SynbioBrasil na Campus Party 2013 e no Grok Podcast!

Autores Colaboradores: Cauã Westmann e João Molino

No dia 29 de janeiro fomos convidados para participar do evento Campus Party, no Parque Anhembi, SP, “o maior acontecimento tecnológico do mundo” segundo o site (discutiremos isso mais tarde…)! Criada há 16 anos na Espanha, ela atrai anualmente geeks, nerds, empreendedores, gamers, cientistas e muitos outros grupos criativos que se reúnem para acompanhar centenas de atividades sobre Inovação, Ciência, Cultura e Entretenimento Digital. O evento tem duração de 5 dias e um espaço para acampamento que reuniu cerca de 8.000 “campuseiros” em barracas.

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Mesa com o Carlos Hotta e o Mateus Lopes na Campus Party – as pessoas por trás do começo do SynbioBrasil.

Nosso grupo foi convidado para participar de uma apresentação na sessão da Galileu (sim, a mesma da revista!), apresentando a Biologia Sintética de forma sucinta e comparando-a com alguns aspectos operacionais da computação, buscando aproximar o público com a área. Os palestrantes foram o professor doutor da USP Carlos Hotta (IQ-USP) e o PhD em biotecnologia Mateus Schreiner Garcez Lopes (Brasken), dois grandes ponta de lança da Biologia Sintética no Brasil que fizeram um ótimo trabalho!
Bom, a apresentação ocorreu somente às 15h45min e como chegamos bem cedo, tivemos tempo suficiente para passear por muitos stands e apresentações no local. Grandes empresas patrocinaram o evento e marcaram sua presença por ali como Microsoft, Intel, IBM, Nvidia, Petrobrás, Vivo, Sebrae entre outras. Vimos centenas de computadores tunados, temáticos (veja a foto da CPU mafiosa) e com configurações de hardware extraordinariamente potentes; impressoras 3D e alas inteiras dedicadas a gamers. Entretanto, apesar dos 76 mil metros quadrados de área disponível do Parque Anhembi e do grande montante de investimentos envolvidos, o evento deixou muito a desejar…

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Não, não é uma máquina de doces do Scarface. É um CPU.

Primeira grande pisada de bola: não havia uma rede de Wi-fi livre! É difícil de acreditar que um evento voltado para inovação e tecnologia não forneça conexões sem fio abertas. Pois bem, só estavam disponibilizados cabos para conectar o computador à rede, mas  em uma era na qual tablets e outros portáteis são cada vez mais comuns, a ausência do Wi-fi prejudicou bastante nossas atividade e, principalmente, cobertura do evento! O Synbio Brasil que não pôde twittar nada durante o evento em decorrência disso. #chateado

Segundo, o espaço foi subutilizado. Grandes áreas eram destinadas a computadores que ficaram vazios na maior parte do tempo ou a grandes telões que mostravam apenas as expressões faciais de jogadores que competiam no evento. Além disso, muitos dos stands apresentavam pouquíssimo conteúdo, ocupando seu espaço com arcades, video-games, pinballs e máquinas de pegar bonequinhos de pelúcia. Até um enorme espaço reservado para um sorteio de automóvel havia ali.
Por último, houve certa desorganização operacional, principalmente no que tange à mobilidade do público dentro do Parque. Havia uma divisória entre os setores que apresentava seguranças e detectores de metais totalmente necessários, mas com apenas uma passagem estreita para quem ia e vinha em sentidos opostos, gerando grandes filas desnecessárias.

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Pedro #chatiado por causa do wi-fi e de alguns estandes bobinhos. #GrumpyPedro

É claro que houve várias atividades legais, como a palestra do 2° homem a pisar na lua, o ex-astronauta Edwin Buzz Aldrin,  e outros eventos com temas diversos sobre tecnologia, inovação e empreendedorismo e tudo isso foi muito válido. Muitas pessoas levaram suas ideias, produtos, computadores tunados, monitores triplos, jogos e programas e se beneficiaram muito da troca de experiências com os outros participantes. Ponto positivo novamente. Além disso, é importante ressaltar que ficamos apenas um dia no local e, por isso, opinamos sobre o que vimos apenas neste período de tempo, não conseguindo fazer um review sobre o evento como um todo.

O grande ponto forte da Campus Party desse ano foi promover o contato de milhares de pessoas para trocarem informações e experiências sobre os mais diversos assuntos e esse é um caminho importante para o desenvolvimento educacional, cultural e tecnológico do país. No entanto, senti que esse diálogo tão enriquecedor foi bastante fraco quanto à relação entre o público e às empresas presentes.

Faltou algum elemento de coesão… A ideia de que os participantes seriam atraídos apenas por brindes e entretenimento eletrônico foi um grande equívoco. Lá não estavam consumidores da velha definição capitalista, mas sim, felizmente, consumidores de ideias, pessoas inquisitivas e cheias de novas perspectivas. E para atender às suas demandas a logística claramente precisa se atualizar. Mas palma, palma, não criemos caniço (Chapolin et al, 1973)! Não há evento melhor do que a Campus Party para promover essa atualização do sistema!

Desse modo, a experiência foi muito válida e esperamos estar lá novamente em 2014 com muitas novidades para ver e mostrar!

EDIT: Cheque aqui o vídeo da palestra no evento (Obrigado pelo link Mariana Fioravanti!):
[youtube_sc url=”http://www.youtube.com/watch?v=VSvin1OzzIU”]

GrokPodcast

grok

Recentemente, também, eu, Pedro Medeiros, e Otto Heringer pudemos ter a chance de participar do Grok Podcast. A página, sob comando de Carlos Brando e Rafael Rosa Fu, traz podcasts relacionados a tecnologia, principalmente tecnologia da informação, com podcasts nos quais profissionais explicam e discutem um determinado tópico de sua especialidade em uma série de episódios.

O termo Grok tem um significa curioso. De acordo com a própria página ele é proveniente do livro “Um estranho em uma terra estranha”, de Robert Heinlein, e que dizer “Entender algo tão completa e profundamente que o observador e o objeto observado se tornam um só”, com certeza uma sensação da qual nós, estudiosos apaixonados de um tema, adoramos estar próximos(e um termo que, a partir de agora, passo a adotar)!

Tomei notícia do GrokPodcast ainda em meados de 2012, quando pesquisava assuntos relacionados ao Arduino e, por acaso, noticiei um capítulo cujo título era “Singularidade e Biologia Sintética”, na qual dois entusiastas conversavam sobre o tema. Entrei em contato e, depois de algum tempo e algum esforço técnico, gravamos os episódios.

Estas foram mais duas ações com o objetivo de divulgar e informar, gerando material de qualidade (assim espero, haha) em língua portuguesa, tarefa na qual nós do SynbioBrasil já nos dedicamos.

Abaixo vai o link do primeiro episódio do nosso podcast!

SynbioBrasil no GrokPodcast Parte 1!

Discussão - 6 comentários

  1. Olá pessoal do Synbio!

    Primeiro, queria compartilhar o link da apresentação de vocês!!
    http://www.youtube.com/watch?v=VSvin1OzzIU

    Tudo que foi apresentado na Campus está no youtube, é só dar uma pesquisada pelo nome da palestra.

    Acompanhei a palestra de vcs lá no evento, ao vivo e a cores, e fico feliz que a biologia tenha tido um pequeno espacinho de discussão dentro de uma feira de tecnologia - e com a galera destruindo nos campeonatos e nos casemods.

    Eu participei de outras edições da feira e acho que a logística estava bem melhor, para ser sincera. A disposição das mesas até que melhorou, sem falar no espaço destinado às palestras e discussões.
    As baias vazias estavam lá porque eles aumentaram o preço da entrada e, por isso, não conseguiram preencher todas as vagas. O espaço foi projetado para 8000 campuseiros, mas acho que só tinha uns 7000 acampados lá...

    Parabéns pela iniciativa 🙂

    • Otto Heringer disse:

      Obrigado pelo link Mariana!
      Tínhamos até esquecido que a palestra iria ficar disponível no youtube depois!

      Foi a nossa primeira vez no evento e eu particularmente achei muito legal! Só que também minhas expectativas foram um pouco quebradas por causa do wifi e da integração entre pessoas - eu imaginava algo mais frenético e dinâmico. Porém, acho que se eu tivesse acampado lá (e não tivesse apenas um daypass) talvez poderia experimentar mais dessa integração entre campuseiros.
      Realmente a logística da movimentação de pessoas estava meio ruim, mas não achei isso tão horrível quanto o Pedro escreveu no post; afinal o que é uma "filinha" a mais não é!? Haha

      Obrigado! Volte sempre (ao blog!)!

  2. Oi Otto!

    Eu também estava esperando uma rede wi-fi...eu acho que vi pessoas com roteadores por lá. E eu não me lembro se nos outros anos isso estava disponível ou não 😐

    As filas são sempre daquele jeito mesmo (e onde em SP a gente não encontra uma, haha!). Eles até que tentam melhorar a segurança, mas no fim quem quer roubar equipamento acaba achando uma brecha. Espero que esse ano ninguém tenha conseguido!!!

    Eu esperava mais integração também, confesso. Mas eu não acampei. Deve ser outra coisa ficar lá os cinco dias e ter ideias fluindo da sua cabeça a todo instante. Inclusive, tinha algumas palestras bem legais às 21h ou 22h e eu não podia ir porque tinha que voltar pra casa.

    Voltarei sempre sim (ao blog!) e não deixem de dar uma olhada no meu tb 🙂

  3. Oi Otto!
    Fico feliz que você tenha gostado 🙂 ele é bem novinho ainda (faz um mês dia 25!), embora a minha ideia de divulgar ciência seja um pouco mais antiga (começou em 2011, quando descobri o pessoal do Labjor)

    Sim, sou de SP. E estou migrando da Unicamp pra Usp, com uma bolsa TT3 😉

    Vocês tem feito as reuniões no IQ às quartas?!

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