A Mente Crédula
A mente crédula […] experimenta um grande prazer em acreditar em coisas estranhas, e quanto mais estranhas forem, mais facilmente serão aceitas; mas nunca leva em consideração as coisas simples e plausíveis, pois todo mundo pode acreditar nelas.
Samuel Butler, Characters (1667-9)
[A] mágica, devemos lembrar, é uma arte que requer colaboração entre o artista e seu público.
E. M. Butler, The myth of the magus (1948)
A compreensão humana não é um exame desinteressado, mas recebe infusões da vontade e dos afetos; disso se originam ciências que podem ser chamadas “ciências conforme a nossa vontade”. Pois um homem acredita mais facilmente no que gostaria que fosse verdade. Assim, ele rejeita coisas difíceis pela impaciência de pesquisar; coisas sensatas, porque diminuem a esperança; as coisas mais profundas da natureza, por superstição; a luz da experiência, por arrogância e orgulho; coisas que não são comumente aceitas, por deferência à opinião do vulgo. Em suma, inúmeras são as maneiras, e às vezes imperceptíveis, pelas quais os afetos colorem e contaminam o entendimento.
Francis Bacon, Novum organon (1620)
Não é o bastante ver que um jardim é bonito sem ter que acreditar também que há fadas escondidas nele?
Douglas Adams (1952-2001)
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