUSÃO MENTAL E TAQUICARDIA
Ela com a cara mais lavada me diz que não. E uma por uma, as outras três (tínhamos uma visitante) confirmaram que “também não acreditam na evolução”. E pasmem, também não acreditam na teoria do Big Bang.
Eu simplesmente não sabia o que dizer, estava horrorizada. Chocada. Triste. Com pena do Darwin. Para os desavisados como eu, saibam que algo entre 48% e 51% dos norte-americanos não acredita na evolução darwiniana e eles dizem isso na maior cara-de-pau, sem o menor medo de ser feliz. Aqui é normal.
A entrevista da qual eu falei foi feita em 2009 com o Jonathan Wells, um Doutor em biologia celular e molecular pela Universidade da Califórnia (ele também é Doutor em estudos religiosos pela Universidade de Yale). Selecionei dois trechos particularmente interessantes, a entrevista na íntegra pode ser encontrada aqui:
Entrevistador: “Este ano é o bicentenário de Darwin. O que você poderia dizer
que é um bom resumo, hoje em dia, dos seus escritos sobre evolução?”
JW: “Por quê não celebramos o centenário de Mendel nos anos 1920, ou o
tricentenário de Newton nos anos 1940? Ambos foram grandes cientistas.”
Pausa: Hein?! O que tem a ver o c….
Prosseguindo:
JW: “Darwin não é celebrado por suas contribuições científicas, mas porque sua
teoria se tornou o mito criador do ateísmo.”Outro trecho peculiar:
JW: “(…) dados do projeto genoma estão revelando grandes inconsistências no
argumento Darwiniano de que todos os organismos compartilham um ancestral
comum, e que ninguém nunca observou a origem de uma nova espécie – muito
menos a origem de novos órgãos – por variação e seleção. Por outro lado, a
evidência para o design inteligente está aumentando. Mais cedo ou mais tarde,
evidência vencerá.”
O que não sai da minha cabeça é: como uma pessoa que passou por um doutorado em biologia celular e molecular pode ser anti-Darwin? Mais ainda, com uma quantidade irrefutável de evidências científicas e de consenso quanto à teoria da evolução, como é possível que de cada 2 norte-americanos, só 1 acredite nela?
Para Chris Mooney e Matthew Nisbet, a polêmica tem raízes religiosas mas grande parte da culpa é da mídia. Eles afirmam em um artigo intitulado “Undoing Darwin” (ou “Desfazendo Darwin”) que quando a evolução sai do campo científico e entra no campo político e jurídico, ela deixa de ser coberta por jornalistas com conhecimento científico para navegar entre páginas sobre política e opinião, e também nos jornais televisivos. Todos esses contextos, cada um ao seu modo, tendem a retirar a ênfase na forte evidência científica em favor da evolução para dar credibilidade à ideia de que há uma crescente controvérsia sobre a ciência evolutiva, e assim a mídia está cumprindo o seu papel e cobrindo “os dois lados” do tópico. Eles afirmam categoricamente que esta prática “pode ser politicamente conveniente, mas é falsa”.
O Estado é laico mas mesmo assim temos referencias religiosas no dinheiro, nas escolas, na política com o caso escandaloso do pastor Feliciano como presidente da Comissão de Direitos Humanos. É o verdadeiro samba do crioulo doido.
Algo semelhante acontece com o caso das mudanças climáticas e aquecimento global. Ao tentar veicular ambos os lados do debate de maneira “imparcial”, a mídia retrata de maneira bastante desproporcional a opinião partilhada pela maioria dos cientistas quando dedica o mesmo tempo no ar (ou o mesmo espaço na mídia impressa) para os céticos. Dá nisso, o público fica confuso e a ignorância se espalha feito fogo no milharal.
@rubiagaissler é doutoranda em ambiente e sociedade e estuda as relações entre mídia e ambiente. Seu blog, Ciência Sapiens, pode ser visto aqui: rubiagaissler.wordpress.com.
UPDATE: continue lendo sobre este assunto no próximo post:
Se a sua fé precisa de embasamento científico é porque está fazendo alguma coisa errada
Pois é Rúbia e Rafael, triste mesmo. Acho que uma poderosa raiz para o problema é chamarmos de TEORIA da evolução, como se fosse possível aplicar o termo "teoria" para a gravidade por exemplo...
Quanto aos argumentos do J Wells, são em muito baseados na síndrome da argumentação de autoridade (é um cientista? então o que ele fala deve ser verdade!)... qualquer aluno de segundo grau com um resquício de pensamento crítico refutaria um argumento idiota de que nunca presenciamos uma mudança genética causada pela seleção natural.
Bastariam dois instrumentos: [1] um calendário anual e outro em escala de milhões de anos (talvez esse não funcione para um criacionista que acredita que tudo surgiu ha uns 6 mil anos), ou [2] apresentar para o sr. JW um pastor alemão e um chiuaua (assim que escreve?).
Meu sogro costuma dizer que a ignorância vai acabar com o mundo bem antes do aquecimento global... acho que ele está certo.
Acreditando ou não na teoria da evolução ( sim, é preciso acreditar ou não, pois é apenas uma teoria!) uma verdade há que ser lembrada: A maioria dos ditos "cientistas" andam de costas para o futuro, guiando-se apenas pelos conhecimentos do passado.
Pasteur cruzou com uma dezena deles e não foi sem luta que conseguiu provar a existência dos microorganismos.
Abram suas mentes, existe o caminho do meio.
Oi, Rubia! Essa questão do "outro lado", quando se trata de informação científica, é bem complicada. Eu cheguei a blogar sobre isso quando ainda estava no estadão: http://blogs.estadao.com.br/carlos-orsi/2010/05/26/jornalismo-ciencia-e-o-mito-do-outro-lado/?doing_wp_cron=1363810219.5933260917663574218750
O BRASIL DO SINCRETISMO:
O jornal Folha de S.Paulo publicou, no dia 2 de abril, os dados da pesquisa Datafolha que revelam o que o povo brasileiro pensa sobre a origem da humanidade. Para 59% dos 4.158 entrevistados, "os seres humanos se desenvolveram ao longo de milhões de anos a partir de formas menos evoluídas de vida, mas com Deus guiando esse processo de evolução". Uma parcela menor (25%) acredita que "Deus criou os seres humanos de uma só vez praticamente do jeito que são hoje, em algum momento nos últimos dez mil anos". Apenas 8% acreditam que "os seres humanos se desenvolveram ao longo de milhões de anos a partir de formas menos evoluídas de vida, mas sem a participação de Deus nesse processo". (fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/brasileiros-acreditam-em-deus-e-em-darwin)
Depois que eu vi livro didático de Ciência chamando astrologia de ciência, mas uma "ciência diferente", não se pode dizer mais nada.
Se o colégio de seu filho usa a coleção Akpalô, TIRE-O DE LÁ IMEDIATAMENTE!
Quer dizer que na sua opinião só deviam ser divulgados os coneitos "certos" (ou seja, os seus)?
Estranha essa sua visão de "método científico" e de "democracia".
Biólogos falam tanto de seleção natural, mas querem proteger suas teorias preferidas da concorrência com competidores supostamente muito mais fracos. Deve haver algo de muito errado aí.
* * *
Bom, eu tmbém não acredito na teoria da evolução nem mesmo na teoria do big bang, veja minha linha de raciocío começando do big bang:
Qualquer matéria orgânica não suportaria um calor muito intenso, será que uma bactéria ou uma célula orgânica suportaria uma temperatura elevada como a do sol? Sabemos que qualquer energia produz calor, como uma célula conseguiria suportar um calor imenso, ou radiação produzida por uma explosão como a da teoria big bang que deveria ter energia trilhões de vezes maior do que a nossa estrela do sistema solar? Sabemos que uma matéria inorgânica não se transforma em algo orgânico, uma pedra daqui milhões de anos continuará sendo uma pedra, nunca irá se transformar em um sapo, por exemplo. Por uma hipótese uma célula super poderosa revestida de um material impenetrável possa ter sobrevivido e mantida intácta no nosso planeta a milhões de anos atrás e ter formado o ecosistema de todo nosso planeta, qual a possibilidade de existir um planeta autosustentável? Mesmo os cientistas dizendo que o universo é infinito, coisa que ninguém pode afirmar, afinal ninguém saiu desse sistema e não exergou a mais de 14 bilhões de anos luz, qual a probabilidade de existir um planeta igual ao nosso com a distância correta do sol, com um satélite que proporciona estabilidade, com 4 estações distintas que ajudam na existência com a órbita perfeita, inclinação certa, uma camada de gás protetora que envolve a atmosfera, campo magnético, e gravidade, entre outros? Quase 0, possivelmente apenas o nosso planeta poderia sustentar e manter alguma forma de vida. Imagina como poderia qualquer célula, bactéria ou outra forma de vida criar um ecosistema ideal? E imaginaremos que tudo isso poderia ter ocorrido, coisa que é difícil de acreditar, e foram formados todos os animais, vegetais por evolução. Apenas uma raça no processo evolutivo se distinguiu e formou-se assim o homo-sapiens, e as outras simplesmente não tiveram essa capacidade, se nossos decendentes criaram inteligência, em milhôes de anos outra espécie não poderia ter criado também?
Vamos nos concentrar agora na evolução em si. Já foram feitas análises e experiências que tentaram de forma artificial produzir NOVAS espécies, o que não foi possível. Wolf-Ekkehard L´onnig, cientista do Instituto Max Planckde Melhoramento Genetico em Plantas depois de muitos anos de estudo com plantas e animais chegou a conclusão que espécies geneticamente definidas têm limites que não podem ser anulados ou ultrapassados por mutações acidentais. Mutações não podem produzir espécies novas.
E a seleção natural? A Seleção natural pode ajudar as espécies a se adaptarem às variações de sua existência, mas não se cria nada novo. De acordo com o registro fóossil, todos os principais grupos de animais
surgiram de repente e permaneceram praticamente inalterados.
Vamos à conclusão, será que realmente a vida veio de um processo evolutivo, com início com a explosão do big bang? Poderia responder a essas perguntas? Se não me responder e dizer apenas que devemos ter fé na ciência, prefiro depositar minha fé am alguém que não tem os erros, as artimanhas, a ganância de querer ser mais inteligente, o esgoísmo, o materialismo humano. Ou simplesmente me chame de ignorante e que os religiosos são a parte burra dos seres humanos. Pelo menos não sou eu que tenho cérebro de macaco!
sem mais....
http://www.youtube.com/watch?v=HWgEp3vl_5U
Acho interessante tanta gente falar desse cara e sempre mandar videos em que ele nunca dá um exemplo concreto. Sempre esse relativismo, sempre falando que já leu de tudo, e tá todo mundo achando que é certo quando tá todo mundo errado. Esse relativismo deve ser muito confortável.
A qualidade da divulgacao da ciencia pode ajudar as novas(e velhas) mentalidades a preocuparem-se com a verdade e nao se confundir com boatos mesmo que espectacular- como acontece nos novos meios media
Como Rafael e Rubia sabem em ingles temos imensa quantidade/qualidade de toda a informacao. Maior trabalho de equipa entre os bloger/divulgadores poderia fazer-se mais commenos esforco.
A wikipedia em portugues/espanhol tem muito menos materia que ingles. Mas se todas as universidades latinas dessem um dia de esforco por ano de cada aluno o quenao conseguiamos- ainda mais com maioria de populacao que quase nada fala ingles «a maior discriminacao e mais pernicosa» nao perceber devido a lingua.
Rafael, eu vi você comentando o outro post sobre o vídeo que o rapaz mandou, mas veja bem. O estudo da biologia, ou qualquer outra ciência, deveria se concentrar mais em realizar pesquisas e melhorar o que já temos hoje, pois está claro que as teorias evolutistas têm muitos erros, fundamentos sem base, não há provas que isso realmente ocorreu, se não há provas, nem conceitos concretos, não há ciência. Não há nexo discutir sobre esse assunto. Vou ser bem claro, dizer que a evolução ocorreu é ser ignorante, pois estão desconsiderando vários outros fatores. Considere primeiramente a mente humana, considere a psicologia humana. Uma pessoa é capaz de tudo, as pessoas buscam status, buscam fama, buscam dinheiro, criamos uma sociedade em que as pessoas que condordam com esses termos evolucionistas são mais inteligentes, tem uma capacidade melhor, as pessoas que buscam uma solução na ciência, simplificadamente são mais "evoluidas" mentalmente, esse conceito tornou-se popular, e as pessoas usam disso para dizer-se ser melhor que as outras. Mas não é assim, a ciência tem que obter uma base de estudo, a ciência se baseia em lógica, se não for assim, você e todos os biólogos estão simplesmente se equivocando em publicar assuntos desse tipo na mídia.
É estranho, ver que tanto ateus quanto Cristãos vem tão veementemente defender suas teorias ou fé, fico triste em ver que futuros cientistas são tão preconceituosos com outras opiniões, diferentes das deles, sou mais o estilo dos filósofos gregos(não sei se foi Sócrates), melhor crer e não haver Deus, do que não crer e existir um Deus, além de que matematicamente é impossível que apenas uma célula tenha variado, formando esta biosfera tão variável, fora os animais que ainda não foram pesquisados, a teoria é só teoria se não for comprovada assim como a fé. Experimenta enumerar qualquer coisa até 10, por num saco e tirar as 10 em sequencia interrupta, pra ver se da certo, agora veja só na natureza se dá!!!!
Grande abraço à todos, e meu desejo de que todos nós sejamos mais como Einstein que levou a ciência junto com sua religiosidade, façamos o mesmo e respeitemos a opinião alheia.
Danilo,
Você está certo em que as células que conhecemos não suportariam o calor. Está certo em argumentar com isso que células não poderiam estar no momento do Big Bang.
Mas sua conclusão de que com isso se refuta o Big Bang está equivocada.
Quando astrofísicos medem a luz das galáxias, observam que a maioria delas apresentam o chamado desvio para o vermelho (redshift): a luz emitida por elas estão mais longas do que deveriam ser. E, mais, quando esse desvio para o vermelho é plotado contra a distância das galáxias, as mais distantes apresentam maior desvio. Esse desvio ocorre quando uma fonte de luz está se movendo em relação ao observador - se a fonte se aproxima, o desvio é para o azul (as ondas ficam mais curtas), quando se afastam, o desvio é para o vermelho. (É o correspondente do efeito Doppler para fenômenos luminosos.) A conclusão é que a maioria das galáxias estão se afastando uma das outras - já que não há motivo para se imaginar que a nossa galáxia seja o centro do universo. Oras, se estão se afastando, no passado devem ter estado mais próximos. E mais ainda quanto mais recuamos no tempo.
A partir disso criou-se a hipótese do Big Bang: o universo observável hoje, em um passado remoto (que calculamos hoje como sendo em torno de 13,8 bilhões de anos atrás), esteve concentrado em um ponto minúsculo. Mas não é apenas células que não poderia existir ali, nem mesmo estrelas, nem mesmo átomos - as temperaturas eram altas demais para isso. A matéria comum - nos instantes após o que podemos chamar de tempo 0 - estaria toda em forma de partículas subatômicas: a chamada sopa de quarks (em que haveriam também elétrons, fótons e outras partículas menos familiares).
Se esse modelo estiver correto, então, à medida em que o universo se expandia e se resfriava, em algum momento, os quarks se reuniram em prótons e nêutrons, que se reuniram em núcleos atômicos e, quando a temperatura caiu mais, os elétrons foram capturados pelos núcleos atômicos (basicamente de hidrogênio e hélio - algum traço de lítio). Quando elétrons de um plasma se unem a núcleos, luz é liberada.
Então, se a hipótese do Big Bang estiver correta, deveríamos ser capazes de captar parte dessa luz. Mas como o universo se expande e se resfria, essa luz deve estar bem alongada em relação ao comprimento de onda original - na faixa das micro-ondas.
Ocorre que, quando os radioastrônomos apontam seus instrumentos para o céu, não importa para que direção, recebem um sinal fraco na faixa das micro-ondas. Estrelas e galáxias são fontes pontuais e localizadas, não podem ser a fonte desse sinal.
A impossibilidade da existência de células nessa época não é um problema para a hipótese do Big Bang, porque ninguém diz que os organismos existiam desde essa época. Eles surgiram em algum momento - provavelmente bilhões de anos após o Big Bang - em algum ponto do universo - provavelmente a vida na Terra se originou aqui mesmo.
Não é verdade que uma pedra sempre será uma pedra. Grande parte do cálcio que está em seus ossos, em algum momento, estiveram em uma pedra. O processo de intemperismo (ação de agentes físicos, químicos e biológicos sobre as rochas) degradam e transformam os minerais, a erosão remove o material e o transporta para outros lugares. Minerais dissolvidos são transportados para rios e mares. Esses minerais podem ser incorporados por plantas e micro-organismos e passam para os predadores.
Parte desse ciclo é acelerado pelos humanos quando exploram minas de fosfatos para produção de fertilizantes. Fosfatos de pedras vão parar nas plantas e nas pessoas que comem essas plantas e animais que se alimentam dessas plantas.
Mas isso atualmente. No passado, não havia vida. Mas havia chuvas, ventos... As rochas sempre se transformaram - em outras rochas, em minerais dissolvidos...
Em algum momento a vida surgiu. Como a ciência não trabalha com o sobrenatural, a hipótese é que se deu a abiogênese primordial. Provavelmente um processo que não foi instantâneo, mas rápido em termos geológicos: há sinais de vida seguramente em rochas de 2 bilhões de anos, talvez em rochas de 3,5 bilhões de anos.
[]s,
Roberto Takata
Eu também já me surpreendi com muitas coisas nos EUA. Para entender,comece constantando que no High School as disciplinas de ciências, incluindo matemática, física, química e biologia não são obrigatórias como no Brasil. Uma pessoa pode muito bem terminar o High School sem estudar biologia. Um outro ponto ainda é o alto valor do conceito de liberdade - o Americano tem liberdade, inclusive para ser ignorante e mesmo assim terá uma qualidade de vida, no sentido material, muito boa.
Danilo,
Obrigado por comentar, mas você precisa se aprofundar mais no estudo desses temas. A evolução tem toneladas de evidencias. Claro que nao podemos voltar no tempo e fazer experimentos que provem a nossa evolução humana, mas podemos fazer experimentos hoje e analisar depois, como foi feito inumeras vezes. Temos muitas provas. Dizer que nao as temos é mentir, e ignorar esses fatos é a real ignorância. Mas os fatos podem ser interpretados como quiser, isso pode ser discutido. Também não está totalmente completa, mas está muito longe de ser mentira. É o melhor modelo que a LÓGICA nos permitiu montar. Nada é mais lógico até hoje nesse tema da evolução da vida.
Veja o comentário do Takata ao seu outro comentário. Veja como há falhas importantes no seu conhecimento. Mas continue buscando com a gente.
Olá a todos!
Penso que o calor das discussões prova duas coisas: a relevância dos assuntos, e a inconsistência dos argumentos não-científicos.
Ninguém deve ser obrigado a abandonar suas crenças; mas estas por sua vez não podem servir de argumento para refutar evidências. Evidências e argumentos lógicos só podem ser eventualmente refutados por outras evidências e argumentos lógicos em contrário.
Realmente, quem pretende questionar a teoria do Big Bang por moléculas não suportarem o calor, por exemplo, precisa ser apresentado a mais informação sobre o Big Bang, inclusive a de que ele teria sido a própria origem do tempo e do espaço, que a matéria como a conhecemos não existia, e que as leis físicas hoje investigadas se constituíram na medida em que tempo, espaço e matéria se fizeram. Assim, não faz sentido perguntar o que havia antes, se o conceito de "antes" só surgiu com o próprio Big Bang...
Há uma teoria concorrente do Big Bang, que sugere o nosso universo tridimensional atual não ter surgido da singularidade em um ponto infinitesimal, mas sim da colisão de dois brana-versos quadridimensionais há aproximadamente 14 bilhões de anos; e que, no futuro, ao contrário do Big Rip (expansão do universo até que a matéria e a energia sejam totalmente dissipadas), pode haver outra colisão, dando origem a um novo universo, mesmo sem a necessidade de um Big Crunch (encolhimento do universo até um novo ponto de singularidade). Não sei o que vocês acham disso...
Comparar a Evolução com a Gravitação não é forçar a barra por parte dos cientistas: assim como a Gravitação de Newton não resolvia todas as questões que envolviam gravitação na observação do universo, também a Evolução de Darwin não resolve todas as questões que envolvem formas de vida na observação da vida na Terra. Entretanto, tenho a impressão de que a Gravitação foi aceita com mais facilidade por ser verificável por experimentos de curta duração, enquanto que a Evolução depende da observação atenta de evidências espalhadas pelo mundo ao longo de milhões de anos. Talvez, para explicar uma variedade maior de fenômenos, a Teoria da Evolução dependa do equivalente ao que foi a Teoria Geral da Relatividade para a Gravitação.
A maioria das formas de vida que conhecemos surgiu nos últimos 70 milhões de anos - se alguém quiser chamar isso de "de repente", fique à vontade; mas isso não faz com que tal escala de "de repente" seja incapaz de fazer surgirem formas complexas e bastante diferentes entre si!
Se a crença de um cientista se mostrar inconsistente com evidências ou com a lógica, tal cientista deve abandonar essa crença, em prol de outra - assim se faz a Ciência: ela é aberta. Se alguém discorda, investigue, até ser possível abraçar de modo coerente uma ou outra ideia! Entretanto, não se pode simplesmente usar uma crença para criticar teorias científicas, seja ou não o indivíduo um cientista. Isto é, crer não resolve questão alguma: é possível crer enquanto se investiga; mas é a investigação que encontra respostas, e não a crença. Contentar-se com aquilo em que se crê, e abandonar as investigações, isto sim seria das as costas ao futuro!
Na medida em que se acelera o progresso científico e tecnológico, a tendência é que aumente cada vez mais o abismo entre crenças e teorias. Isso é um problema com implicações práticas reais, e bastante sério! Penso que, ao invés de estarmos caminhando na direção de encontrar o "caminho do meio", convergindo pontos de vista, estamos presenciando a Ciência cada vez mais pondo em xeque crenças não-científicas, fortemente embasadas na emoção, e às quais as pessoas dificilmente renunciam.
O conf'lito é inevitável - resta saber o que nossa tão apregoada "inteligência" fará com ele...
Já há alguns anos tenho uma frase como verdadeira: a Ciência não explica tudo; mas a ausência de Ciência não explica nada.
Rubia, sobre a teoria da evolução segundo Darwin, recomendo fortemente que você leia a origem das espécies. Darwin não trata de início da vida, mas sim da diversificação dela. Big-Bang e Evolução não estão relacionados. Crer no Big-Bang é ter fé. Não vejo problema nisso, desde que você não me fale que isso é ciência. Não é porque a gente cresce ouvindo uma coisa que tal coisa é verdade. Leia um pouco sobre o que vários bioquímicos (mesmo os ateus) falam sobre Big-Bang e evolução. Do ponto de visto bioquímico, o surgimento da vida tal qual é apontado se torna impossível... Enfim, não se espante por pessoas contestarem ambas teorias, pois a ciência caminha assim. São raras as verdades absolutas no meio científico, e essas duas teorias com certeza não são verdades absolutas.
Henrique Zotarelli
Mestrando em Ciências Biológicas
Uma frase do último comentário me deixou ligeiramente confusa:
'Do ponto de vista bioquímico, o surgimento da vida tal qual é apontado se torna impossível…'
Detalhes, plisss... alguém?
C. ; )
só esses americanos para serem tão contra a evolução. O que há de errado com eles para repudiarem tanto? bando de puritanos expulsos da Inglaterra....
Errado, não existem evidências da evolução dos evolucionistas. Todas as evidências mostram os seres vivos se transformam ao longo do tempo, mas isso não é a mesma coisa que "evolução". Espécies não evoluem, por definição. Só indivíduos evoluem. Evolução nada mais é do que um tipo de transformação de uma coisa em outra coisa, como, por exemplo, a transformação da lagarta numa borboleta. Acontece que jamais foi observado uma espécie se transformando em outra, e isso sequer pode ser observado.Ademais, a explosão do cambriano contraria o darwinismo. A "árvore da vida" está mais para gramado.
Video para a analise e debate......(quem puder responda as perguntas do entrevistador) obviamente despojando-se de fundamentalismos ou parcialidades evolucionistas.
https://www.youtube.com/watch?v=JDvi2defQEM