Saúde e Doença

Estava lendo uns textos antigos meus em busca de algo bom (e já escrito, que me economize tendões) e achei este, que escrevi como um trabalho de faculdade para uma aluna de Medicina que “trabalha os dois turnos e não tem tempo de pesquisar”.
Sugestão: pare de ver novela; só aí já vão três horas a mais na sua vida.
Eu só fiz esse, e só fiz porque achei interessante o tema.
Quer ser médica? Estude!
Segue o texto:

A definição da OMS (Organização Mundial da Saúde) de saúde é que “Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não só a mera ausência de doença ou enfermidade” e uma boa definição de doença é “condição anormal de um organismo que óbsta o funcionamento de funções corporais, associada com sintomas e indícios”.
Daí já vê-se que há mais entre doença e saúde que talvez primeiramente pensado. Desde o começo da sociedade organizada que a Humanidade tenta livrar-se dos males que a afligem, mas até a introdução da Teoria dos Germes, postulada por Robert Koch (Prêmio Nobel em Medicina em 1905 pela descoberta e estudo do bacilo tuberculoso) em 1875, quando este identificou que o antraz (Bacillus anthracis) era transmitido por um agente infeccioso, ainda achava-se que moléstias eram, desde geradas espontaneamente (como mostra o texto mais antigo sobre medicina, o indiano Atharvaveda), até carregadas por mau-cheiro (teoria do miasma, prevalente desde o século XIII ao XIX), ao invés de passadas por microorganismos que crescem se reproduzindo.
Tal teoria, ou Postulados de Koch como veio a ser conhecida, diz que, para se estabelecer que um organismo é a causa de uma doença, este deve ser: encontrado em todos os casos examinados da doença; preparado e mantido em uma cultura pura; capaz de reproduzir a infecção original, mesmo após várias gerações em cultura, e; ser colhido de um animal inoculado e capaz de criar nova cultura. Usando este método de detecção e estudo, os alunos de Koch (apenas a primeira geração de médicos seguindo essa orientação) conseguiram, entre eles, determinar os organismos causadores de difteria, tifóide, pneumonia, gonorréia, meningite cerebroespinhal, lepra, praga bubônica, tétano e sífilis, salvando, assim, milhões de pessoas de uma morte desnecessária, que seria tratada, caso contrário, por curandeiros e outros métodos, invocando mais superstição que métodos científicos reais e comprovados.
Há, também, outras causas de doenças, como radioatividade (partículas subatômicas com massa, como prótons e neutrons, ultra-energizados), deficiência nutritiva (anorexia e licorrexia), problemas genéticos (Parkinson, distúrbio bipolar), exposição (ao sol, melanoma; à fumaça de cigarro, câncer pulmonar), traumas psicológicos (agorafobia, paranóia), entre outros.
Há também quem argumente que pobreza, discriminação social, corrupção, hiprocrisia, etc, são doenças sociais, parasitárias e debilitantes, que destróem a sanidade do espírito do indivíduo sadio, transformando-o em um doente social, incapaz de exercer suas plenas funções dentro do ambiente comum (espírito, neste caso, entendendo-se o humor e o relacionamento do um com o todo, baseado em estímulos e respostas, e não algo paranormal ou mágico).
Saúde, portanto, não é apenas o inverso de doença, ou vice-versa, existe um sem-fim de definições e argumentos, alguns melhores que outros, mas, concisamente, Doença é um mal afligido por um agente intrínseco ou extrínseco, que debilita um sujeito, e, Saúde é um bem-estar completo e total.

Texto escrito por Igor Santos (caso algum professor de fisiologia esteja verificando fontes para descobrir possíveis plágios).

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