Pessoas com tetraplegia conseguem controlar braço robótico pela mente
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Pela primeira vez em 15 anos, Cathy Hutchinson foi capaz de tomar novamente o seu café matinal por conta própria, embora ela ainda não tenha recuperado o movimento pleno das pernas ou dos braços. O que permitiu este feito foi o uso das tecnologias mais avançadas atualmente de interface entre o cérebro e as máquinas. Cathy usou apenas o seu pensamento para controlar um braço robótico capaz de pegar o copo e levá-lo até a sua boca. O vídeo acima mostra Cathy manuseando o braço e o relato dos cientistas envolvidos no projeto.
Esta foi a primeira demonstração que indivíduos com tetraplegia de longa data podem ser capazes de manusear um braço robótico a partir dos sinais neurais emitidos por uma região específica do seu cérebro, relacionados à sua atividade mental. Esta grande realização foi relatada em um artigo na revista Nature esta semana. No estudo, duas pessoas com tetraplegia de longa data e sem treinamento prévio foram capazes de realizar com sucesso movimentos tridimensionais com um braço robótico.
Um pequeno aparelho implantado em seus cérebros permitiu medir a atividade neural de uma pequena parte do córtex motor, uma região do cérebro relacionada ao controle motor voluntário. Estas informações foram decodificadas em comandos eletrônicos de movimento para o braço robótico realizar. Apesar dos movimentos com o braço robótico ainda serem lentos e não tão eficazes quanto gostaríamos, este estudo demonstrou na prática o potencial desta tecnologia para futuros desenvolvimento que permitam o uso de próteses robóticas por parte de indivíduos com tetraplagia.
Imagine como deve ser voltar a andar ou a manusear objetos depois de ficar anos impedido de realizar qualquer movimento complexo com as pernas ou os braços. É este sonho que ganhou mais força nesta semana com este incrível avanço científico, e se depender do empenho de cientistas como estes ao redor do mundo e como o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, talvez esta possibilidade não esteja tão distante.
Referências:
Hochberg, L., Bacher, D., Jarosiewicz, B., Masse, N., Simeral, J., Vogel, J., Haddadin, S., Liu, J., Cash, S., van der Smagt, P., & Donoghue, J. (2012). Reach and grasp by people with tetraplegia using a neurally controlled robotic arm. Nature, 485 (7398), 372-375 DOI: 10.1038/nature11076
Discussão - 2 comentários
LINDO !
=)