Espectro Eletromagnético – Parte 1/2

Fótons – porçõezinhas de energia que são, ao mesmo tempo, partículas (como coisas sólidas) e ondas (como som), que se movem à velocidade da luz (trezentos mil quilômetros por segundo) e que variam em freqüência, ou em quantidade de energia, e carregam energia eletromagnética.
Energia eletromagnética é mais ou menos tudo, variando de ondas de rádio, passando por cores, até raios gama.
As ondas de rádio variam em tamanho de vários metros a poucos milímetros. Mas isso é irrelevante (para este artigo, pelo menos). Interessante mesmo é que elas servem para rádio (é nada!) AM (amplitude modulada), FM (freqüência modulada), amador, TV VHF (very high frequency, ou freqüência muito alta), UHF (ultra high frequency, ou freqüência ultra-alta), telefones celulares, ressonância magnética, radares, redes sem fio (do tipo que pessoas usam para espalhar internet grátis pela vizinhança, sem se dar conta), Bluetooth (ou dente-azul, o apelido dum rei norueguês) e outras coisas.
=> Da TV para a pipoca.
Alguém (provavelmente americano), num-sei-quando (provavelmente durante a Segunda Guerra), num-sei-onde (essa nem chutando eu sei) descobriu que Micro-ondas aumentam a energia das moléculas de água, fazendo-as vibrar mais rápido, resultando em aquecimento do líquido.
Como toda comida tem um pouco de água, essa energia podia ser usada para esquentar o alimento.
E inventaram o forno de micro-ondas; um forno mágico que só esquenta a comida e não os recipientes.
Os pratos esquentam por condução de calor. O sanduíche quente esquenta o prato encostado nele. Da mesma forma, a umidade do ar esquenta o ar dentro do forno, aquecendo o prato.
Micro-ondas servem para outras coisas, como radioastronomia e transmissão de dados, mas comida quente é melhor. Principalmente se botar farinha depois.
=> Aqueceu, ficou quente.
Radiação infravermelha é basicamente calor.
Nós a utilizamos em óculos de visão noturna (mesmo sem luz visível, corpos ainda emitem calor, captado pelos óculos), espectroscopia (técnica usada para medir quanto de cada material existe em determinada substância. Exemplo: quanto de gás carbônico existe no ar), em previsão do tempo (que precisa melhorar um bocado ainda) e em astronomia (astrônomos usam TODA a tecnologia disponível no mundo), pois a luz infravermelha não é bloqueada por nuvens de poeira, como acontece com a luz visível.
O nome vem do fato dessa faixa de freqüência ser imediatamente inferior (em energia) à luz vermelha, que é onde nossa visão começa a funcionar.
=> E fez-se a Luz Visível!
Experiência interessante: acenda a boca de um fogão e coloque um garfo (os dentes finos ajudam a acelerar o processo (use um garfo com cabo de madeira ou plástico ou enrolado num pano (cuidado para não queimar o pano!))) em contato com a chama. Quando avermelhar, você estará testemunhando a criação de luz visível, nascendo do estágio energético imediatamente inferior (a energia aumenta porque está sendo suprida pela labareda), radiação infravermelha.
Física é o que há!
A transição da radiação infravermelha (milésima vez que escrevo a palavra “infravermelho” e não consigo escrever certo de primeira… a mesma coisa acontece com “limitando-se”) para a luz visível dá-se quando uma coisa fica tão arrochadamente quente que fica incandescente, avermelhada.
Tudo até agora e daqui em diante é luz, do mesmo jeito que luz é luz, mas a luz que chamamos de luz é, na verdade, luz visível.
Esta vai do vermelho ao violeta e é composta por uma quantidade virtualmente infinita de cores, e não só as sete do arco-íris (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta). Estas são apenas concentrações mais fáceis de ver dentro das transições infinitas.
Com luz visível dá para fazer um mói de coisa. Ver é a melhor delas.
Todos os que estão lendo isto enxergam, então não preciso discorrer sobre o assunto (e também não dá para explicar percepção subjetiva; tente imaginar uma cor que você nunca viu, por exemplo).
Minha cor favorita de dizer é “grená” (existem pessoas que sofrem de uma condição chamada sinestesia, que as fazem experimentar cores combinadas com outras sensações, como ouvir um azul, mas eu dedicarei um artigo completo a isso porque é muito legal de verdade).
==> Em prol da parcimônia e zelando pela paciência de meus visitantes, divido este artigo em dois. A primeira parte acaba aqui, a segunda virá amanhã. <==

Discussão - 1 comentário

  1. Chloe disse:

    ois... : )
    já estou ansiosa pelo post sobre sinestesia!
    estou gostando muito dos seus artigos, bem legais mesmo!
    ; )
    C.

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