Centésimo artigo

Mantenho este blogue há três meses e meio e isto aqui é a centésima entrada.
Prolixo, eu?
Eu não deveria estar escrevendo, mas eu não me contenho.
Deu vontade de escrever (foi quando notei que já tinha 99 artigos publicados e este seria um número duplamente redondo, mas eu não ligo para números famosos) porque comecei a ler várias coisas agora pela manhã sobre a Lei Seca.
A primeira coisa que me veio à mente sobre isso (e pensei nisso hoje pela primeira vez) foi “Lei Seca é um termo um tanto exagerado, nénão?”
De certa forma, isso sempre existiu, sempre foi proibido beber e dirigir (até onde eu lembro), apenas diminuiram o limite. Que não é zero.
Nem pode ser.
Os instrumentos de medição vêm com um certo grau de erro (problemas de calibração) que, se o limite fosse zero, as autoridades poderiam prender o vento por se locomover embriagado.
Comer um chocolate de rum (meu favorito, ainda mais pelo fato de ser sempre o que sobra dentro da caixa já que nenhuma outra pessoa que conheço gosta do bicho) ou um bombom de licor não vai lhe jogar atrás das grades, através das quais o sol aparenta nascer listrado (quando eu era pequeno eu fiz um passeio pela Fortaleza dos Reis Magos (uma fortificação militar do século 17 (não gosto de números romanos) localizada na minha cidade, na esquina do mar com o rio Potengi, ponto estratégico de entrada em Natal), onde me foi mostrada uma cela, cuja única fonte de iluminação e entrada de ar (fora a porta, obviamente), é um buraco atunelado na parede inacreditavelmente grossa (tijolo de oito furos uma ova, lá é tudo PEDRA), por onde, logo cedo, em certos dias, se der sorte, um detido poderia ver o sol nascer. Quadrado), nem vão tomar sua carteira de motorista por causa disso.
Existe sim um limite acima de zero, se não pela bondade da polícia e dos legisladores, mas pela ciência de que os instrumentos não são perfeitos e que pessoas ainda usam antisséticos bucais com álcool.
Eu queria explicar como o bafômetro funciona, mas precisaria pesquisar, interpretar, desenvolver, colocar links, citar fontes, etc, etc, etc e não estou afim de escrever muito hoje…
Sério.
O problema maior é a falta de policiamento e fiscalização.
Aqui existe uma blitz permanente na Via Costeira mas, no dia de um show grande por aquelas bandas na semana retrasada, eu fui na hora em que todo mundo estava indo e voltei na hora em que todo mundo estava voltando e o posto policial ali estava fechado.
Semana passada fui e voltei para uma praia semiurbana em condições semelhantes de tráfego e movimento e encontrei a mesma falta de policiais.
Por mais seca que a lei seja, precisamos de quem a imponha.

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