Tchupléc, Tchuplim¹

Sabão é formado através da hidrólise de gorduras numa reação chamada saponificação.
Esse processo cria uma molécula longa, com duas pontas distintas: uma hidrofílica (que gosta de água) e outra hidrofóbica (que não gosta de água).
Para se manter longe da água, as pontas hidrofóbicas se agrupam, formando uma estrutura arredondada (chamada de micela), com as partes que gostam de água apontando para fora.
Essa estrutura atrai moléculas gordurosas (coisas que não gostam de água costumam se agrupar, fenômeno este que pode ajudar a explicar a proliferação das comunidades hippies), que são imunes à ação solvente da água (H2O é uma molécula polar, enquanto gorduras são apolares, aí não se misturam). Mas como a parte de fora das micelas é hidrofílica, quando a água bate, toda a composição é levada embora. Gordura, óleo, poeira, tudo. O que for solúvel em água, dissolve e desaparece nela mesma, o que não for, é preso pelas moléculas de sabão e arrastado à força para fora.
Água tem uma propriedade chamada “tensão superficial”, que faz com quê pequenos insetos consigam andar sobre a água (e que é suficientemente forte para segurar um clipe de papel). O sabão desmancha essa tensão, literalmente deixando a água mais molhada (de fato, diminuir a tensão de superfície deixa a água mais fluida e mais fácil de se misturar com outras coisas).
O sabão é feito quando se cozinha gordura (qualquer tipo de gordura, tanto animal quanto vegetal) com soda cáustica (altamente corrosivo, especialmente quando em contato com a pele). Esse processo é descrito em mais detalhes (tanto o uso de gordura quanto a reação soda-pele) no filme Clube da Luta.
Água só é água por causa da atração que os átomos de hidrogênio exercem entre si. Se essa atração não existisse, só existiria água em forma de vapor.
Esse mesmo fenômeno explica as bolhas de sabão.
Os átomos de hidrogênio contido nas moléculas da água tentam a todo o custo se segurar uns nos outros (a explicação completa envolve cargas positivas e negativas apontando pros lados e pro centro, o papel do oxigênio nesse misturado e resistência de ligações, mas eu vou explicar isso tudo nem com a moléstia) e as bolhas crescem (sem perder a elasticidade, como um balão que quando seca fixa mais flexível. Outra explicação que eu não vou dar.) de modo a ocupar o menor espaço possível com o volume de ar fornecido. Todos sabemos que o formato tridimensional com a menor área de superfície para o maior volume é o esferóide. Óbvio.
Por isso que as bolhas são em forma de esfera (e não redondas, quem é redonda é pizza, que tem bordas).
A cor psicodélica das bolhas é dada pela reflexão/refração luminosa, através de interações destrutivas e construtivas causadas pela natureza dualista (onda/partícula) da luz. Adivinha o que vai acontecer com esta explicação?
¹Não confundir com “Lupuliplin, Clapatopô”.

Discussão - 1 comentário

  1. Isabela disse:

    Hey... Sumiu um pedaço do teu coment mas td bem (y)
    Então, guri... Não lembro onde foi que eu achei o teu blog ao certo (rs), mas eu achei neah? (rs)
    Posso te add nos meus links favoritos? 😀

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